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Adentrei em casa gelada pela quebra de esperança, não  consegui encontrar nada, no caso a minha talvez fonte de informações. Marta Stwing.

Depois de alguns passos ainda no hall de entrada, minha mãe desceu as escadas com uma cara nada boa, acompanhada de Bruno.

— Mendy! — Ela correu até mim, me conferindo não falei nada confusa, qual o motivo de todo aquele drama. Ela se afastou com uma expressão totalmente enraivada.

— O que está acontecendo? — perguntei confusa.

Ela segurou meus ombros, asperamente.

— Mãe, o que foi!? — Perguntei novamente bem mais assustada com a situação.

— Você sabe que horas são!? — Ela gritou encarando-me. Escutei algo se mexer atrás dela, e por cima de seu ombro. Bruno esta encostado perto da escada, observando calmamente toda a situação.

Estranho.

— Olhe pra mim! — Minha mãe me sacudiu pelos ombros. Olhei em seus olhos, paralisada com toda a agressividade que ela emanava.

— Estou olhando... — Respondi segurando sua mão que me apertava, tentando fazê-la me soltar. — e você está me machucando! —
puxei meu braços asperamente.

— Você saiu daqui pela manhã, as nove da manhã para ser mais exata! — Gritou ela mais uma vez.

Ela nunca tinha me mostrado aquela sua expressão e era tão assustadora.

— Agora você volta, quase as sete da noite, depois de ter passado o dia fora. Não viu seu celular tocar?

— Deixei-o aqui em casa. — Falei baixo tentando não estressa-lá mais.

— Cala a boca! — Ela levantou seu dedo perto do meu rosto, fazendo um sinal para me calar. — Suba pro seu quarto, não quero olhar ver sua cara o resto dessa noite.

Ela deu um passo ao lado, me dando passagem. Encarei-a, engolindo toda a raiva que eu sentia naquele momento.

Eu poderia cuspir todas as barbaridades de Bruno e o quanto ela foi burra em se casar com ele porém resolvi me calar, só iria piorar tudo.

Caminhei em direção ás escadas,  pisando no primeiro degrau  olhei o rosto de Bruno que me seguindo com os olhos.

Ele sorriu, um sorriso simples de tio inocente, porém eu sentia o tom da maldade.

No corredor e fui até porta do meu quarto aos suspiros. Estendi minha mão até maçaneta mas quando pensei em Dylan e no nosso papo de antes, desviei.

Andei alguns passos até a porta do quarto de Dylan, que se mantém aberta. Me encostei na quina da porta, suspirei lembrando da discussão lá em baixo.

Vendo o interior do seu quarto,
ele mexia no seu violão, sem sequer levantar os olhos para mim. Limpei a garganta, tentando chamar sua atenção.

Queria ao menos sua companhia essa noite.

— Sua mãe não mandou você ir pro quarto? — Dylan apertou uma das cordas do seu violão, depois levantando os olhos a mim.

— Sim mas é idiota ela me mandar pro quarto por andar de bicicleta nas redondezas. — Arfei.

— Você estava no suburbio —
Ele afinou mais uma corda.

— Como? — Questionei-o.

Como ele sabe?

— Meu pai a viu e contou a Kate, onde vocês estava não era lá dos mais seguros e principalmente se você estava com um certa galera.

Bruno é horrível, ele deve ter alguma suspeita de mim, mas como? Eu fui tão cuidadosa.

Meu meio irmão! [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora