Capítulo 1

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Nova York continuava a mesma que me lembrava. Nesses últimos anos, sinto que nada mudou. Com exceção da minha motivação para estar aqui.

Alex nos buscou no aeroporto, com ele, um motorista negro e alto; que eu jurava ser Taylor. Seguro a mão dos meus filhos e olho para o meu irmão, indignada.

- Não é ele. Não se preocupe.

Olho para ele como quem pergunta se pode confiar. Ele concorda com um leve gesto de cabeça. 

- Aliás, antes que eu me esqueça, Nathan não quer que você o aperte. Ele já está "grande" para isso. Não é filho?

- É. - Ele fala de cabeça baixa.

- Ei, rapaz. Se não gosta de algo, pode chegar no titio e falar. Somos homens, se lembra?

- Sim, tio Alex.

- E o que homens fazem?

- Xixi no piniquinho? - Ele pergunta confuso.

Sorrimos e explico a Alex que ele acabou de deixar as fraldas.

- Isso também. Mas homens conversam, como verdadeiros homens.

- Tá bom. Então, eu como homem, quero tomar sorvete.

Sorrimos mais uma vez e Alex pega Nathan no colo e beija com força suas bochechas.
Olho para o lado e Sophie está de cara fechada.

- O que foi? Está tudo bem querida?

- Está!

- Então porquê está brava?

- Não sabia que o tio Alex tinha só um sobrinho.

Ciúme! Claro. Como dizer a ela que Nathan não é o favorito?

- Tio Alex não esqueceu de você.  Eu sei disso.

- Como sabe?

- Por que ele fazia o mesmo comigo quando era pequena.

Ela fecha a cara novamente, inflando as bochechas e cruzando seus braços junto ao corpo.

- Olha só, não era para eu te contar, então vamos fazer de conta que a mamãe não te falou nada, tá bom?

- Tá bom.

- O titio Alex e o titio Noah compraram um presentão pra você e para seu irmão.  Tio Alex está fingindo te ignorar para você achar que não é especial.

- Então eu sou especial?

- Claro que é, meu amor. - A beijo com ternura e seguro sua mão para irmos logo para o carro.

Antes de irmos para a casa do Noah, resolvemos passar em uma sorveteria. Eu me lembrava dela, o que me surpreendeu ainda estar aberta. Noah nos levou para tomar sorvete no dia em que conseguiu nos tirar do abrigo. Foi uma verdadeira festa.

Antes de sairmos do carro, envio uma mensagem ao meu irmão.  Minha esperança é estar certa quanto as razões  de Alex para ignorar minha filha. Do contrário, teremos a primeira briga dos últimos cinco anos.

 Do contrário, teremos a primeira briga dos últimos cinco anos

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Permita-me Viver - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora