Capítulo 13

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Alguns dias depois...

PAULA

Graças a Deus o Breno já tinha saído da UTI, estava no quarto e se recuperando muito bem, a cirurgia da barriga estava ótima, a da perna incomodava mais, acho que por causa daqueles ferros horríveis.
Eu, a Maria Olívia e a Bruna ficávamos com ele hospital, uma em cada turno, sendo eu a que sempre passava a noite a pedido do próprio Breno, ele fazia questão que nós dois dormissemos abraçados.

Era terça, eu cheguei no hospital por volta das 19:00 e quando estava na porta do quarto, vi o médio que acompanhava o Breno saindo. Nos cumprimentamos rápido e eu entrei.

Breno: - mor, o Dr. Ricardo disse que amanhã eu vou pra casa. - ele tinha um sorriso lindo no rosto.

Paula: - sério? Que notícia maravilhosa, amor! - cumprimentei ele com um selinho antes de colocar as minhas coisas numa cadeira do quarto.

O Breno e a Maria Olívia me explicaram tudo que o médico havia dito e ela foi embora, nos deixando sozinhos.
Eu fui até a cama e me sentei do lado dele.

Paula: - quer dizer que amanhã o meu acidentado vai pra casa?

Breno: - graças a Deus, eu não to aguentando mais ficar preso aqui!

Paula: - sim, mas o repouso continua ne? Temos inclusive que alugar uma cadeira de rodas porque o senhor ainda não pode andar.

Breno: - isso é o pior! Ainda tenho um tempo pela frente com esse troço aqui.

Paula: - mas ta vivo, inteiro e aqui do meu ladinho, é só isso que importa. - eu segurei o rosto dele com as duas mãos e nós nos beijamos.

Breno: - você é foda, sabia? Segurou a bronca mesmo, parou a sua vida pra ficar aqui comigo... eu te amo muito por isso!

Paula: - eu também te amo muito e não existe outro lugar que eu queira estar além do seu lado. Se for pra ficar dormindo numa cama de hospital, a gente fica!

Breno: - meu Deus, eu sou muito sortudo mesmo! - nós nos beijamos novamente, dessa vez mais demoradamente.

Paula: - ah, tenho uma coisa pra te mostrar! A Laila destruiu um salto meu, eu to muito brava com ela.

Eu peguei o celular e mostrei as fotos que tinha tirado pro Breno, ele só conseguia rir e isso fez até minha raiva passar um pouco.

Breno: - eu to morrendo de saudade dessa capirotinha, quando eu ficar 100% a gente vai correr muito por ai.

Paula: - e vai ser antes do que você imagina, pode confiar.

Nós ficamos nesse clima leve pelo resto da noite, algumas enfermeiras passaram pelo quarto pra trocar as medicações e por volta das 23:00 eu coloquei um filme pra gente assistir antes de dormir, coloquei um pijama, deitei do lado do Breno, me aninhei no seu peito e comecei e fazer carinho em sua barba enquanto ele acariciava meu braço. Assistimos cerca de 40 minutos do filme, até que eu percebi que os carinhos tinham parado e a respiração do Breno estava mais pesada, eu desliguei a tv, lhe dei um beijo de boa noite e fechei meus olhos também. Aquela seria nossa última noite no hospital, a pior parte tinha passado.

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