Carta 16.

247 38 8
                                    

“Querido Michael,

A saudade aperta todos os dias.

Não quero ver um Mundo sem ti…

Eu queria pensar que isto não é um ‘adeus’, é apenas um até já…

Mas não dá para pensar isso.

O até já vai demorar imenso a chegar…

E se calhar, nem queres ver-me de novo.

Eu lembro-me que me disseram “Não acredito que ele acabou contigo, ele gosta de ti.”

Gostavas mesmo, Michael?

Quero chorar, mas parece que estou demasiado cansada para o fazer.

Mas quando menos quero, as lágrimas querem cair.

Sempre que te via o meu coração acelerava…

O pouco que restava dele, quero eu dizer.

Agora sinto que o chão desapareceu por completo e que os restos do meu coração estão a cair num buraco sem fundo.

Mas sei que quando ele cair vai ser uma queda grande.

Só se as asas curarem.

Isto soa tão patético, não soa, Michael?

Eu queria que voltasses para mim…

Porque é que o meu coração está tão vulnerável sem ti?

Porque te amo?

Mas amar não era suposto ser bom?

Algo que nos fizesse amar nós próprios, algo que nos fizesse felizes…

Algo que nos fizesse sentir seguros.

Algo que nos fizesse gostar de nós próprios.

Não o bom suficiente para a pessoa…

Eu sinto que nunca vou poder-te ter…

Porque não é possível, apenas.

Porque, se calhar, não era suposto ser, mas eu ainda te amo.

Ainda quero um “nós.”

Ainda te quero…

Quero que me amas, como eu te amo.

Porque a verdade é que te amo.

Amo-te demasiado…

Eu uma vez prometi-te que nunca te ia deixar,

E nunca irei.

Estou a cumprir a promessa que um dia prometi.

Prometi que te ia amar até ao dia em que parar de respirar.

Não pensava que doesse tanto.

Mas eu vou cumprir a promessa até eu parar de sobreviver.

Vou cumprir a promessa até ao dia que perder todas as minhas forças.

E quando isso acontecer eu vou pensar

“Eu cumpri a promessa, Michael. Eu gostava que tivesses feito o mesmo, mas não o fizeste.”

E aí, vou saber que amei mesmo alguém na minha vida.

E esse alguém és tu.

Espero que saibas disso…

Que ainda te lembres de tudo.

Espero isso, porque ainda te amo.

Eu amo-te.

E eu direi as vezes que for preciso…

Porque eu amo-te.

 

Da tua,

Freya.”

___________

Esta carta está maior do que o habitual. Eu tive uma ideia para uma história e não sei se vou fazer, mas acho que sim e talvez seja do Luke , idk ou até do Liam ou do Caum. Espero q estejam a gostar, ly

Apologize. || CliffordOnde histórias criam vida. Descubra agora