Só você

Capítulo 5

Gabriela

Acordo sentindo uma dor insuportável nas costas por conta dessa droga desse sofá. Pego meu celular na mesinha que tinha na sala e vejo as horas. Nada mais nada menos que duas horas da manhã. Não aceito voltar a dormir nessa droga desconfortável. Pego meu travesseiro e cobertor e vou arrastando até chegar no quarto da peixinho.
Quando entro, a vejo em um sono tranquilo e com uma carinha linda. Tento fazer o mínimo de barulho possível e deito em seu lado.

- O que está fazendo aqui?- levo um susto quando ela pergunta mesmo estando com os olhos fechados
- O sofá é muito desconfortável. Deixa eu dormir aqui, por favor. Prometo não fazer nada.
- Eu sei que você não faria nada, nega. Agora junte uma conchinha aqui comigo. Também não estava dormindo muito bem.

Me acomodo atrás da mesmo e aplico um beijo em sua nuca

- Boa noite, linda- falo apertando ela em meu abraço
- Boa noite, nega

Carolina

Acordo sentindo um cheirinho gostoso e imediatamente minha barriga começa a roncar. Sigo esse cheiro e encontro uma Gabriela de frente para o fogão, mexendo o quadril e cantando uma música empolgante

- BU!
- Ahhhh que susto peixinho. Me queimei viu?- me mostra seu dedo queimado
- Deixa eu ver- pego seu dedo e levo à minha boca lambendo o mesmo olhando fixamente pra Gabriela que se encontra em um estado de choque- passou?
- N-nao pode fazer de novo?
- Só você mesmo, nega- dou um beijinho em seu dedo e um selinho em sua boca
- Hoje você acordou pra me provocar né- fala se virando pra fazer o que pareciam omeletes
- Seja lá o que você esteja inventando, não está dando muito certo- falo olhando para a frigideira
- Ei! Vai ficar bom. Espere e veja
- Se você diz ...

E não é que a bicha tava certa? Aquilo estava maravilhoso

- O que é isso? Tá muito bom
- Era pra ser um omelete, mas você me distraiu e eu misturei tudo- fala contraindo os ombros

Nosso café da manhã foi regado de muita conversa leve e às vezes ela se aproximava pra me dar um selinho. Como nada bom dura para sempre, ela teve que ir, pois tinha passagem de som para o seu show de mais tarde

- Você vai mais tarde?- pergunta do lado de fora do quarto escorada na batente da porta
- Claro que eu vou. Não perderia por nada, nega- digo me aproximando enlaçando meus braços em seu pescoço
- Ótimo- falou segurando minha cintura e me dando um beijo de tirar o fôlego- até mais tarde então, meu amor
- Até- lhe dou um último selinho e a vejo entrando no elevador.
Fecho a porta e fico parada olhando pro nada só pensando no que ela acabou de falar

Ela me chamou de amor