Capítulo 8

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Acordo assustada. Olho no relógio e já são três horas. Merda! Chloe vai me matar.

  Pego meu celular e, por um milagre divino, não há nenhuma chamada perdida ou mensagem. Me pergunto o que poderia ter acontecido... será que estão todos bem?

Me levanto da maneira mais silenciosa possível, vou até a sala e ligo para eles.

- Chloe? Ta tudo bem?

- Tudo. Estamos no shopping com as crianças. Por que esta sussurrando.

- Taylor está aqui.

- Aqui? Onde exatamente você está? Achei que só conversariam de manhã. 

-Eu também. Mas depois , ele veio até a sua casa. Me seguiu até aqui.

- E ai? O que aconteceu?

- Não sei como explicar por telefona... mas, temos muito o que conversar.

- Jhenny Price, eu conheço este tom...

- Conhece... - ela tem razão, conhece mesmo.

-  Como você está com isso?

- Bem... eu acho.

- Se você está bem com isso... então tudo bem. Não quero que você se machuque.

- Eu também não.

- Contou a ele? 

- Não. Ainda é muito cedo para isso. Não tenho como abordar este tema agora. E, sinceramente, ainda não quero ter que lidar com isso. Lidar com a confusão de sentimentos está de bom tamanho por hora.

- Claro. E, que horas quer que eu leve as crianças?

- Posso, pega-las na sua casa mais tarde? Só me avisa a hora que chegar.

-Claro.

- Chloe, tenho que ir... ele acordou. 

Antes que ela pudesse me dizer qualquer coisa, desligo o telefone. Taylor estava parado próximo a televisão. Há quanto tempo ele estava ali? O que ele ouviu?

- Precisa ir?- Ele pergunta.

- Não agora. 

- O que você precisa pegar com a Chloe?

- Uma mala que esqueci lá. 

- Posso busca-la se quiser...

- Não precisa. Vou e aproveito para ficar um pouco com meu sobrinho.

- Claro... Também, provavelmente, não quer que seus irmãos saibam do que aconteceu aqui.

- Não me importa o que eles sabem ou não. É a minha vida, Taylor. Não dê uma de Alex.

- Alex? O que ele fez?

- Nada... - minto. - Ele, só tenta cuidar demais da minha vida. E  como disse a ele, a vida é minha. Deixe que eu tome as decisões.

- Então... foi decisão tua ir embora?

- Foi. Meus irmãos não concordaram muito com isso. Mas aceitaram.

- Seu primeiro ato de maturidade perante eles.

- Não vejo desta forma. Eu tive motivos para ir, eles entenderam bem isso. Noah me ajudou bastante com tudo.

- E o que te fez ir embora tão de repente?

- Coisas... - Não quero falar sobre isso agora. Por favor, não force. Por favor.

- E vai voltar para lá?

- Provavelmente sim. Como disse, ficarei até o fim das férias escolares.

Permita-me Viver - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora