Noah e Taylor entraram em um complô contra mim, o qual desconheço a necessidade. Os dois, pegaram meus filhos e simplesmente sumiram sem dar noticias, deixando apenas um bilhete que dizia: Voltamos a noite.
Ligo para eles diversas vezes, e só o que obtive foram as caixas postais me dizendo o que fazer.- Relaxa. - Chloe diz. - Logo eles estão de volta.
- Eu nunca passei tanto tempo sem eles.
- Olha, no inicio, pode parecer difícil. Mas você acostuma. Depois de algum tempo, você consegue relaxar.
Por mais que saiba que ela tem razão, sinto um leve aperto no peito por não saber nada sobre onde estão. Foram cinco anos da minha vida, o qual dediquei exclusivamente a eles.
- Que tal se... - Chloe começa dizer enquanto pega seu celular. - Eu ligar para eles? Isso te deixaria mais calma?
- Muito.
- Certo. Mas tem uma condição. - La vem! - Assim que constatar que estão bem, você e eu vamos aproveitar a tarde para termos nosso dia de mulher. Como nunca fizemos juntas antes.
- Eu acabei de ter um dia de mulher.
- Com a sua filha de cinco anos, Jhenny. Quero um dia de amigas com você. Amigas, cunhadas... adultas.
Sinto não ter outra escolha. Se quiser saber dos meus filhos, terei de aceitar as condições. Se bem que, não é uma má ideia passar um tempo tranquila com minha melhor amiga. Digo a ela que concordo e ela liga para Noah. Após dizer que eu queria falar com as crianças e saber como elas estão, esperou um pouco e me entregou o telefone.
- Oi mamãe. - Ouço meu pequeno dizer.
- Oi filho. Como vocês estão?
- Estamos bem. Taylor e o tio Noah estão cuidando bem da gente. - Noah fez ele dizer isso. Certeza.
- Que bom, meu amor. O que vocês estão fazendo agora?
- Estamos na loja de avião.
- Loja de avião?
- É, mamãe. Para comprar um e ir para nossa casa em Londres. Papai disse que você vai precisar de mais coisas para as nossas férias.
- O papai disse? - papai? É a primeira vez que ele diz isso.
- Disse. - Ele para de falar por um minuto. - Mamãe? Ele quer falar com você.
Antes que pudesse dizer uma palavra se quer, ouço uma respiração ofegante do outro lado. Tenho a leve impressão de saber do que se trata.
- Tay? - Digo.
- Você também ouviu? Por favor, diga-me que não enlouqueci e que você também ouviu.
- Sim, eu ouvi.
- Eu não acredito. Amor, ele finalmente me chamou de pai. Ele me chamou. Eu não acredito. E agora? O que eu faço. - Sorrio de seu nervosismo.
- Aproveita o momento com o seu filho. E cuida bem deles.
- Eu vou. - Um minuto de silêncio se é feito, até que ele torna a me chamar. - Jhenny?
- Taylor?
- Eu te amo. - Ele diz. Sinto meu coração palpitar ainda mais forte. Como se uma chama acabasse de se acender dentro de mim.
- Eu também te amo. - desligamos o celular neste breve momento de ternura e entrega de corações.
- Menina! Se eu soubesse que essa ligação causaria tudo isso, teria era ligado antes. - sorrio de seu comentário. - Agora vamos. Me conta tudo no caminho.
***
- Não imagino o quanto ele deve estar feliz. Taylor queria muito ser aceito pelos dois. - Chloe diz.
- E conseguiu. Sophie se entregou sem pensar duas vezes. Perguntava por Taylor desde que aprendeu a falar papai.
- Não consigo imaginar o quão dificil deve ter sido para você, suportar tudo... e ainda, apresentá-los desta forma, como se nada tivesse acontecido.
- Mas, muita coisa aconteceu. Coisas do qual você e meu irmão nem se quer imaginam.
- Que tipo de coisas? - Mordo a boca, me perguntando se devo compartilhar isto com ela. Não sei o que virá em seguida. Se será uma repreensão, um julgamento... Não quero ter que lidar com nenhuma merda agora. Minha história com Taylor, quem tem que resolver e julgar qualquer coisa, somos somente nós dois.
- Estou de volta em Nova York há quase um mês. E neste mês, tana coisa aconteceu... tanta coisa mesmo. Não sei se estou pronta para revirar tudo novamente. Ainda mais agora, que tudo esta finalmente se acalmado.
- Entendo. Finalmente conquistou a paz que tanto procurava.
Não sei dizer se me sinto totalmente em faz. Na verdade, não me sinto. Sinto como se a bomba que seguro, irá estourar a qualquer momento. E tenho medo do quão grande será, e da imensidão que esta explosão terá. Talvez eu esteja somente insegura. E exagerando, como de costume.
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Permita-me Viver - Livro II
Roman d'amourJhenny Price, uma jovem mãe solteira, resolve voltar a sua cidade para retomar seu lugar em sua empresa, reencontrar sua família e junto a ela, seu mais difícil e doloroso passado, o pai de seus filhos. Como ela reagirá a esse reencontro? ⚠ O Livro...