Verdades que ainda não entendo

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não menti para você.
menti para mim.
sobre tantas coisas.
até mesmo quando escrevi
"esse é o primeiro e último poema que te faço" .

pois é, eu me apaixonei sim por você,
e agora sei disso porque cá estou,
te escrevendo mais uma vez
meus mais puros sentimentos
esperando que você os leia.

você não me dava inspiração.
repeti essa mentira tantas vezes
até ela se fixar no meu coração.

mas a verdade é que
nunca entendi o efeito que você tem sobre mim.
talvez se orgulhe quando perceber que conseguiu deixar uma escritora sem palavras.
que me deixou bagunçada.

cada toque,
cada palavra,
cada olhar,
me deixa cada vez mais confusa
em um momento em que pensava já ter tudo sob meu controle novamente.

agora acho que não era uma carência urgente,
acho que no meio de tantas expectativas
achei uma verdade para me confortar.
a forma como você me abraça e faz o mundo parecer um lugar calmo, que faz cada vez mais eu te amar
e me impede de um dia sequer esquecer da gente.

o tempo é relativo.
talvez esse tempo não seja nosso.
e em madrugadas como essa
penso que estou te prendendo do tempo de outra pessoa.

porque te amo tanto
a ponto de perceber
que você merece coisa melhor
mesmo que de, dramaticamente, me doa tanto.
honestamente, já parei de tentar entender.

Eu, a menina organizada que escreve poemas rimados.
escrevendo esse poema sem começo nem fim, quase sem rimas, sem sentido nenhum, mas com todas as verdades que ainda não entendo, com todos desabafos que ainda prendo.
para você, garoto.

para te implorar uma vez por todas:
tira essa confusão de mim,
toma essa atitude que eu não consigo,
tira do meu coração essa tensão.
para bem ou para pior.
só me deixa seguir de vez.

Sinais nos mostrando que não era pra serOnde histórias criam vida. Descubra agora