Capítulo 8 - O BAILE.

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A reação de Looyze, foi totalmente diferente do que kathelly havia imaginado, ela levou um susto e não disse nada, ficou olhando disfarçadamente o cabelo da filha, fingindo não ter percebido. "Estranho, nesse mundo ela deve ser mais pacifica" pensou.

Enquanto sua mãe sentada no sofá da sala, calculava as contas domesticas, kathelly senta-se ao lado dela e coloca um filme para assistir, se ajeitou no furo do sofá, que já tinha vários anos. Inesperadamente sua mãe começa rir, tentou conter o riso, mas não conseguiu.

- Que foi mãe? - Disse sem entender nada.

- Desculpa filha, não tem como ignorar isso.

- Meu cabelo.

- O que aconteceu, brigou com o namorado? - Parou de rir.

- Nada só resolvi mudar um pouco e não tenho mais namorado.

- Eu não gostava mesmo dele, um garoto que nunca quis conhecer seus sogros - acariciou a face da filha com carinho, passando a mão entre os cabelos roxos. - ficou exótico. Mas não gostei, prefiro os fios de ouro. - completou

- Eu gostei! - Kathelly se defendeu.

- Você quem fez?

- Sim.

- Que bom que você trabalha no festfood, porque o corte ficou todo torto. - Sua mãe analisava detalhadamente.

- Foi tudo minuciosamente planejado.

Sua mãe gargalhou e disse:

- Sei.

- Pensei que a senhora fosse fica brava.

- Eu! - debochou. - O cabelo não é meu. Se você ainda tivesse 10 anos, te esganaria. - mudou de assunto - escolhe um filme bom, por favor.

Looyze adora filmes de ação ou terror, já kathelly optava por romance e clássicos. Ela gostava de ficar deitada com sua mãe assistindo, enquanto lhe fazia cafune nos cabelos arroxeados.

- O corte na testa cicatrizou rápido - comentou looyze quando a cariciava a testa da filha.

- Foi superficial, só um arranhão.

- Achou seu celular?- indagou looyze.

- Eu não tinha perdido - informou kathelly.

- Você me encheu atrás desse celular, te falei que guardou em algum lugar e esqueceu.

Kathelly não sabia muito bem o que sua mãe do espelho estava dizendo, então resolveu não contraria-la. Era estranho saber que outra idêntica a ela assumia seu lugar quando, estava em uma das dimensões paralelas!

- Parou de ter os pesadelos?

- Quais pesadelos?

- Tão novinha com amnésia, os pesadelos que vem tendo, depois que ganhou o espelho. Você mesma me disse isso. Uma tal de Andrômeda, princesa, príncipe, bruxas, sobre essas coisas de conto de fada.

- E - fingiu, ficou com um pouco intrigada, com esses pesadelos.

Ela acordou quando ouvia seu pai, que acabava de chegar do trabalho meia noite, chamando sua mãe que com ela estava deitada no sofá. Seu corpo estava dolorido por causa do acolchoado do sofá desgastado, dava até pra sentir a madeira, o filme estava no menu principal, e elas, nem conseguiram ver o final.

Kathelly, quase não acertou o caminho do seu quarto, estava bêbada de sono. É estranho quando o sonho vem nos visitar, vem sorrateiramente sem nos perguntar. Nessa primeira noite, que ela dorme do outro lado do espelho, sonhou com uma pessoa que tinha visto antes, em um cenário diferente.

ESTRANHO MUNDO DE KATHELLY ANDRÔMEDA (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora