C A P Í T U L O 21

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Ainda era cedo quando Leonard acordou assustado com as ligações desesperadas de Ettore. Haviam mais de sete chamadas perdidas.

- O que houve? - foi direto, sabia que algo havia acontecido, pois o mesmo só ligara se tivesse acontecido algo

- Eles estão atrás dela! - proferiu com a voz trêmula, o homem não queria que sua filha pagasse pelo seus erros, preferia pagar com sua vida, do que vê-la sofrer. Mas não pensou nisso antes de fazer tudo o que fez - Nessa madrugada, eles me fecharam com um Kia Sorento blindado, totalmente preto, na rodovia M10, fazendo com que meu carro capotasse. Logo depois me encheram de porrada e deixaram um bilhete. - suspirou nervoso.

- O que estava escrito? - se levantou da cama, fazendo com que Margareth acordasse e foi andando até a sacada.

- Ela pagará tua dívida! - fez uma pausa e continuou - Por favor, proteja ela!

- Me mande a carta! - disse por fim e desligou. Foi até o banheiro, tomou um banho rápido e colocou um terno simples.

- Vai aonde? - Margareth perguntou sentada na cama, ainda sonolenta.

- Resolver problemas! - falou dando um beijo na testa da mulher e saindo do quarto, indo direto para o estacionamento.

Entrou no carro e deu partida, alguém lhe esperava na Underground. Chegou em poucos minutos na boate e com pressa, fora direto para o porão. Sem rodeios deu um soco no rosto de Hideki, fazendo com que o sangue escorresse por sua boca rapidamente.

- Você vai falar e agora! - mandou, indo em direção ao seu grande arcenal. - Ainda serei bonzinho, deixarei você escolher a arma que será morto. Tem coisa melhor? - debochou.

- Eu conto tudo, mas por favor, não me mate! - implorou, deixando claro que era fraco.

- Conte-me!

- Eu só estava seguindo ordens! - as lágrimas começaram a cair.

- Ordens de quem? - perguntou.

- Do meu chefe! - falou e sem esperar, Leonard enfiou uma faca em sua barriga, girando a mesma logo depois.

- Não me dê trabalhos, Hideki! - falou girando ainda mais a faca.

- Shirai! - falou com dificuldade, o sangue já escorria por sua boca.

- Até que você é útil! - falou retirando a faca de seu abdômen. Pegou um pequeno bisturi e com agilidade, cortou a jugular do homem. O mesmo não queria ter mais trabalho, só queria voltar para casa e aproveitar sua amada. Mas ainda não seria possível. Largo o homem ainda agonizando e fora para seu escritório.

[...]

Depois de arrumar algumas papeladas; entre outras coisas que teria que levar para seu novo escritório, em sua nova casa. Fora para reunião. O mesmo se afastaria um pouco da boate, passaria mais tempo ao lado de Margareth, e deixaria Dylan em seu lugar, sendo permitido ligar para o mesmo, só em casos extremos.

Terminou a reunião e fora embora. Dirigia o carro pensando no que faria com Margareth. Muitas coisas passavam em sua cabeça e só de imaginar, a ansiedade tomara conta de si. Estava feliz que tudo entre eles estavam indo bem, pareciam um casal de adolescentes, as noites eram regadas de amor. Estava vivendo um sonho!

Saiu de seus devaneios, quando um Kia Sorento; preto, bateu em sua traseira, era completamente idêntico ao mesmo que Ettore havia descrevido. Já estava ciente do que era e sem perder tempo entrou na "brincadeira". Jogou seu carro contra o outro e virou na rua logo em seguida, tentando despistar, mas fora inútil. O mesmo voltou e novamente bateu em sua traseira, tentando fazer com que o automóvel de Leonard capotasse. Leonard abriu sua janela, pegou sua arma e manteve-se atrás do outro. Pela janela conseguiu atirar no pneu traseiro do Kia Sorento, fazendo com que o mesmo perdesse o controle e girasse na pista, parando de frente para Leonard, dando início a uma troca de tiros. O mesmo com agilidade ( sendo foda mesmo ) começou a dar ré, e antes que pudesse virar na rua, fora atingido por um tiro. Por sorte fora no braço.

Sabendo que ainda poderia estar sendo seguido, fora para o loft. Não queria colocar Margareth em risco, não mais do que ela já corria. Entrou no elevador, colocou sua senha e apertou seu ferimento, fazendo com que o sangue diminuísse. Assim que o elevador de abriu, fora direto para o banheiro, fez seu curativo e ligou para Dylan. O mesmo dissera que havia um carro no estacionamento do edifício e as chaves estavam na parte de baixo do automóvel. Esperou mais vinte minutos, desceu e seguiu para sua casa.

***

Ligação On

- Você precisa vir minha casa nova! - Margareth falava empolgada ao telefone, enquanto trocava os canais da televisão, aleatoriamente - Poderíamos fazer uma festinha na... - ela não consegue terminar a fala. Leonard acabara de entrar em casa com o braço ensanguentado, o mesmo estava envolvido com um pano, para conter o sangue. Desligou o telefone rapidamente e foi em direção ao homem.

- Não foi nada, só um tiro. - riu colocando a mão no ferimento. - OLÍVIA? - gritou.

- Oi senhor! - arregalou os olhos ao ver o braço do homem. Margareth ainda estava paralisada, não sabia o que fazer, estava sem reação.

- Leve algo para fechar isso aqui, espero no quarto. - mandou

- Sim, senhor. - correu pelo corredor.

Leonard subiu as escadas indo para seu quarto, tirou a roupa, ficando apenas de cueca e sentou na beira da cama. Margareth fora atrás do homem, fechando a porta logo em seguida.

- Pode me explicar como isso aconteceu? - Marg perguntou sentando ao lado do homem, o mesmo estava tirando o pano.

- Um carro estava me seguindo, rolou uma troca de tiro e eu saí baleado. - tentou resumir o máximo possível, pois ela não poderia ficar sabendo a verdadeira história. Olivia bateu na porta.

- Vem cá, deixa eu cuidar disso! - falou pegando o quite de primeiros socorros e indo em direção a cama.

- Pode deixar que eu faço!

- Não, deixa que eu faço. Dar ponto não é tão fácil quanto você pensa! - sorriu. Assim que a mulher enfiou a agulha e o sangue desceu, seu estômago começou a embrulhar, largou tudo ali e correu para o banheiro.

- Está tudo bem? - Leonard perguntou, terminando de fazer os pontos.

- Sim! - falou lavando a boca - Só foi um pequeno enjôo.

Voltou para o quarto e ajudou Leonard a finalizar o curativo. Preparou um pequeno lanche para o homem e o serviu na cama.

- Você é um anjo, como eu não soube disso antes? - falou, mordendo um pequeno pedaço do lanche e tomando um gole do suco.

- Deixa de ser bobo. - ficou constrangida - Acabe de comer, se precisa de algo, estou no banho.

- Eu realmente estou precisando de algo...- deu uma risada saliente.

- Não, não mocinho. Você está dodói! - trancou a porta e tomou seu banho.

Depois de minutos no banheiro, a mesma terminou seu banho, colocou sua leve roupa de dormir e deitou-se ao lado de Leonard, que já estava dormindo. Olívia já havia levado a bandeja. Abraçou o mesmo por trás e acabou dormindo.

Dia seguinte

Eram 07:53 AM, quando Leonard levantou, completamente animado. Abriu as cortinas do quarto, deixando o sol invadir o ambiente, lavou seu rosto e quando voltou para o quarto, Margareth estava sentada, com os cabelos bagunçados, o rosto ameaçado e olhando para o nada.

- Sério? São ... - olhou o relógio - ... 08:00 AM.

- Bom dia para você também! - debochou - Vamos viajar, se arrume! - falou colocando uma roupa simples: um short solto de for azul marinho e uma blusa branca de mangas.

- Como assim "vamos viajar"? Eu não arrumei mala nem nada. Vamos pra onde? Você pode me explicar o que é isso? - falou levantando da cama.

- Você verá! E sobre as roupas, você pode comprar o que quiser quando chegarmos lá. - falou fechando a porta do quarto.

- Agora sim eu gostei...


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