Capitulo 21

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- O quê? – Harry olhava-me com espanto e confusão. Algo na sua cabeça não estava a entender o porquê de eu ter dito aquele nome. E sinceramente eu também não. 

O que se estava a passar comigo afinal?! Não entendo o que quero. Apenas sei uma coisa, que amo o Harry, mas que as coisas não irão resultar entre nós. Demasiadas diferenças. 

- Humm, tenho de lhe ligar. Eu prometi que quando aterrasse lhe ligava. Desculpa. – Disse separando-me dele e andando na direção contrária para poder ligar ao Louis. Mas em vez de o fazer, liguei à Joanne, ela era a melhor pessoa para me ajudar neste momento. 

- Estou Joanne. Preciso de falar contigo…. Sim… sim…. Humm Harry e Louis… sim, claro… a que horas?.. sim podes à vontade, a essa hora a Emma já está a dormir… Ok, vemo-nos logo… sim… Beijo Love you…

Aproximei-me de novo de Harry e ele estava em baixo. Eu sabia que o que tinha feito não era o mais correcto, mas a minha cabeça estava confusa. Harry é como uma droga, faz tão mal, deixa-me de rastos a querer que tudo acabe, e deixa-me a desejar mais de si e de mim. Não o posso permitir, quando tenho que cuidar de outro ser humano que não apenas eu.

- Vamos? – Perguntei-lhe sorridente. Ele não me sorriu, apenas assentiu com a cabeça.

Decidi dar-lhe a mão, entrelaçar as minhas mãos nas suas, mostrar-lhe que eu tinha sentimentos por ele. Em casa falaria melhor com ele e explicar-lhe-ia a situação. 

Quando as minhas mãos tocaram as suas, foi como se tudo à nossa volta parasse. Harry olhou-me com os olhos cheios de esperança e felicidade, como quando uma criança recebe o presente pelo qual esteve a implorar o ano inteiro e finalmente recebeu-o no Natal. Não consegui evitar e sorri de volta. Ele aproximou-se de mim ao ponto de sentir a sua respiração na minha cara, mas não consegui e virei a cara, sentindo os seus lábios pressionados na minha bochecha. 

Olhei-o mais uma vez e sorri.

A viagem até casa de Harry foi calma, nenhum de nós se atreveu a dizer uma palavra, o ambiente estava pesado, estranho. Ninguém sabia bem o que dizer. 

- Mamã. – Ouvi Emma dizer enquanto corria para os meus braços. Tinha estado longe dela apenas uma semana, mas a qual pareceu um ano. Ela parecia estar tão grande, tão diferente.

O pequeno beijo e abraço que ela me deu foram preciosos, foi como se tivesse encontrado uma pequena parte de mim que tivesse deixado para trás. Como se o meu coração despedaçado se tivesse recuperado inteiramente. Esqueci completamente os meus dilemas e os meus problemas de amor. Nada disso interessava neste momento.

Louis e Harry olhavam-nos atentamente. Corri para abraçar Louis e senti um estranho conforto. O conceito “Louis” estava a crescer no meu coração e talvez mais rápido do que eu queria. 

- Finalmente estás de volta. Senti a tua falta Cathe. – Disse-me Louis olhando-me intensamente nos olhos.

Engoli em seco, queria-o para mim, tal como queria Harry. Isto estava a ser demais para mim. precisava de falar com Joanne rapidamente.

- Bem eu tenho de ir. A Emma tem de ir dormir e eu vou ter visitas. 

Dirigi-me rapidamente à porta dizendo apenas um seco “Adeus” a Louis enquanto esperava que Harry me levasse a casa. Mais uma vez nem uma palavra foi proferida por ninguém. Emma tinha adormecido no caminho para casa. Tadinha devia estar mesmo muito cansada. 

Retirei-a cuidadosamente do carro enquanto Harry carregava a minha mala e me abria a porta de entrada.

- Boa noite Cathe. É bom ter-te de volta. – Disse Harry dando-me um beijo na testa e dirigindo-se para a porta da saída. 

Não entendi bem esta sua atitude, ele geralmente é tao persistente e agora foi apenas, tão… calmo. Não estou a perceber.

Acordei dos meus pensamentos e decidi mudar de roupa, tirar aquelas pesadas e desconfortáveis calças de ganga e vestir o meu tão querido e desejado pijama e esperar que Joanne chegasse para que pudesse ter uma 2º opinião da minha situação amorosa. Bem que preciso dela, não sei o que fazer.

Enquanto me sentava e começava e divagar pelos canais de televisão, a campainha suou. Corri para ela, precisava de ver Joanne rapidamente. Ao fazer isto senti-me uma menina de 16 anos que precisa da sua melhor amiga para lhe dizer que esta indecisa entre dois rapazes.

- Joanne. – Disse-lhe atirando-me para os seus braços.

- Cathe o que se passa? – Perguntou-me preocupada arrastando-me para o sofá. – Estás com uma cara que mete medo. Credo.

- Sempre tão querida. Eu não sei o que fazer, tenho a minha cabeça ás voltas. Amo o Harry, mas quero o Louis. não sei se me estás a entender Jo.

Eu olhava para ela tentando entender o que se passaria na sua cabeça, uma missão impossível.

- Eu não sei Cathe, tens de ser tu a decidir. Mas vou dar-te a minha opinião. Eu estive do teu lado quando Harry te traiu e te deixou com uma bebé nos braços. Sei como perdeste tudo e todos. Como perdeste a tua dignidade e o amor por ti própria, sei como te entregaste de corpo e alma a esta menina que veio ao mundo sem culpa nenhuma. Sei que desejaste muitas vezes que nada disso tivesse acontecido, que Harry não tivesse aparecido na tua vida, que tivesses uma adolescência normal, que não te tivesses apaixonado perdidamente pelo teu 1º namorado. Mas aconteceu Cathe e foi terrível, pode ter existido muito amor e tudo mais, mas agora pode ser apenas Emma que vos prende um ao outro. Talvez esteja na altura de começares algo novo, com alguém diferente.

Take the Step - h.s./ l.t.Onde histórias criam vida. Descubra agora