Sixty- six "N"

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Wilmer sorriu entrando no corredor do quarto de Demi,tinha uma bandeja em mãos e estava disposto a faze-la se alimentar,bateu na porta e antes mesmo de falar ouviu barulho de vidro sendo quebrado. Demi atirou mais algum de seus copos,ela ainda se mantinha calada,mas sempre que alguem tentava aproximação ela os atacava. Wilmer desceu rapidamente para o outro andar e pousou a bandeja no balcão,comendo ele mesmo o lanche.









—Covarde .- Disse para si mesmo pela décima quinta vez nesse mês












A verdade era que não só suas mãos estavam atadas,mas sim a todos. Todos conhecem Demi e já a viram em maus momentos. Mas nunca dessa forma,nunca com essas reações e afastamento. Não sabiam o que ela sente,não a viam direito e tudo estava uma bagunça. Demétria sempre foi carinhosa e sempre quis apoiar todos,mas em sua vez impedia-se disso e Wilmer sentia-se frustrado. Na noite passada ele bebeu sozinho na sala desse mesmo apartamento,e chorou em puro fracasso,não conseguia cuidar da mulher que ama e nem estar perto dela.Com raiva transbordado em seu ser,nunca imaginou que odiaria tanto assim o pai.












—Boa tarde. - Marissa disse abrindo a porta











—Boa tarde .- Disse sério e ela inclinou-se para o lado para ver a bandeja ao lado dele









—Ela atacou de novo .- Marissa consta — Lívia vem hoje ?.- questiona










—Ela veio ontem.- Wilmer murmura e senta respirando fundo —Como estão Dianna e Mad ?.- pergunta










—Sobrevivendo.- Marissa diz sorrindo breve — E você rapaz,como está ?.- questiona o encarando












—Tenho que estar de algum jeito ?.- Wilmer pergunta rindo sem humor










—Sim,tem .- Marissa diz e ele a encara vendo insistência em seu olhar









—Me sinto frustrado. Não consigo ajuda-la,ninguém consegue e tudo fica assim tão incerto.- Wilmer desabafa e olha Marissa — Me dói ve-la nesse estado e me dói mais ainda Marissa,não poder cuidar dela como queria e ama-la até que ela se sentisse curada.- O sorriso de Marissa o intrigou














—Ela não podia escolher um homem melhor.- Marissa garante e reviro os olhos







—Não sei o que fazer.- Wilmer diz perdido







Ame-a .- Marissa diz — A encare,a salve e não tente muda-la .- murmura e ele encara —Vai para frente daquele quarto e tente o quanto for preciso. - Ela diz indo até a cozinha e pegando lanches para colocar na bandeja








Wilmer sorriu breve e sentiu um pouco de sua coragem voltar,com uma pitada de esperança.








—Obrigada Mari.- Wilmer diz pegando a bandeja  e ela sorri vendo ele subir as escadas








Ela tinha esperança nele,mesmo que nada a convencesse que isso era o certo,simplesmente era o que rezava todos os dias,era para que encontrassem uma maneira de ajudar Demi,dela se permitir se ajudar.  Wilmer parou em frente a porta e encarou os detalhes dela,até que se sentou no chão e colocou a bandeja em sua frente.







—Dem.- ele disse dando uma batidinha e Demi mesmo fraca,sentiu arrepios pela voz —Sou eu,se não se lembra seu namorado e grande ex garanhão Wilmer. - disse brincalhão e suspirou ao não ouvir nenhum barulho —Sei que está me ouvindo,por favor fala comigo.- sua voz fraquejar não estava em seus planos,mas Demi ouviu e se esforçou para abrir os olhos —Eu sinto sua falta pequena,está difícil não poder te tocar e nem te abraçar,sabia que meu abraço é todo seu ?ele nunca se encaixou tão perfeitamente ao de ninguém,meu corpo nunca encaixou em um molde perfeito como no seu corpo. Quero que saiba,que ninguém me faz eu me sentir tão bem e bagunçado ao mesmo tempo. Eu nunca amei nenhuma mulher como eu amo você e nunca foi necessário coisas extraordinárias para eu ter plena certeza que você é a mulher da minha vida. Eu te amo tanto anjinho.- Disse calmante atingindo o coração de Demi aos pouquinhos,ela o ouvia todo dia e era sempre a hora que mais se esforçava. Wilmer enfiou a mão pela pequena abertura que tinha na porta e balançou — Pega minha mão,deixa eu sentir você,por favor .- sussurou e Demi olhou a mão —Por favor pequena.- insistiu e Demi ergueu-se devagar e respirou fundo sentando-se no chão,o corpo frágil e cansado.











Ela ergueu sua mão tocando a de Wilmer e o ouviu chorar do outro lado da porta. Ele não se importou com todos os anos ouvindo a frase horrenda "homem não chora",sua masculinidade e nem seu passado,ela tinha reagido,e Deus,ele estava tão feliz que tenha sido com ele. Ela o ama também.










—Oh meu amor.- ele murmurou e fungou sentindo a mão dela também — Eu te amo.- ele disse sem parar e ela entrelaçou sua mão a dele










Ela queria responder que o amava também,mas não tinha condições pra isso. Ah quem diga que atitude diga mais que mil palavras e naquele momento o ditado nunca teve tanto sentido.























hi e bye





Quero saber como se sentem. Comentem ! Beijinhos.

Law Of Love [Dilmer] Onde histórias criam vida. Descubra agora