Capítulo 5 - A Resposta É Você

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Assim que chegamos ao hospital, o vi ficar todo contente em poder ver o amigo. Jongdae saiu para que Kyungsoo conversasse com Minseok. Eu tive que ser arrastado pelo o adolescente, porque ele queria que eu conhecesse o seu melhor amigo. Me senti feliz por ele estar querendo me mostrar algo sobre sua vida. Vi como o amigo dele era pequeno, bochechudo e tinha os olhos bem puxadinhos. O garoto era simpático e agradeceu por eu tê—lo ajudado. Eu mal tive tempo de dizer alguma coisa, porque Kyungsoo bombardeou o amigo com perguntas.

Minseok ficou desnorteado, mas em meio a tantas perguntas ele revelou que a razão para não ter contado a Kyungsoo sobre sua amizade com Jongdae era porque ele era apaixonado pelo o meu funcionário. Minseok não queria ser julgado pelo o amigo, porque Jongdae era mais velho e aparentemente um estranho. Naquele momento pude perceber como Kyungsoo deveria ser protetor em relação ao garoto na cama.

— CALA A BOCA MINSEOK! VOCÊ É RETARDADO?! EU IRIA TE JULGAR POR QUÊ?! — Kyungsoo gritou alterado. Eu fiquei surpreso, porque com aquela atitude ele realmente pareceu um adolescente.

— Porque ele é mais velho, porque eu o acolhi em minha casa e ele era um estranho bêbado, porque eu continuei falando com ele, porque eu...

— Chega de falar "porque"! — Kyungsoo o interrompeu. — Olha Min, eu teria realmente brigado com você, mas não porque ele é mais velho e sim por estar preocupado contigo. Poxa Min, pelo o que eu entendi vocês se conhecem há anos! Por que não me disse? Eu teria te ajudado a desabafar sempre que se sentisse mal por não contar a ele. — o mais novo explicou e segurou a mão do amigo. — Hyung, você sabe se o seu assistente é gay? — ele perguntou olhando para mim.

— Não sei, como eu disse, não somos amigos... — respondi.

— Aish! Você está esperando o que para ir lá descobrir?! — ele questionou e eu o fitei com os olhos arregalados. — Não arregale esses olhos e vá fazer algo de útil! Tenta descobrir se ele gosta do Min, anda! — ele veio para cima de mim e começou a me empurrar em direção a porta.

— Ficou louco, Kyungsoo?! Eu vou chegar para ele e perguntar: "Ei, você é gay?" — ironizei.

— Exatamente! Só volte aqui quando tiver uma opinião formada! — ele avisou e com um empurrão mais forte, me colocou para fora do quarto e fechou a porta.

Fiquei paralisado no mesmo lugar. Eu estava incrédulo demais com a atitude daquele nanico. Como ele podia me tratar daquele jeito? Eu estava começando a me sentir um bonequinho na mão daquela criança ardilosa. Bufei mais uma vez e ouvi um risinho.

— Esses adolescentes deixam a gente confuso, né? — Jongdae falou e eu me virei para ele completamente assustado. — Não precisa ficar surpreso. Eu ouvi toda a conversa.

— Ouviu? — perguntei receoso.

Ouvi sim.

— Então...

— É complicado. — ele falou e suspirou pesadamente. — Eu sempre imaginei que o Min nutrisse algum sentimento por mim, mas na época que nos conhecemos e até hoje eu nunca fui de ter uma boa situação financeira e muito menos uma vida estável. Eu sempre achei que ele pudesse gostar de mim e... — uma pausa acompanhada de um sorriso. — E acredite, sr. Kim, eu fiquei muito feliz quando percebi os sentimentos dele. Min é um garoto puro e que sofreu coisas demais enquanto ainda estava aprendendo a crescer. Eu não queria prendê—lo a mim, entende? O Min precisa crescer na vida e eu fico com medo de que eu possa causar algum empecilho para ele.

— Então quer dizer que você sabe que o garoto gosta de você, ficou feliz com isso, mas escondeu tudo esse tempo todo? — questionei.

— Sim. O Min... Bom, ele foi forçado a muitas coisas quando morava com os pais dele. Os dois eram drogados de marca maior e tentavam abusar do Min desde que ele tinha 10 anos. Era algo como um fetiche de ambos em fazer sexo a três, sendo um desses uma criança. — ele contou e eu arregalei os olhos sem acreditar. — Pois é, muito horrível né? Quando me contou isso, eu tive a mesma reação que você.

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