Epílogo

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Taylor, Nathan e Sophie pareciam ainda mais ansiosos do que eu para descobrir o sexo dos bebês.
Para mim, foi um choque enorme saber que, novamente, estou esperando gêmeos. É o destino me fazendo pagar por deixar os primeiros longe do pai? Ou premiando Taylor com a presença na gestação idêntica a que ele perdeu? Não sei dizer.

As apostas quanto ao sexo foram feitas. Noah apostou duas meninas, para deixar Taylor louco e Sophie ainda mais brava. Chloe, apostou, assim como eu, em outro casal. Alex, como o bom cretino que ama o sobrinho, disse que viria dois meninos, e que isso faria com que eu o esquecesse. Nathan ficou uma semana chorando no quarto, com medo. Mas agora, parece gostar da ideia de ter um menino para brincar.
Agora, Nathan e Sophie brigam parar terem cada um, um bebê pelo seu sexo. Taylor, por sua vez, preferiu abster-se de qualquer opinião ou aposta.

A espera os deixou ainda mais ansiosos e nervosos. Taylor parecia que ele mesmo teria o bebê ali. Ou que faria sozinho o exame, ainda que não entendesse absolutamente nada.

- Fica calmo. O doutor já está vindo.

- Vindo montado numa lesma?

-  As crianças estão mais calmas que você. Senta a bunda lá e espera. Não me deixa nervosa!

Contrariado e numa birra além do nivel de infantilidade permitida para sua idade. Quando o doutor adentra a sala, cumprimenta a todos e então, pede silêncio para que possa se concentrar. Taylor, o contrario das crianças, parece não entender o conceito de SILÊNCIO. Ele fazia diversas perguntas o tempo todo, e pedia para o médico dizer logo o sexo dos bebês.
Eu estava ficando nervosa. Muito nervosa.

- Cala a boca, Taylor. Senta e espera junto com as crianças. - Grito.

Ele e o médico olham para mim assustados, mas não fazem um comentário se quer.
Os minutos se passaram e o doutor passou a nos mostrar que as partes dos corpinhos, estavam perfeitos. Nenhum sinal de deformidade ou doença. Os gêmeos são univitelineos, ou seja, idênticos. São gerados dentro da mesma bolsa.

Ao sabermos o sexo, Taylor parece mais tranquilo e emocionado. As crianças parecem gostar da boa nova. Falta agora, contar ao resto da familia.

Saímos do consultório pouco mais de meia hora após o término do exame e fomos direto para uma confeitaria e encomendamos um bolo para aquela tarde ainda. Nos custou uma boa nota. Seguimos para uma loja de festas e compramos balões da cor do sexo, além de alguns doces e salgados.
Nada exagerado, apenas o suficiente para que minha família saiba o resultado.

Em casa, encho os balões e espalho por todo o quarto. São muitos.
Escapo pela janela, deixando o quarto repleto de balões com um ventilador jogando eles em direção a porta.

Noah, Chloe, Christopher e Alex chegam pouco depois de ter terminado tudo. Tempo o suficiente para que eu tomasse um banho e me arrumasse para parecer um mínimo que fosse, apresentável.

- Jhenny. Você está linda. - Chloe diz.

- Não precisa mentir para agradar. Eu estou enorme.

Sorrimos. A tarde fluiu muito bem. Crianças comendo. Adultos conversando e Taylor ansioso para contar a todos o sexo do bebê.
Decidimos estar na hora. Eu estava muito ansiosa. Não é a primeira vez que eu faço este tipo de coisa, mas a ansiedade é a mesma da primeira vez.

Contamos regressivamente de dez a zero, dando um tempo longo entre o três e o um, e então, abrimos a porta, fazendo com que centenas de balões rosas e azuis voem pela casa. Taylor parecia encantado com a forma que encontrei de contar, e mais ainda, por saber que terá a chance de ser para esses bebês, o que não pode ser para Nathan e Sophie.

Sejam bem-vindos Max e Luna!

Permita-me Viver - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora