Capítulo 65.

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Comentem muito, só posto o próximo capítulo se esse tiver mais de cem comentários. Boa leitura!

Kj precisou de alguns segundos para conseguir processar aquela informação.

Mas é claro que sim.

É claro que Camila ia entrar em trabalho de parto na chuva, do nada. Estranho seria se essa cena não acontecesse em sua lindíssima e bizarra história de amor.

Aquilo era mesmo maravilhoso.

"Kj!" Cami gritou. "Você escutou o que eu disse?"

Ele fez que sim com a cabeça, chocado demais para sequer dizer alguma coisa. Cami segurou a barriga com as duas mãos trêmulas.

"Está doendo?"

"Ainda não." Ela respondeu, com uma pontada de pânico na voz. "Por que isso tinha que acontecer? Por que essa criança quis vir logo para o mundo? A Ashleigh vai achar que eu não apareci propositalmente e vai surtar e jogar tudo no ventilador, incluindo a história do seu pai, e nós estamos parados no meio do nada numa chuva torrencial e é claro, eu estou prestes a ter um bebê!"

O ator passou as mãos nervosamente pelos cabelos.

"Respire, Cami, por favor." Kj disse, depois apoiou as mãos nos joelhos por um instante, e voltou a encará-la. "Já sei o que vamos fazer. Eu vou fingir que entendi o que você disse, porque não escutei uma palavra. Nós vamos andar até o meu carro ali do outro lado da estrada. Eu vou desmaiar dentro dele, você pega a chave e nos dirige até um hospital se é que há algum hospital nesse fim de mundo. Quando você chegar para parir no lugar certo, você avisa que eu estou semi morto no carro e pede para alguém tentar me acordar, ok?"

Camila o encarou, piscando algumas vezes.

"Eu vou o quê?" A voz da atriz saiu baixa, então ela voltou a encará-lo, chacoalhando a cabeça. "Kj? Kj, você está verde. Você não tem o direito de me deixar na mão agora. E você não vai."

"Esse bebê que não tinha o direito de nascer agora. Qual o problema dessa criança?"

"Vá, respire fundo. Respire de novo." Ela orientou, depois rolou os olhos, e então sorriu quando ele a obedeceu.

Quando voltaram a se encarar e Apa parecia minimamente mais calmo, ela deu um sorriso.

"Muito bem. Agora você vai entrar naquele carro e me tirar daqui."

Apa rolou os olhos.

Quando Kj ia abrir a porta do carro, ela apertou sua mão e o olhou nos olhos.

"Kj... Vai ficar tudo bem, não vai?"

Ele suspirou.

"Está brincando? A gente sempre dá o nosso jeito." Ele disse, forçando um sorriso. "Vai dar tudo certo, meu amor."

Esperava, do fundo do coração, que estivesse certo.

"Essa chuva não para!" Kj gritou, batendo a mão no volante.

Era praticamente impossível enxergar um palmo em frente ao carro com a chuva torrencial que ele nem sabia que era possível de acontecer naquela região.

Cada trovão era um pulo de Cami na cadeira ao lado, e ele tinha a impressão que demorariam cinco dias para conseguir chegar na civilização novamente.

"Nada, ainda." Cami disse, apertando o celular com força.

"Isso é um pesadelo." Kj disse baixinho, e então Cami segurou a barriga com as duas mãos. Ele arregalou os olhos. "O que foi?"

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