O Filho Do Meu Padrasto

Cap 4

Fernanda

Eu e Sarah ficamos conversando no quarto, ela é bem legal, parecia que a gente se conhecia há muito tempo.

- E você realmente traiu ele?-pergunto meio receosa.

- Não.-ela suspira- Ele só me beijou, a força, mas o André não consegue entender.

- Ele é um babaca.-ela ri assentindo.

- Acho que acabou.

- Espero que sim.

Ficamos em silêncio por um tempo.

- Tá com fome?

- Pra falar verdade, eu tô.

- Vamo descer pra ver o que tem lá.

- Pera, vou só no banheiro, já desço.-assinto.

Quando desço encontro Brian jogando com outro garoto, bem gatinho inclusive.

- Viu minha mãe?-falo me jogando do lado de Brian no sofá e atraindo os olhares deles.

- Ela saiu com o meu pai.-fala sem olhar pra mim.

- Hum-vejo que o garoto que estava ali continuava me observando- Se for babar avisa, amor.- ele ri.

- Oi, gatinha, prazer. Christopher.-piscou e sorriu.

- Fernanda. E prazer só mais tarde, né, Brian?- rimos e Brian revira os olhos- Eu tô com fome.

- E eu com isso?

- Nossa, grosso, só quero saber o que tem pra comer.-finjo estar ofendida.

- Se quiser pede uma pizza. Também tô afim.

Nesse meio tempo a Sarah já tinha chegado e se sentado ao lado do tal Christopher.

- Vão querer pizza de que?

- Portuguesa.-Brian fala- E de camarão pro Chris.-Christopher assente.

- Frango.-diz Sarah e eu assinto.

Peço a pizza e fico esperando. Chris e Sarah estavam conversando, Brian mexendo no celular e eu estava olhando pro nada, meio que pensando na minha vida. Essa era a hora em que eu e meu pai estávamos fazendo o jantar. E hoje eu tô tão longe dele, meu porto seguro.

- Pensando em que?-fala Brian me fazendo sair dos pensamentos.

- Na vida.-suspiro e coloco minhas pernas no espaço livre do sofá- Meu mundo deu um giro de 180 graus e eu não tava pronta. Tô de cabeça pra baixo e com saudade do meu pai-ele assente e sorri.

- E eu da minha mãe.

- O que aconteceu com ela?

- Câncer.-restringiu o assunto e eu entendo que não tava confortável.

- Eu tinha um irmão sabia?-mudei o rumo da conversa e ele fez uma cara de confuso- O idiota fugiu de casa e nunca mais voltou. A gente não tem nenhuma notícia há oito anos. Pode tá até morto.

- Meu pai nunca me falou sobre isso.

- Talvez nem saiba. A minha mãe não gosta de tocar no assunto. Se sente culpada.-ele assentiu e a campainha tocou- Vai lá.-ele nega- Por favor.-bufou e levantou.

Nós comemos a pizza conversando e assistimos uns filmes. Eu não sei por que mas eu sempre tenho isso de me aproximar das pessoas muito rápido. E quando eu vi a gente já tava rindo e se dando apelido.

Um tempo depois a Sarah foi pra casa e eu pedi (obriguei) que o Chris fosse levar ela até lá.

Eu fui até a cozinha pra fazer um brigadeiro, preciso de um doce pra finalizar esse dia longo.

Depois de feito volto para a sala e me sento no sofá.

- Cansa de comer não, garota?

- É você que me cansa.

- Eu quero, posso pegar?-se aproxima, e eu afasto a panela.

- Saí!-digo rindo e olhando pra televisão.- Vai fazer pra você.

- Me dá, deixa de ser egoísta. Você nem vai comer tudo.-ele passa o dedo na panela e coloca na boca.

- Olha, você pegou tudo, seu nojento. - mostro a panela, ainda cheia de brigadeiro, pra ele.

- Para de ser mentirosa, tem um monte.

- Mas eu não te ofereci, idiota.

- Problema todo seu.

- Cala boca.

- Vem calar.-ele disse rindo de mim no sofá.

- Parece criança.-me deu língua.

Coloquei a panela no sofá e fui na sua direção, ele ficou me olhando. Então eu coloquei uma perna em cada lado do seu corpo e sentei em seu colo, ele faz um cara de surpreso.

- Fernanda.-ele disse baixo.

Chego perto de seu rosto devagar e sussurro no seu ouvido:

- Você quer que eu te cale?-ele não me responde então eu aproximo o rosto do dele e quando nossos lábios quase se tocam eu começo a fazer cócegas na sua barriga e ele entra em uma crise de riso- Meche comigo não, garoto.- levantei- E pode ficar com o brigadeiro, perdi a vontade.- subi pro meu quarto deixando ele sem fôlego, no sofá.

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