A Poção Polissuco

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Os dias passaram e o feriado do natal chegou tão rápido quanto um hipogrifo correndo atrás da caça.

Uma semana antes, Harry escapou mais uma vez de ser expulso da escola. Justino Finch-fletchley fora atacado e como sempre, seu amigo estava na cena do crime. Por sorte, o professor Dumbledore continuava achando que um garoto de doze anos não tinha conhecimento de magia o suficiente para petrificar alguém e o garoto foi mais uma vez absolvido, embora estivesse sendo evitado por grande parte da escola. Naquela noite, Justino não foi o único a ser atacado; junto com ele foi encontrado Nick-Quase-Sem-Cabeça, paralisado pairando no ar, na horizontal; deixara de ser branco-pérola e transparente e se tornara preto e fumegante; e era exatamente isso que estava deixando a todos mais intrigados ainda: O que era tão ruim ao ponto de fazer mal até a alguém que já estava morto?

Devido a tudo isso, praticamente a escola inteira decidiu passar o feriado de natal longe de Hogwarts. Rony já tinha assinado a lista para ficar na escola, e na verdade mesmo que não houvesse o plano da poção Polissuco não faria diferença, já que seus pais decidiram passar o Natal com seu irmão Carlinhos na Romênia, onde ele cuidava de dragões. Gina não gostou muito de ter que ficar, e passou a se isolar ainda mais do que antes em seu dormitório.

Quem também não estava nada bem era Mione. Depois que Justino fora atacado, ela passou a estudar mais do que fazia normalmente, não saía mais sozinha e quando não podia ser acompanhada por ele ou Harry, andava sempre olhando por cima do ombro, se certificando que ninguém estaria a perseguindo.

O dia de Natal amanheceu muito frio e com muita neve. Rony estava completamente aconchegado debaixo de uma coberta quentinha sem a menor intenção de levantar quando um clarão branco invadiu o quarto, ao mesmo tempo que sua cortina e de Harry fora puxada com violência. Rony sentou-se num pulo na cama e deu de cara com Mione, já vestida com suas roupas natalinas e com presentes nas mãos

— Acordem — disse em voz alta.

— Mione, você não podia estar aqui... — Rony bradou puxando a coberta mais para cima de si, tentando esconder seu pijama.

— Feliz Natal para você também — ela falou lhe atirando um presente. — Estou de pé há quase uma hora, acrescentando hemerobios à poção. Está pronta.

Rony e Harry se animaram na mesma hora.

— Tem certeza?

— Positivo — disse Hermione, empurrando Perebas, para poder se sentar na beirada da cama de Rony. — E o momento perfeito para usarmos é hoje a noite.

— Draco, Crabbe e Goyle também estão em Hogwarts, vi os nomes deles na lista. — Harry pontuou — Concordo com você, faremos hoje a noite!

Já que tinham acertado sobre o plano, Rony se concentrou em abrir seus presentes. De sua mãe, como sempre, ganhara o suéter tricotado à mão cor de barro que ele não gostava, mas que todo ano ela fazia, e bolos caseiros de vários sabores e cores (os quais ele nem esperou para começar a comer). Ganhara de Fred e Jorge cartas novas de Snap explosivo, de Harry um pôster atual do Chuddley Cannons, Hermione lhe dera uma caneta de luxo de pena de águia. Gina apenas fizera um cartão escrito "feliz natal".

O dia de natal foi muito agradável. O trio juntou-se à Fred e Jorge e aproveitaram a tranquilidade da falta de alunos na escola para estrearem suas cartas novas de Snap Explosivo. Depois do almoço fizeram guerra de bola de neve do lado de fora, no pátio, e ainda jogaram xadrez no final da tarde, ou melhor, Rony apenas assistiu às partidas; os meninos o proibiram de participar pois queriam ter chance de ganhar. Não tinha coisa pior do que assistir tanta jogada em potencial ser desperdiçada por eles, era desesperador.

Rony Weasley e a Câmara SecretaOnde histórias criam vida. Descubra agora