Capítulo 6 - Você É O Meu Tudo. Eu Estava Certo Disso.

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A risada melodiosa de Kyungsoo se fez presente enquanto ele continuava a dizer que era desafortunado por ter me conhecido na única vez que eu tinha me proposto a andar de transporte público. Eu me sentia agradecido a ele por me distrair quando tudo o que eu tinha feito era me afundar ainda mais na tristeza. Aquele pequeno adolescente, mais conhecedor da vida do que eu, tinha completa razão em dizer que eu deveria usá—lo como uma resposta para mim. Eu deveria me agarrar em protegê—lo, cuidar dele e ser um tutor que lhe falta. Eu seria a resposta dele para não se perder no meio do caos que sua vida era, mesmo que eu ainda achasse que ele conseguiria se virar sozinho. Ele sempre se virava. Era um pequeno grande guerreiro.

Entramos no ônibus e eu paguei nossas passagens. Ele não se incomodou, na verdade fora ele mesmo quem me obrigou a pagar para ele. Não evitei rir. Rir era a coisa que eu mais andava fazendo desde que saímos daquele escritório. Uma animação acabou se apossando de mim ao perceber que conheceria sua casa. O lugar onde ele morava. Conheceria sua vizinha também, a única pessoa que sempre cuidou dele.

— Seu sorriso está quase me fazendo desistir de te acolher no meu lar luxuoso. — ele comentou enquanto estávamos sentados um ao lado do outro.

— Você deveria estar feliz por eu não estar mais chorando, não acha? — retruquei e ele gargalhou.

— Não seja besta e fique se achando só porque eu disse que minha resposta é você. — ele avisou e logo suspirou. — Olha... eu não sei como minha vizinha vai estar. Se ela estiver tossindo muito, eu te levo para a casa do Min e você dorme lá.

— Você passa a noite em claro com ela? — questionei e o vi concordar. — Eu vou tentar fazê—la ir ao hospital. Ela não pode ficar sofrendo desse jeito.

— Eu já tentei. — ele murmurou sem ânimo.

— E daí? Onde está no contrato com a vida que não podemos simplesmente tentar várias vezes? Enquanto se é vivo, nós temos todas as chances. — lhe assegurei e o vi me fitar.

— Isso foi profundo. — ele comentou impressionado.

— Por acaso não sabe que sou um filósofo? — retruquei e ele gargalhou. — Para de tirar sarro de mim, sou seu hyung!

— Mas quem cuida de você sou... AHHHH MOÇO! PARA ISSAÍ! — ele gritou me puxando.

— O quê...

— MOÇO, MEU PONTO! — ele tornou a gritar e o motorista freou, abrindo a porta. — OBRIGADO! — ele agradeceu me puxando junto com ele para fora do veículo.

— Que desespero! — falei assim que vimos o veículo sumir pela estrada.

— Queria por acaso gastar mais dinheiro? Esse é o último ponto antes dele seguir para a rodoviária. Teríamos que pegar outro ônibus para voltar. — ele resmungou enquanto me puxava.

— Sabe que eu não tenho problemas com dinheiros. — o lembrei e ele revirou os olhos.

— Olha, abaixa. — ele pediu e eu o fitei confuso, mas ele não deixou que eu hesitasse, me empurrou um pouco mais para baixo e começou a bagunçar meu cabelo. — Vamos tentar tirar um pouco dessa sua imagem de playboy. — ele explicou e eu nada falei.

Era a primeira vez que alguém tocava meus fios. Ele estava bagunçando minhas mechas, mas eu sentia como se fosse um carinho para mim. Ele não se demorou muito na minha cabeça e logo me empurrou para ficar em pé direito. Eu tive a impressão de vê—lo corar, mas o mesmo não hesitou por muito tempo e logo tratou de afrouxar minha gravata e tirar minha blusa de dentro da calça. Ele desabotoou uns botões e depois deu um passo para trás, me fitando de cima em baixo.

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