Carta 11.

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“Querido Michael,

O meu coração está a doer mais do que antes.

As lágrimas estão a escorrer pela minha face enquanto escrevo isto…

Hoje vieste falar comigo.

Não porque quiseste.

Não porque querias que voltássemos.

Mas porque me querias afastada.

Tinha saudades da tua voz, mas as tuas palavras rasgaram a minha alma.

Obrigaram-te a vir até mim e falar.

Dizer que era simpática, mas que não ia haver mais nada.

Diz-me que te obrigaram e que não querias dizer isso.

Diz-me.

Diz-me que foi um pesadelo.

Como é que pudeste?

Porque é que me queres magoar tanto?

Porque, Michael!?

Eu vou enlouquecer, porque estou a escrever num papel.

Estou a escrever um papel o que eu preciso de dizer, mas não posso.

Estou amar-te para morrer.

O pouco do meu corpo que ainda tinha vida, morreu.

Mais palavras e mais perguntas se juntaram.

Cortei-me.

O meu braço está a doer-me e os cortes estão profundos.

Penso que mais vale desistir mesmo de tudo.

Se vou morrer, porque é que não morro mais cedo?

Chega disto.

Eu não aguento mais, Michael.

Isto dói tanto.

Dói lutar com todas as forças que me restam…

Eu devia aproveitar o quanto eu posso…

Devia aproveitar o tempo que me resta, mas não dá.

Tu levaste o meu Mundo todo contigo.

Por favor, deixa de me causar dor.

Desaparece de uma vez.

 

Da, apenas,

Freya. "

 

Apologize. || CliffordOnde histórias criam vida. Descubra agora