Prólogo

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Cinco anos se passaram desde que deixei Nova Iorque para ter e criar meus filhos em Londres. Chloe e Noah vêm me visitar constantemente. Meus filhos e eu, devemos muito a eles.

Taylor, desde aquele dia, nunca entrou em contato. Não sei exatamente o que aconteceu a ele, mas Noah me garantiu que não o demitiria.

Eu sentia sua falta. Apesar de tudo, ainda o amava e, ainda não havia tido coragem de me entregar a outro homem.

Meus filhos, Nathan e Sophie estavam hoje, completando seus cinco aninhos.
Como presente de aniversario, me pediram carinhosamente para visitar o tio Noah e seu priminho Christopher. Os três eram muito amigos, como eu e meus irmãos eramos em nossa época de infância.

Chloe fez questão de reservar nossas passagens, mesmo que demorem uma semana para que possa embarcar.

- Mamãe. O titio Noah mora em Nova Yorque, não é?

- Sim, filha. E vamos visitar ele em breve.

- Vamos visitar o papai também?

Se me perguntarem se escondi deles algum dia quem é - ou quem foi - seu pai, minha resposta será não. Eles apenas não conhecem totalmente a história. Agora, se me perguntarem se foi burrice minha... eu não saberei responder.

- Não sei, querida. Seu pai é muito ocupado. Não sei se poderá ir até a casa do titio para nos ver. - Minto e sinto meu coração se apertar.

Sophie sempre quis conhecer seu pai, diferente de Nathan que não demonstrou nenhum interesse. Meu pequeno, era a cara de seu pai, e também, muito apegado a mim. Sua timidez - além do gosto por culinária - era seu traço de personalidade mais evidente.

Já sua irmã é totalmente diferente. Sophie é uma menina alegre, animada e impulsiva. Neste ponto, posso dizer que sei que herdou de mim. Curiosa e com um espírito livre, minha doce menininha adorava buscar novas aventuras e descobrir o que o mundo pode oferecer.

Sem querer machuca-los, disse a eles que precisei viajar para cuidar de alguns negócios em Londres e que o papai não pode vir junto, por ser um homem muito ocupado. O que fez com que Sophie queira conhecê-lo a todo custo.

Apesar da pouca idade que possuem, são muito espertos. Em seu aniversário de três anos, mesmo podendo pedir qualquer coisa, minha filha me pediu uma foto do pai, para colocar em seu quarto. Com dor no coração, dei a ela a única lembrança que possuía dele.

Por varias vezes, me peguei sentada entre as camas dos dois, segurando sua foto e chorando por sua falta. Eu queria encontrá-lo e dizer a ele o quanto o amava. Pedir para que me perdoasse por ter ido embora, e por não contar a ele desde o começo sobre minha gestação. Queria poder abraça-lo novamente, tocar sua pele, sentir o calor do seu corpo...

- E se formos até a casa dele? Você não lembra mais onde é mamãe?

- Não querida. Mamãe não lembra. Mas prometo que vou tentar fazer o papai ir até a casa do tio Noah. - Acaricio seus cabelos e tento mudar de assunto. - Sabe quem mais esta com saudades? O titio Alex.

- Ele é chato. - Nathan se pronuncia.

- Por que acha isso, filho?

- Ele me aperta muito. E fica me agarrando. Eu não gosto disso, mamãe.

Sorrio de sua cara brava. Tão pequeno e com uma personalidade já tão definida.

- Vou pedir a ele para não fazer isso. Ta bom? - Ele concorda com a cabeça e volta a ficar quieto. - Agora vamos, antes que se atrasem para a escola.

Dou a mão para eles e seguimos juntos para o carro. A escola em que estudavam, era a menos de meia hora de casa, tínhamos que sair com pelo menos quarenta minutos de casa, para que desse tempo de deixá-los la e ir trabalhar.

Desde que nasceram, eu dou o meu melhor para e por eles. Trabalho todos os dias nos horários em que estão na escola, e nos momentos em que estão em casa, dividimos nosso tempo juntos.

Primeiro a lição de casa, depois brincamos até nos cansar, ou até a hora do jantar, que também é uma brincadeira para eles.
Desde seus dois aninhos, ambos gostavam de me ajudar com a cozinha. Adoramos fazer biscoitos juntos, para os finais de semana em que comemos algumas besteiras e assistimos nossos filmes favoritos.

Meus filhos, jamais disseram um palavrão dentro de casa, jamais foram mal educados com alguém, ou receberam alguma advertência. Nunca precisei bater neles, ou levantar a voz para que me obedeçam. Nós somos tudo que o outro têm, eles entendem isso.

Quando os deixo na escola, sigo diretamente para meu escritório. Ser designer de moda sempre foi minha paixão, era o meu sonho de menina, meu escape da realidade naquele inferno que era o orfanato.

Pego meu telefone e começo a discar rapidamente o numero de Chloe.

- Jhenny? Oi.

- Oi. Preciso conversar.

- O que aconteceu?

- Sophie. Ela quer conhecer o pai. Sabe que ele mora em Nova Iorque.

- Fica calma. Tentaremos evitar que Taylor os encontre.

- E se ele os virem? Não sei se estou preparada para isso. Chloe, e se Taylor contar a eles a verdade? Como vai ficar a cabeça dos meus filhos?

- Taylor quase não aparece mais aqui. Não desde que seu irmão disse a ele que não daria o recado a você.

- Recado? Que recado?

- Merda! Falei demais.

- Chloe? Que recado? - Ela fica em silêncio. - Taylor foi atrás de mim?

- Sim... ele veio. Insistiu a seu irmão que dissesse a ele onde você está, por quê foi embora...

- E ele disse?

- Não. Taylor ainda não sabe de nada. - Meu peito se aperta novamente. - Olha, é melhor que você converse com seu irmão pessoalmente, quando chegarem aqui. Você vai ter muito para ler e ouvir.

- Eu... não sei o que fazer.

- Vai saber quando estiver aqui. Descanse, aproveite seus filhos e quando chegar aqui, resolvemos o que for preciso.

- Obrigada, amiga.

Desligo o telefone e volto a derramar as lágrimas que tanto segurei. Taylor procurou por mim... nesses cinco anos, eu acreditava que ele havia me esquecido. E agora? Será que já me esqueceu?

***

Oii Amores
- LIVRO 2 -
EM ANDAMENTO!

🎉🎉🎉🎉🎉

FINAMENTE!

Foram meses com este projeto em mente, desenvolvendo os novos personagens, histórias novas... tudo!!
Estou imensamente feliz em estar finalmente iniciando-o.

- ESPERO QUE GOSTEM -

Permita-me Viver - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora