A primeira semana tendo Taylor constantemente em nossas vidas, se passou melhor do que o jamais esperado. Bom, digo isso por mim, que hoje, sei que aprendi a perdoá-lo pelas merdas que ocorreram no passado. Sophie, aparentemente esqueceu ter ouvido o pai dizer que não os queriam... Nathan, por outro lado, não cede o carinho ao pai de maneira alguma.
Taylor, na massiva tentativa de agradar o filho, o leva para uma tarde só de homens, me deixando sozinha com Sophie a tiracolo.
- Já que o papai e o Nathan foram passear e ter uma tarde de meninos... o que acha de fazermos o mesmo?
- Não gosto de coisas de menino, mamãe. - Sorrio com sua ingenuidade.
- Não, meu amor. Vamos fazer coisas de meninas.
- Como.. ir ao shopping? - Faço que sim com a cabeça. - E comprar batom? E sapatinhos com lacinho? E depois comer para reclamar que está gorda? -Sorrio de sua ultima definição de coisas de mulher. - Vou poder fazer tudo isso?
-Claro, porque não? Hoje o dia é só nosso.
-A pedido de Sophie, o primeiro lugar em que vamos, é o Shopping. Passamos por muitas lojas, compramos muitos vestidos, parando, finalmente, na loja de sapatos que ela tanto queria.
- Não sei qual eu escolho? - Diz ela segurando dois modelos diferentes. - Esse é muito a minha cara, mas não combina com o vestido que eu quero usar. Esse combina bastante, é o sapato da moda, mas não sei se gostei muito dele.
A vendedora e eu começamos a rir da situação, fazendo com que ela fique vermelha de vergonha e raiva.
- Não tem graça, eu estou em um "pidema" importante aqui.
- Em um o que?
- Um "pidema", mamãe. - Ela diz como se fosse algo simples e que eu tivesse a obrigação de saber. - Quando você não sabe o que quer e precisa escolher.
- Você quis dizer DILEMA.
- Tem certeza? Eu acho que falei certo. Essa palavra ai é tão dificil.
- Tenho sim. - Sorrio. - E então, onde foi que você ouviu todas essas coisas?
- Na televisão. A menina bonita de cabelo amarelo adora falar essas palavras complicadas.
- E você adora repetir o que a menina de cabelo amarelo fala, né?
Ela sorri enquanto faço cosquinha. Peço a vendedora que embale os dois. De que mais serve o dinheiro que não ajudar aqueles que precisam, ou, colocar um sorriso no rosto de uma criança? Ah, se existe algum outro motivo melhor, eu desconheço.
Saindo da loja, o próximo lugar para que vamos, é a loja de maquiagens. Sophie estava verdadeiramente empolgada para esta parte da aventura. Ela queria tudo o de tudo quanto era cor. Tive que puxar as rédeas e explicar que algumas das quelas coisas, só podem usar, meninas mais velhas. Com muito custo, ela entendeu.
- Eu quero ter uma maleta igual a sua, mamãe. Para ficar tão bonita quanto você.
- Mas você já é linda sem precisar de maquiagem.
- A moça do cabelo amarelo disse, que quando a mulher passa maquiagem, ela fica mais bonita e os meninos da idade dela, olham para ela diferente. - Mais essa agora.
- E quem você quer que te olhe diferente?
- O papai. - Diz ela naturalmente. - Quando ele me olha, parece estar sempre triste. Ele sorri, mas não parece querer sorrir de verdade. E eu quero que ele me olhe e sorria de verdade.
Diante isso, como dizer não a ela? Peço a uma atendente que acabara de passar completamente alienada a nós, que passeie com Sophie pela loja, e lhe dê a maleta que ela desejar, porém, somente com tons naturais e rosa claro. Além do jogo de pinceis, claro.
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Permita-me Viver - Livro II
RomanceJhenny Price, uma jovem mãe solteira, resolve voltar a sua cidade para retomar seu lugar em sua empresa, reencontrar sua família e junto a ela, seu mais difícil e doloroso passado, o pai de seus filhos. Como ela reagirá a esse reencontro? ⚠ O Livro...