Mortos-Vivos

Capítulo 16 - Recomeço

Estava somente eu e Daryl... não sabia no que pensar mais, não sabia onde Maggie estava, nem Glenn, nem o Carl...

D: - Vamos achá-los. Não se preocupe.

Soltei um sorriso irônico e o mesmo se irrita.

D: - Qual é garota, eu te salvei, te ajudei, tô aqui te falando que vai ficar bem, você vem com ironia?!

Na medida em que ia falando, ele apontava seu arco para mim, e eu não demonstrava nenhuma reação... Meu pai tinha sido morto na minha frente, não é o Daryl que vai me chatear.

Rick e Carl...

C: - Pai, devemos procurar os outros. Preciso saber se Lauren está viva!
R: - Vamos procurá-los, apenas por aqui. Vamos deixar placas e escrever nos carros onde nos encontrar. Talvez damos sorte!

Glenn, Maggie e Beth...

G: - Você está bem? - Glenn abraçou Maggie forte e a mesma se desaba em seu ombro.
M: - Será que eles conseguiram escapar?
B: - Será que Lauren escapou? - Beth chorava ao lembrar de mim.
G: - Claro Beth! Eles são fortes, conseguiram.

Todos estavam vivos, mas espalhados...
Eu e Daryl estávamos em uma casa abandonada de madeira.

D: - Está anoitecendo, não faça barulhos.

Eu estava na cama dura e empoeirada, fitava o chão com desdém. Daryl se sentou ao meu lado e tentou me confortar com seu jeito grosseiro. Pelo menos ele tentou.

D: - Não sou bom com palavras... Mas, você vai ficar bem. Lembre-se que ele está em um lugar melhor agora.
L: - Obrigada!
D: - Pelo oque?
L: - Por ter me salvado.

Nossos olhares se cruzaram, meus olhos azuis fitava seus olhos verdes escuro. Seu cabelo jogado no rosto e seu semblante fechado me fitava também. Será oque está acontecendo? Talvez seja carência, ou até mesmo gratidão.
Ele desvia seu olhar e sai do clima, se levanta e senta na cadeira velha que tinha perto da pequena janela. Tínhamos uma longa noite pela frente...

Rick e Carl:

R: - Quando amanhecer vamos procura-los filho. Tenho certeza que estão bem. - Rick pegou no ombro de Carl que estava chateado - Você gosta mesmo dela né?! - Carl concordou - Então cuide dela! Nunca sabemos o dia do amanhã.
C: - Eu nem sei se ela está viva hora dessas! - Carl falou grosseiro com seu pai.
R: - Ela estava perto do Daryl Carl, ele à ajudou, tenho certeza... Todos se ajudaram.

Novo dia.

Saímos cedo para procura-los. No caminho encontramos uma mensagem quase apagada no vidro de um carro "Venham nos encontrar na rodovia 64 -Ri."

L: - Como sabe que é eles?
D: - Porque já fizemos isso antes. É ele, eu tenho certeza.

Avistamos uma casa branca, de dois andares, a única perto da rodovia.

L: - É aquela! É a única.

Daryl matou três zumbis de uma vez, enquanto tudo que eu podia fazer era olhar sem nenhuma emoção.
B

atemos na porta... não houve resposta.

Rick narrando.

Bateram na porta, e logo Carl se armou. Abri um pouco a porta e não acreditei no que vi. Um sentimento de felicidade veio à mim.  Graças a Deus minhas orações foram ouvidas!

R: - Carl... é pra você!

Quando Rick abriu a porta eu corri para os braços de Carl sem acreditar que ele estava bem, que estava vivo!
Eu o abracei com a maior força que eu podia. E abracei Rick também.
Carl agradece Daryl com um pequeno abraço.

L: - Vamos! Temos que achar a Maggie.

Enquanto andávamos pela floresta, eu estava com Carl conversando sobre oque aconteceu, e como fugimos.

R: - Obrigada por ter cuidado da Lauren, Carl ficou muito feliz.
D: - Qual é Rick, conheço o moleque desde criança, é claro que eu ia cuidar dela.

Carol e os outros...

T-dog: - A bebê precisa parar de chorar! Está atraindo eles.
C: - Eu não sei oque fazer mais. Já tentei de tudo. Precisamos encontrar o Rick.
T-dog: - Nem sabemos se ele está vivo.
C: - É lógico que está! É o Rick, ele sempre sobrevive.
T-Dog: - Eles achará a gente. Vamos ficar por aqui. É uma casa boa, e protegida. De manhã vamos colocar mensagens.

Voltando...

D: - Aí Rick, você vai gostar de ver isso.

Encontramos uma mulher negra com os cabelos de dreades e com dois zumbis de "estimação".

- Quem são vocês, e o que querem? - Diz com sua grande espada na mão.
R: - Não queremos te machucar. Só um lugar para passar a noite.
- Não conheço vocês, vão embora!
D: - Você não tem escolha, estamos em quatro. Você é só uma, com esses bichos.
R: - Viemos em paz! Ele é meu filho, sua namorada, e esse é Daryl. Estamos procurando nosso grupo, só queremos um lugar seguro. - Diz Rick entregando sua arma pra ela como um voto de confiança.

A mesma aceitou e nos deixou a passar a noite na casa em que estava. Fez uma sopa pra nós e começou a escutar nossa história. Contamos da prisão e da guerra, e das pessoas que perdemos. Ela viu que não somos perigosos.

R: - Qual é seu nome? - A mesma fica calada com um ar de desconfiança - Já falei nossa origem. Me fala um pouco da sua.
- Me chamo Michonne, eu tinha um grupo, mas foram mortos. Desde então estou sozinha, me protegendo. Posso ajudá-los a encontrar seu grupo.
R: - Bom, ficaria honrado pela ajuda.

Estávamos nos preparando para dormir, e eu desci para tomar uma água. Encontro Daryl...

L: - Sem sono? - Abro a geladeira e pego a garrafa de água.
D: - Você já teve sono nesse mundo de hoje? - Daryl estava com um cigarro na boca enquanto olhava a janela. A luz da lua reluzia em seu rosto.
L: - Tem razão. - bebo a água - Quer água?
D: - Se eu quisesse eu tinha pegado.

Nada que Daryl me dizia me faria chatear. Eu tinha mudado, estava mais fria, menos menininha, acho que estou na fase para adulta. Só assim para amadurecer.

L: - Então quando você quiser água, vá procurar você mesmo. - Pego a garrafa e levo para cima junto comigo. Dei uma pausa e olhei para trás e o mesmo me ignora.

L: - Eu não vou mais facilitar para você. Não somos mais amigos!

Ele me olha de rabo de olho com o semblante sério e sem graça.