Capítulo 5

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PAULA

Eu acordei cedo naquela sexta, tinha me programado pra comprar umas coisas no mercado e arrumar a casa pra chegada do Breno, ia fazer um jantarzinho pra gente.
Logo pela manhã ele me mandou mensagem, o que eu já estranhei porque o normal seria ele me ligar.

Xenon: - bom dia mor, dormiu bem?

Loirão: - bom dia amor, dormi sim e você?

Xenon: - eu quase não dormi, to muito ruim da garganta. Ta doendo demais, to nem conseguindo falar... por isso não te liguei.

Loirão: - oown meu Deus, não acredito! Você tomou alguma coisa?

Xenon: - tomei um remédio aqui que a minha mãe me deu, vou tentar ficar quieto até a hora de ir pro aero

Loirão: - era o que eu ia dizer, fica quietinho pra não piorar e não fala muito. Quando você chegar eu te cuido direitinho

Xenon: - ai mor, não vejo a hora de chegar ai, to morrendo de saudade de você

Loirão: - eu também to louca de saudade mas falta pouco pra gente ficar agarradinho

A gente conversou mais um pouco e o Breno disse que ia dormir um pouco, segundo ele a febre parecia estar chegando.

O dia passou relativamente rápido, eu tinha muita coisa pra fazer e quando me dei conta faltava poucas horas para o Breno chegar. Eu estava entrando no banho quando recebi a ligação da Bruna, irmã dele.

Paula: - Oi Bruna!

Bruna: - Oi Paulinha, ta boa? Então, o Breno ta indo pro aeroporto já já mas ele não ta bem, ta com bastante febre e a garganta bem ruim. Eu pedi pra ele falar com você e ir no hospital quando chegasse ai, mas você conhece o meu irmão...

Paula: - Ai meu Deus, eu conheço sim! Não fala nada pra ele, mas eu vou pro aeroporto esperar ele chegar e de lá nós no hospital, eu te prometo.

Bruna: - Ai que bom, eu sabia que podia contar com você. Vou falar com a minha mãe e deixar ela mais tranquila.

Paula: - Diz pra ela não se preocupar, aqui eu cuido dele... obrigada por me avisar.

Bruna: - Eu que agradeço, beijinho

Paula: - Beijo Bru...

Desliguei com a Bruna, tomei um banho, pedi um Uber e fui pro aeroporto esperar o Breno chegar, nunca que ia deixar ele doente sem ir no hospital. A gente se falou um pouco antes de eu sair de casa, ele disse que já estava no aeroporto e que sentia melhor, tudo mentira.
Cheguei faltando mais de meia hora pra ele chegar e enquanto esperava fiquei conversando com alguns fãs que também estavam lá. Assim que o avião pousou ele me mandou mensagem.

Xenon: - mor, cheguei. To indo buscar minhas malas, peço um Uber e já já to ai ta?

Loirão: - eu sei que você chegou, to aqui fora te esperando

Xenon: - oxi, porque você veio capirota?

Paula: - porque eu quis buscar meu namorado, posso?

Xenon: - claro que pode, linda. Já to saindo

Ele apareceu na porta do desembarque de bermuda e casaco, estava com uma carinha bem ruim, que eu nunca tinha visto. Nós nos abraçamos e eu senti o quanto ele estava quente.

Paula: - amor, você ta com febre!

Breno: - besteira mor, já já passa...

Paula: - fala com o povo logo e vamo embora, vou cuidar de você.

O Breno falou rapidinho com os fãs e logo nós estávamos dentro do Uber. O motorista falou o endereço do hospital como destino e o Breno me olhou confuso.

Breno: - ué, pra onde a gente ta indo?

Paula: - pro hospital senhor Breno Simões, sua irmã e sua mãe estão preocupadas com toda razão.

Breno: - ah não, a Bruna falou com você? É muito boca de sacola mesmo

Paula: - fica caladinho, você não pode falar

Fomos o resto do caminho caladinhos, eu deitei deitei a cabeça no ombro do Breno e fiquei fazendo carinho na sua barba.

Ele foi atendido rápido no hospital, o médico disse que a garganta dele estava bem inflamada, passou uma injeção que o Breno tomou na hora e um antibiótico pra casa.

Eu abri a porta do apartamento, ele largou as malas na sala e se jogou no sofá, estava mal mesmo, tadinho.

Paula: - eu tinha planejado um jantar bem gostoso pra gente, mas com você assim é melhor um caldinho ne?

Breno: - eu nem quero comer, mor. Vem deitar aqui comigo

Paula: - eu vou, mas só depois de fazer um caldinho pra gente, cê vai ter que comer

Foi rápido até o caldo ficar pronto, nós jantamos e fomos deitar já que o Breno ainda estava bem molinho, mesmo que a febre tivesse passado.

Breno: - obrigado por cuidar de mim, mor

Paula: - e desde quando precisa agradecer? Eu te amo, quero você bem!

Breno: - lindinha!

Breno me deu um selinho mais longo e me abraçou bem forte enquanto eu encaixava meu corpo no dele, ficamos em silêncio algum tempo e logo ele dormiu.
Era bom demais ficar assim com ele, o Breno não precisava falar nem fazer nada, só estar do meu ladinho já era suficiente.
Eu olhei pra ele, sorri e fechei os olhos, pegando no sono logo depois.

Estava escritoOnde histórias criam vida. Descubra agora