Can I Be Him?

7º Capítulo: Can I Be Him?

Ainda estava anestesiado com o que havia acontecido quando ela se separou de mim, e sabia que só havia feito isso para recuperar o fôlego, pois eu estava na mesma situação. Não consegui evitar o sorriso quando vi seu rosto ficar vermelho quando me encarou. Ao mesmo tempo que ela era ousada para me beijar, era tímida ao me encarar depois, achava isso tão fofo:

- Poderia te oferecer um café, mas além de não ter nada em casa, você acabou de tomar várias xícaras...talvez uísque? Não será tão bom quanto o seu, mas...

- Vou abrir uma exceção pela companhia e arriscar uma outra marca. – respondi ainda com um sorriso completamente bobo na cara.

Sabia que poderia estar apressando as coisas ao aceitar o convite de ir para a casa dela, mas quem eu queria enganar? Aquele beijo só despertou coisas em mim que já não estavam assim tão adormecidas na presença dela, não queria ficar depois imaginando o que poderia ter acontecido, caso não aceitasse o convite, não queria me arrepender, mas também não queria colocar nada a perder. Como poderia estar assim tão confuso? Sempre fui um cara prático, mas pelo jeito nunca fui um bom namorado ou qualquer outra coisa, e também nunca havia conhecido alguém como Claire, que conseguia me deixar totalmente louco, indeciso e sem palavras, coisas raras para Jamie Fraser.

Descemos do carro e Claire foi me puxando pela mão até seu apartamento, conseguia sentir sua mão gelada, ela estava nervosa e inquieta:

- Não é muita coisa, mas dá pra viver, ignore a bagunça porque não costumo receber visita e não tenho muito tempo para organizar... – ela estava falando de forma apressada, jogando coisas pro lado, tentando esconder outras. Eu a puxei pelo braço, fazendo ela ficar bem perto de mim, nossos rostos bem colocados.

- Claire. – falei levantando seu rosto para ela poder me ver. – Hey, vamos respirar? Se eu estar aqui te faz ficar nervosa, posso ir embora, não quero que faça nada que se arrependa depois, posso não ter muitas qualidades, mas tenho paciência e muito respeito por você...

Senti ela respirar fundo e abrir um leve sorriso:

- Eu sei Jamie, não esperaria menos de você, mas eu realmente quero sua companhia, senão não teria convidado, mas é que... – vi que ela estava ponderando o que iria dizer, ela também começou a brincar com a barra da minha camiseta. – É que só uma pessoa veio aqui antes, quer dizer, já vieram várias pessoas no meu apartamento, mas só um homem, na verdade não foram várias pessoas, tenho poucos amigos e...

Agora havia sido minha vez de a calar com um beijo, sabia que ela estava nervosa sobre nós, sobre o que poderia acontecer e não consegui evitar de a silenciar, queria mostrar que estava da mesma maneira que ela, mas que estava feliz por estar ali, por ela ter me escolhido, por ter me dado essa confiança que ela não dava para muitas pessoas, que ao meu ver, havia lhe mostrado que valia a pena. O beijo começou de forma carinhosa, inocente, mas a nossa proximidade trouxe algo a mais e logo estávamos numa batalha intensa de espaço, tanto com as mãos, como com a língua. Minhas mãos percorriam por toda suas costas, fui levantando sua blusa levemente, queria sentir sua pele e realmente era como imaginava, suave, macia e quente. Senti ela suspirar entre os beijos quando sentiu minha mão em sua pele, a puxei para mais perto, se isso ainda era possível e ela retribuiu levando a mão que estava em meu rosto para o meu peito, logo baixando para a minha cintura, sabia o que ela estava fazendo, e logo senti seu desespero em tentar abrir a fivela do meu cinto:

- Sassenach... – sussurrei ao me afastar, com muito sacrifício, de sua boca. – Tem certeza?

Ela apenas me fitou com seus olhos cor de uísque, eles estavam brilhando e cheios de desejo, mal consegui ver seu aceno de cabeça e a puxei pelo cabelo, ela estava realmente me deixando louco e sabia que agora seria impossível resistir a qualquer tentativa de separação, não iria conseguir me conter e isso me assustava, ela me despertava coisas que há tempos não sentia, e se cheguei a sentir isso por alguma mulher. A senti nas pontas dos pés para poder ficar mais perto de mim, logo minhas mãos percorreram por dentro de sua blusa, tentei ser delicado, mas o meu desejo de senti-la por inteiro era mais forte e aquela peça de roupa logo foi parar no chão ao nosso lado:

- Christ! Você é linda Sassenach... – falei ao tomar conhecimento de seu corpo, ela não estava usando sutiã e isso fez com que tivesse uma visão da perfeição que era minha Sorcha.

A senti encolher diante da minha observação, tentando se cobrir com as mãos, mas eu não a deixei, ela tinha que saber que era perfeita e digna de qualquer admiração:

- Claire, não precisa ter vergonha, você é a mulher mais bonita que já vi e merece todos os elogios.

- Então vamos ser justos. – ela me deu um sorriso torto e correu suas mãos delicadas pela minha camiseta, a puxando, fazendo o mesmo que havia feito com ela minutos atrás. – Você também não está nada ruim, Fraser, nada mesmo!

Sorri e a puxei pra mim novamente, por mais que declamar para Claire o quanto ela era bonita, estar na sua frente sem fazer nada era uma tortura que não iria aguentar por mais tempo. Nossos beijos estavam tão intensos que conseguia sentir nossos dentes colidirem vez ou outra, aos poucos fui a empurrando até onde imaginei ser seu quarto, não estava conseguindo enxergar nada a minha frente, mas acertei o caminho e quando a deitei em sua cama, só conseguia ter olhos pra ela e no que poderíamos fazer.

Em questão de minutos nossas roupas estavam espalhadas pelo chão e eu estava ali, novamente a admirando e a beijando em todos os lugares que podia imaginar e alcançar. Seus risos me provocavam ainda mais e quando dei por mim, estava sobre ela, nossos corpos colados, suados, nossos nomes e gemidos ecoavam e se misturavam pelo quarto. Não conseguia descrever o que estava sentindo no momento, Claire estava deitada em mim, nossas pernas entrelaçadas e só conseguia sentir nossos batimentos irregulares tentarem voltar ao normal, sim, havia tido o melhor sexo da minha vida e não tinha vergonha alguma de admitir isso:

- Sassenach...isso...foi...

- Perfeito? – ela completou o que iria falar com um sorriso no rosto.

- Sim, parece que meu coração vai explodir.

- Acho que o meu já explodiu! – ela riu ainda um pouco sem graça. – Mas Jamie, posso confessar uma coisa?

- Claro! – respondi a puxando para mais perto, o que parecia impossível.

- Estou assustada, essa intensidade, tudo isso entre a gente, eu nunca...bom, não que tenha muita experiência, mas nunca senti isso antes e tenho medo...

Levantei um pouco, tentando ficar cara a cara com ela, queria que ela olhasse nos meus olhos:

- Claire, quando eu te vi aquele dia cantando no bar, você em poucos segundos me tirou o chão, nunca havia sentido o que senti quando escutei sua voz e vi seus olhos, você me trouxe de volta para a vida quando achei que não conseguia sentir mais nada por alguém, e isso me assustou também, mas sei que há algo entre a gente, algo que não consigo entender, e talvez você também não, mas é algo que parece tão certo, tão perfeito...

Vi que seus olhos se iluminaram com lágrimas e a beijei:

- Só não quero me machucar de novo, não sei se suportaria ouvir de você o que ouvi dele...

- Sassenach, eu nunca irei te machucar, irei tentar ao máximo não fazer isso, e não, você não ouvirá as mesmas palavras, como falei antes, você é perfeita...

- Jamie, ninguém é perfeito e eu estou longe disso, bem longe!

- Não pra mim! E quero que você comece a acreditar nisso, claro que temos defeitos, como por exemplo, você não ser escocesa e não gostar de rugby. – ela riu, me bateu no braço e me mordeu – Acho melhor não continuar com isso Sassenach, senão não consigo terminar meu discurso! – ela riu novamente e se afastou de mim. – O que eu quero que saiba é que você é linda, talentosa e agora, minha!

- Ah é? Não sabia disso... – ela falou com um sorriso safado e ficando em cima de mim – E por um acaso você é meu também? – eu apenas concordei com a cabeça, não conseguindo falar alguma coisa na posição em que me encontrava. – Então vou reivindicar o que é meu de direito!

É, nossa noite foi longa.

Could I be the one you talk about in all your stories?
Can I be him?

Eu poderia ser aquele de quem você fala em todas as suas histórias?
Eu posso ser ele?