Capítulo 10

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- Era uma vez,  uma rainha e um cavaleiro. Eles viviam em um reino mágico onde os sonhos e o amor, sempre vencem. Foi neste reino, que a rainha Jhenny conheceu o cavaleiro Taylor - um cara muito bonito, diga-se de passagem -. Taylor, era o fiel escudeiro do rei Noah, que,a o lado de sua linda irmã, governava o povoado como ninguém. Eles eram amados e admirados por todos.

Certa vez, a rainha pediu ao rei, que emprestasse a ela, seu nobre cavaleiro para que ele a levasse ao reino vizinho, para resolver assuntos dos dois reinos. Feliz por poder ajudar, o cavaleiro a levou e esperou até que ela estivesse pronta para voltar para seu castelo. Quando a rainha embarcou em sua carruagem dizendo que estava com muita pressa, o nobre cavaleiro, que só queria ajuda-la, acelerou seu cavalo e cavalgaram rapidamente. Tão rápido, que podiam competir com as estrelas cadentes do céu.

Mas, o que eles não esperavam, era seu cavalo ficaria machucado no meio da floresta. O nobre cavaleiro e a rainha, ficaram presos por horas no meio da mata enquanto esperavam ajuda do príncipe Alex chegar. Sem muito o que fazer, a rainha convidou o cavaleiro para se sentar na carruagem junto a ela, e ali, eles conversaram. 

É lindo ver Taylor contar nossa história em forma de fabula para os nossos filhos. Sonhei com isso por anos, e agora, estamos todos aqui, sentados um frente ao outro, cada um com uma criança em seu colo, contando uma história de faz de conta... não tão faz de conta assim.

- O que o cavaleiro não sabia era que naquele mesmo dia, a rainha havia se apaixonado por ele. Ali, naquele mesmo dia, durante aquela conversa que tiveram, a rainha soube que ele seria seu grande amor. - Digo.

- E os grandes amores não se esquecem tão facilmente. - Taylor completa.

- Oque é um grande amor? - Sophie nos pergunta. Talor sorri e olha para mim.

-Um grande amor, filha, é quando dois adultos olham nos olhos e o sorriso aparece sem motivo algum. É quando sentimos o coração bater tão rápido e forte, que os nossos ouvidos podem escuta-los facilmente, e a mão começa a molhar...

- Não só a mão. - Taylor diz com sorriso sacana.

- Taylor! - O repreendo. 

- O que é? 

- O que mais molha, papai? - Pronto... se vira agora Taylor. E acho muito bom que encontre algo para falar além de "vagina" ou "pênis".

- Os olhos, filha. - Ele diz e sorri. -  Quando amamos alguém, e vemos esta pessoa, é como em um conto de fadas, quando o príncipe beija a princesa. Os olhos ficam grudados - ele diz olhando para mim. - a boca sorri sem motivos, as mãos tremem e, não sabemos o que dizer. Só queremos que aquele momento dure para sempre. - Ele sorri.

Sophie para por um instante, olha para o chão e  coloca a mãozinha no peito. Em seguida olha para suas mãos, depois para seu pai e sorri.

- Papai? Eu acho que eu amo você.

Taylor sorri de maneira linda e apaixonada. Dizendo para a filha que o ama, ele a abraça. Nathan em meu colo, abaixa a cabeça, sem querer olhar para frente.

- Filho? - Chamo e ele olha para mim. - Encosta aqui. - Ele deita sua cabeça em meu peito. - Está ouvindo isso? - Digo sorrindo e ele confirma com a cabeça, ainda confuso. - Olhe para minhas mãos, elas estão molhadas. Meus olhos também... sabe o que isso quer dizer?

- Que você me ama? 

- Isso mesmo. - O abraço, dando um beijo em sua cabeça. Estou vivendo tudo o qual sempre sonhei. Taylor faz parte da vida dos filhos e, consequentemente, da minha agora. Ainda que não tenhamos voltado oficialmente, estou feliz por tê-lo ao meu lado neste momento.

***

Passada a tarde de histórias, filmes e brincadeiras, chegou a hora das crianças tirarem sua soneca; do contrario, o humor delas não seria mais nada fofo. 

- Acho que devemos conversar sobre isso...

- Claro. - Respondo.

- Como pode? Me privar de ver o nascimento e o crescimento dos meus próprios filhos? 

- Achei que já tivéssemos conversado  isso.

- Não! - Ele grita. - Não conversamos porra nenhuma, não. Eu me calei porque não tinha processado ainda o tamanho da imbecilidade que você cometeu.

- Vai se foder, Taylor. Eu sumi sim... escondi meus filhos de você por medo, porra!

- Medo? Ah, faça-me o favor de inventar outra desculpa.

- Desculpa o cacete. Você me tratou muito mal, disse que não queria ter um filho comigo. Eu temia que você me abandonasse... nos abandonasse.

- E por isso você me abandona? Cresce, porra! A única coisa que você fez, foi concretizar seus próprios medos por conta própria.

- Eu poderia tolerar tudo... Tudo mesmo Taylor. - Digo mais calma. - Mas não aguentaria vê-lo rejeitar os próprios filhos.

- E como sabe que eu os rejeitaria?

- Por que você me disse isso... quando gritou comigo e se levantou, me deixando sozinha.

- Eu estava nervoso. Porra, eu ia te pedir em casamento... estava tentando arrumar nossas vidas para termos tempo e liberdade juntos... ter filhos naquela época não fazia parte do plano.

- Mas aconteceu, Taylor. Eu não ia encerrar a gravidez. De maneira nenhuma eu faria isso.

- Eu nunca te pediria para fazer isso.

- Eu... pela sua reação, achei que estragaria sua vida se contasse da gravidez. Estava assustada e preocupada. Sabia que poderia te machucar de alguma forma... só tentei evitar.

- Não... você tentou evitar se machucar... pensou só em você! Eu não te culpo, fui um idiota completo... mereço tudo o que me aconteceu.

Vê-lo daquela maneira, fez com que meu coração se apertasse e, como em um daqueles impulsos que nos fazem acelerar no farol amarelo, o beijei... sem pensar nas consequências, ou se de fato poderia acontecer algo após isso... apenas acelerei e torci para que nenhuma merda acontecesse.

****

Ahhhh! Caramba.

Como fooi dificil terminar esse capitulo! CREDO!

Maaas, terminei.

ALELUIAA!

Espero que tenham gostado.

Permita-me Viver - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora