Capítulo 29.

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Se preparem pra chorar! Se tiver muitos comentários, eu posto o próximo capítulo. Boa leitura!

"A culpa é minha, a culpa é minha, Cole". Kj saiu do carro quase gritando, com Cole correndo atrás dele.

"Para com isso, cara, você não sabe se..."

"Cala a boca." Ele revidou, nervoso, entrando na recepção gélida do hospital. Queria morrer. Ah, como queria.

Os quinze minutos de trajeto entre o pub e o hospital foram os mais longos da vida dele e ele tinha certeza que teria um treco a qualquer instante.

Encontrou Travis, Madelaine e Charles na recepção.

"O que esse cara tá fazendo aqui?" Quase gritou, nervoso, e o próprio Charles respondeu.

"Eu que a trouxe aqui." Charles disse e Madelaine levantou.

"Era o mínimo que você tinha que fazer depois de ter causado isso tudo." Travis disse, nervoso, mas Kj nem pareceu ouvir. Correu até o balcão, desesperado.

"Eu preciso entrar para ver a Camila Carraro Mendes." Ele disse, depois respirou fundo. "Sou o pai da criança."

Kj entrou como um furacão no quarto, e Lili prontamente levantou da poltrona onde estava e, sem dizer uma palavra, o deixou lá, sozinho com Camila.

Ela estava deitada na cama, amarrada a um soro e alguns outros fios com medicamentos, parecendo completamente frágil e indefesa, totalmente diferente da garota que conhecia. Não teve tempo de assimilar o baque daquela cena porque ela abriu os olhos e, no mesmo instante, começou a chorar.

"Eu posso ter perdido o meu bebê, Kj." Ela disse, soluçando, e Kj sentiu o peito dar um nó.

Caminhou até ela e a abraçou. Ela começou a chorar mais ainda e ele sentiu os próprios olhos arderem, mas segurou qualquer possibilidade. Não tinha o menor direito de chorar, ali.

Deu um beijo no topo da cabeça da garota, que ainda soluçava.

"Desculpa, desculpa..." Começou a dizer e já não sabia mais se estava tentando se acalmar ou acalmá-la.

Segurou o rosto da atriz com as duas mãos e aproximou do dele. Encará-la de frente naquele estado era horrível, mas tinha que ser feito.

"Ei, escuta..." Ele disse, fazendo-a o encarar nos olhos. "Vai ficar tudo bem, você vai ver. Por favor, fica calma. Não vai acontecer nada." Disse, mas ela não respondeu nada.

Parecia finalmente estar se abatendo com o efeito dos remédios que estava recebendo na veia, então ajudou para que se encostasse e ela demorou apenas dois minutos para fechar os olhos, sob o olhar atento do ator.

Kj levou a mão à boca, deixando finalmente o choro suprimido escapar, e sentou na poltrona, escondendo o rosto com as mãos, tentando a todo custo se acalmar.

Aquilo não podia estar acontecendo. Ela não podia ter perdido aquele bebê.

Kj a cadeira para mais perto da cama e apoiou o queixo no colchão, colocando uma das mãos sobre a barriga de Camila. Secou uma lágrima que ainda insistia em escorrer e tentou sorrir.

"Ei, você." Sussurou baixinho, olhando para a barriga, sem questionar por um segundo o que estava fazendo. "Você ainda está aí, certo? Olha... Você não pode ir embora. Eu sei que eu não tenho direito de pedir isso, mas olha... Eu prometo que se você segurar firme, a gente vai se divertir bastante juntos." Ele deu um meio sorriso. "Se você for um garoto, eu vou ensinar você a jogar futebol e eu vou te levar para ver todos os filmes de super herói que lançar. Nós vamos ser melhores amigos." Ele riu baixo. "Se você for uma garotinha... Eu não entendo muito dessas brincadeiras de menina, mas posso te ajudar a construir uma casa para as bonecas. E também vou te levar no seu primeiro dia de aula. E eu vou te proteger de tudo." Disse e então viu a mão de Camila se movimentar e segurar a dele.

Olhou para ela, que estava com os olhos bem abertos e chorando, mas pelo menos sorria.

Ficaram se olhando por alguns instantes, até que o médico entrou no quarto.

"Com licença. Senhorita Mendes?" O médico perguntou e Kj se colocou de pé, sem largar a mão de Camila. "Os resultados dos exames saíram."

"Está tudo bem?" Camila ouviu sua própria voz perguntar, enquanto Kj apertava sua mão com força.

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