Cap 36

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Fernanda

- Você acha que esse vestido ficou bom Vida?- perguntei me olhando no espelho, com um vestido longo vermelho.

- Tá gata Amor.- falou me dando um selinho, vestido num terno azul-escuro, e com uma gravata borboleta preta.

Eu coloquei uma pulseira e um colar, peguei minha carteira, meu celular e um batom.

- Você já foi nessa festa antes?- perguntei calçando meu salto preto.

- Não, meu pai só me chamou no ano passado e eu não pude vir, e só vim dessa vez porque você veio.- disse da frente do espelho, arrumando o cabelo- E do jeito que você fica linda com esse tipo de roupa, eu acho que vou querer vir todo ano agora.- me roubou um beijo.

- Você fica bem gostosinho também.- mordi meu lábio e levantei- Vamos, que eles devem estar esperando a gente já.- ele pegou as coisas dele e segurou minha mão.

Nós saímos do quarto e encontramos os nossos pais esperando na porta.

- A gente já pode ir.- eu disse sorrindo.

O lugar da festa não era muito longe do hotel, uns 15 minutos, no máximo, a maioria das pessoas que estavam lá, eram quarentões, que provavelmente trabalhavam no escritório e suas esposas. Todos vieram cumprimentar o Heitor quando ele chegou e eu e o Brian fugimos de lá assim que deu pra irmos sentar em alguma mesa.

- Tenho quase certeza que não vai rolar comida, ninguém come em festa de rico.

- Amor, a gente nem sentou direito e você já tá querendo comer.- Brian implicou.

- Eu não tô querendo comer não, só tô falando.- ri- Porque se essa festa for tão entediante quanto já tá sendo, então que pelo menos tenha comida né.- ele riu negando com a cabeça.

A gente ficou quase o tempo todo sentado, olhando as pessoas dançando, o que não eram muitas, e algumas vezes as pessoas viam falar com o Brian e eu só sorria, porque ninguém ali me conhecia.

- Tá bom, a gente precisa fazer alguma coisa.- falei me levantando e ajeitando meu vestido- Vem.

- Pra onde você vai?

- A gente vai dançar.

- Ah não Vida, você sabe que eu não gosto de dançar essas músicas chatas.- falou sentado- Tenho nem ritmo pra isso.

- Não quero saber Brian, eu te ensino, vem logo.- negou- Sério? Até uns meses atrás eu ia me formar em dança e você vai negar dançar uma musiquinha comigo? A sua namorada?- fiz cara de choro e ele revirou os olhos, levantando.

- Você é um saco quando quer alguma coisa.- pegou na minha mão e a gente foi pro meio do salão, onde não tinham mesas.

Eu coloquei os braços em volta do pescoço dele e ele segurou a minha cintura, se balançando no ritmo da música.

- Não era nesse tipo de dança que você ia cursar não né?- ele perguntou rindo.

- Não.- revirei os olhos.

- A que bom, porque você sabe que é um saco.

- Não é porque você não gosta que é um saco.

- Na verdade é sim.

- Cala a boca idiota.- ri e encostei a cabeça no pescoço dele.

×-×-×-×

A gente já estava no hotel e o Brian tava tentando me convencer a entrar na banheira.

- Vem logo Fernanda.

- Eu já tomei até banho, não vou me molhar e me sujar de espuma de novo não.- falei deitada na cama.

- Você não pode fazer nenhuma vontade minha né? Que saco.- eu ri e me levantei entrando no banheiro.

- Deixa de drama tá. Quer mesmo que eu entre?- assentiu- Poxa Amor, tô tão sequinha.

- Então não entra.- virou a cara.

- Nossa quanta birra em. Vou vestir alguma coisa pra entrar.- revirei os olhos e ele sorriu discretamente sem olhar pra mim. Fui olhar o que tinha na mala e por via do destino tinha um biquíni, que eu realmente não sei porque trouxe.

Eu me vesti, fiz um coque no cabelo e voltei pra lá, entrei na banheira e fiquei de frente pra ele, que tava sorrindo.

- Tá achando graça? Porque eu não tô.

- Tô achando você linda, bravinha.- sorri involuntariamente.

- Poxa Vida tô tentando me fazer de difícil.

- Não sei pra que, porque você não precisa mais me conquistar, você sabe que eu sou todo seu.- ele continuou sorrindo- Agora vem logo pra perto de mim vai.

Eu revirei os olhos e me arrastei até ele, virei de costas e me encostei no seu peitoral.

- Melhor assim.- beijou o topo da minha cabeça.

- Vai me levar pra sair antes da gente voltar pra São Paulo?

- Tudo que você quiser.- me abraçou.

- Você já sabe que horas a gente vai pro aeroporto?

- O voo foi adiantado pras 16:00, então provavelmente o meu pai vai querer sair 15:30.- me virei e encaixei as minhas pernas do lado dele, sentando no seu colo.

- Então amanhã a gente ver o que dá pra fazer.- ele me deu um selinho.

- Te amo Vida.- ele disse beijando meu pescoço.

- Será que nossos filhos vão parecer com a gente?

- Amor você tá grávida?- me olhou espantado.

- Claro que não, tá louco. Sou muito nova ainda.

- Você só fala dos nossos filhos ultimamente.

- É porque eu quero ter um filho com você, você não quer?- me afastei pra olhar pra ele.

- Claro que eu quero.- deu um sorriso.

- Olha se você prestar atenção a gente se parece, tipo muito. Porque você tem cabelo castanho e olho claro e eu também, então nossos filhos com certeza vão se parecer com a gente né?- ele assentiu, rindo. E eu me levantei pra sair.

- Já vai?

- Você não vem? Tô afim de me limpar e dormir.- tirei meu biquíni e entrei no chuveiro.

- Com você me pedindo assim.- olhei pra trás e vi que ele tava olhando pra mim e mordendo o lábio.

- Nem vem tá, tô com sono.- eu ri ele levantou da banheira.

- Aff.- me enrolei na toalha- Vai lá que eu já chego então.

Vesti uma camisa dele e me deitei pra dormir.

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O Filho Do Meu PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora