Can I Be Him?

5º Capítulo: Can I Be the One?

Estava parado do outro lado da rua olhando para o letreiro do café que ela trabalhava. Tinha passado o dia trabalhando sem qualquer tempo livre para me preocupar com o que dizer quando a visse, mas agora não tinha mais nada para fazer, era o final do dia e o que mais queria era ouvir sua voz e por incrível que pareça, tomar um café. Mas meus pés não se moviam, estava nervoso e tudo porque não sabia o que iria acontecer, qual seria sua reação ao me ver? Ela estaria ocupada e só falaríamos um oi? Fraser, toma jeito e pare com essa frescura! Você não tem mais 15 anos e sabe conversar com as mulheres! Mas Claire não era qualquer mulher...

- Você vai ficar parado aqui por quanto tempo? – Murtagh falou me tirando dos meus pensamentos.

- Só estava pensando...

- Em como está com vontade de tomar um café? – ele riu. – Se eu não te conhecesse há tanto tempo, diria que seus pensamentos envolvem uma certa barista de olhos cor de uísque que atende pelo nome de Claire.

- Você conhece a Claire?? – perguntei espantando, por que toda a minha família parece conhecer ela e eu nunca soube de sua existência?

- Ah, então estava certo! – ele riu mais uma vez, algo que era raro em meu padrinho. – Claro que conheço, vou nesse lugar todos os dias tomar café! Ou você acha que o café que está na sua mesa toda manhã vem sozinho?

- Mas por que você nunca me...

- Porque você nunca perguntou! – ele me respondeu antes que pudesse terminar a pergunta. – Agora pare com essa indecisão e seja o rapaz que seu pai criou tão bem, tenho certeza que a lass irá gostar do que vai ver... e se tudo der errado, pelo menos vai tomar um bom café!

E com um sorriso idiota no rosto, Murtagh me deixou sozinho novamente. Respirei fundo e comecei a andar, meu padrinho estava certo, o pior que poderia acontecer era eu ter que tomar um café sozinho. Entrei na pequena cafeteria e uma pequena sineta acima da porta balançou avisando minha chegada. Olhei para o balcão e nosso olhar se cruzou, tentei permanecer sério, mas ela logo abriu um sorriso que não pude evitar de retribuir.

- Achei que iria passar o resto do dia parado do outro lado da rua! – ela falou com um sorriso maior ainda, quase na beira do riso.

- Mas como? Você? – minha frase não fazia sentido algum, mas será que eu fui o único tonto a não perceber que podia ser visto por todos fazendo papel de idiota no meio da rua? Pelo jeito sim!

- Já falei que você é uma pessoa difícil de passar despercebida, né? E como pode ver, não tem um grande movimento por aqui, gosto de ficar observando as pessoas vagando pela rua, me distrai ficar imaginando o que elas estão indo fazer, o que estão pensando...você devia estar pensando se eu realmente seria uma boa companhia, ou se seria chata sem todo o álcool presente no meu corpo.

- Você realmente é boa nisso! Mas por enquanto sua companhia está tolerável. – falei rindo enquanto notava sua expressão ficar séria.

- Continue assim Jamie Fraser que seu café de graça não vai acontecer!

Ficamos conversando um pouco enquanto ela tentava me convencer de experimentar um café cheio de frescura que ela afirmava ser sua especialidade, eu sempre tomava preto, sem nada, mas depois de muita insistência, a deixei fazer o tal café. Sem muita cerimônia, ela saiu do balcão e me chamou para sentar numa mesa próxima a janela, a qual ela afirmava ser a melhor do lugar, pois dava para observar todo o movimento.

- Não vai te trazer problema sentar aqui comigo?

- Ah não! Já está quase no final do meu turno e tenho certeza que não vai entrar mais ninguém... mas e aí? O que achou do meu café? – ela perguntou enquanto me observava intensamente. Quase não consegui tomar o liquido sem engasgar, ela estava me encarando de tal forma que só conseguia pensar em coisas impróprias.