C A P Í T U L O 3

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Margareth mal havia dormido após o encontro com Leonard. Realmente tinha se enganado sobre o mesmo e sentia-se ludibriada em achar que ele seria um cavalheiro com ela. Sua futura esposa. Sempre soubera que todos os mafiosos eram rudes e frios. Alguns batiam em suas esposas e outros até mesmo as estupravam. Margareth se arrepiava só de pensar.

- Será que sofreria o mesmo com Leonard ? - pensou.

Não poderia ficar pensando nisso o dia todo, então resolveu agir sua vida. Levantou de sua cama com uma leve preguiça e foi direto para sua suíte, precisava de um banho. Tirou sua camisola, ligou o chuveiro e mergulhou seu corpo na água gelada. Passou horas debaixo do chuveiro, como de costume. Secou-se e enrolou sua toalha no corpo, dirigiu-se até o closet a procura de uma roupa confortável, não sairia de casa hoje. Após vestir-se, desceu as escadas de sua casa e foi direto para cozinha tomar seu café, já pronto. Olivia sabia todos os gostos da menina, sempre preparava seu café da manhã preferido ( waffles com frutas vermelhas ).

- Bom dia mamãe! Bom dia Olivia! - disse sentando-se.

- Pode me contando tudo sobre ontem, mocinha! - disse fazendo cara de brava. Marieth encheu-a de perguntas sobre a noite anterior, perguntas como: "como foi com Leonard?" , "vocês vão sair antes do casamento?" e "como ele é? gentil?", mas Margareth não estava nem um pouco a vontade com essas perguntas e principalmente, não sabia como responde-las. Ela não sabia nada sobre o homem, não passara nem 4 horas com o mesmo,para conhece-lo, mas não precisou de muito para Margareth saber que ele seria como os outros. - Margo?

- Hã? Fo..foi horrível. - diz cabisbaixa - Leonard só vai casar-se por questões políticas, mamãe.

Marieth nunca gostou de ver sua filha cabisbaixa, ainda mais por amor. Sabia que no começo seria pesado para Margareth, mas ela deveria aguentar. A mulher também fora forçada a casar-se com o pai de Margo, tinha acabado de completar seus 18 anos e já havia sido prometida a ele. Sabia que não poderia fazer nada sobre isso, pois na máfia seria muito difícil escolher seu futuro marido, isso nunca acontecera, mas ainda assim casou-se. Durante seu tempo de casada depois de tempos de briga, foi descobrindo mais sobre Ettore, e vice versa.
Ambos foram ficando íntimos, e com essa intimidade, veio o amor, algo novo para Marieth, algo que para ela era difícil explicar. Só sabia que precisava de Ettore ao seu lado, precisava do seu amor e de seus afagos. Depois de 6 anos de casamento, Marieth descobrira que não poderia engravidar , uma notícia que deixou seu casamento um pouco conturbado, pois Ettore exigia um filho. Um mafioso com uma mulher estéril, isso para ele era uma piada. Neste tempo a mulher resolveu procurar ajuda, tinha que engravida. Ter um filho era questão de honra na máfia. E depois de 3 anos tentando engravidar, fazendo tratamento e tudo o que poderia, Marieth engravidou. Mas os problemas não param por ai, a gravidez era de risco e seria bem provável a criança nascer prematura, e assim foi. Marieth deu a luz com 35 semanas de gravidez ( 8 meses ), a uma menina, cujo nome seria Margareth, nasceu com 2,8 Kg . Com o nascimento da mesma sua relação com Ettore havia melhorado e continuara assim até hoje. Ettore sempre fora muito bom para sua família.

Após a longa conversa com sua mãe, Margareth decidiu conversar com seu pai, mas antes ligou para sua amiga, Melissa. As duas eram amigas desde pequenas, viviam grudadas como chiclete em sapato. Marcaram de ir ao shopping fazer compras e conversar sobre tudo o que estava acontecendo. Depois que saiu da ligação, foi escolher sua roupa e decidiu usar uma calça jeans justa ao seu corpo com alguns rasgos no joelho e nas coxas, um tênis branco e uma blusa bege larga, cujo as mangas iam até seu antebraço. A mulher adorava blusas despojadas, seu estilo era típico de uma menina de 16 anos, mas não incomodava-se com isso. Independente de ter 19 anos, não mudara seus hábitos por nada, uma das coisas que ela mais adorava era ver desenhos animados. Desce e vai direto para o escritório de seu pai e pela primeira vez, entra sem bater na porta.

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