Capítulo 2

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- Boa noite. Você deve ser Adam, filho dos Parker. Prazer – Papai estende a mão para Adam e eles se cumprimentam.

Adam olha para mim e sorri cinicamente. Cretino!

Seus olhos tem uma expressão irônica. Ele, com certeza, está se divertindo com a situação, enquanto eu, estou imóvel aqui, sem conseguir dizer nenhuma palavra.

- Prazer em conhecê-la. Emma, não é? – Seu sorriso se torna mais amplo e ele estende a mão para mim, como fez com meu pai.

Tento sorrir e aperto sua mão. Quando elas se tocam, sinto a maciez e quentura da sua pele. Nossos olhares se encontram e, finalmente, consigo observar mais de perto seus lindos olhos castanhos.

Espero que meu pai não tenha percebido isso, seja lá o que for, entre nós.

O mundo só pode está de brincadeira comigo.

Entre tantas casas, tantas pessoas, tantos amigos do papai, tinha que ser logo o pai de Adam na casa de Adam? Mundo pequeno!

- Papai, seus amigos chegaram – Ele grita para dentro da casa e depois volta a olhar para nós com interesse.

Alguns segundos depois, um homem pouco parecido com Adam aparece na porta. Ele é baixinho com poucos cabelos na cabeça. Os óculos na altura do nariz.

Papai e ele se abraçam e depois ele fala comigo:

- Você deve ser Emma. Muito prazer. Sinta-se à vontade – Murmuro um "obrigada" e sorrio timidamente para ele, ainda desconcertada com o olhar de Adam sobre mim.

Não o encaro ,mas sei que Adam está me observando.

Sinto minhas bochechas queimarem. Ah, não...Rubor não!

- Bem-vindos. Obrigada por vir, Emma. Nós estávamos esperando vocês – Uma senhora com os mesmos traços de Adam aparece e nos cumprimenta.

Ah, é a ela que ele puxou, certeza!

É a sua mãe.

Muito simpática e animada, pelo visto. Ela tem os cabelos escuros e tem um corpo esbelto. Apesar da idade, é linda!

- Vamos, vamos, entrem! – Nós todos entramos na casa e a mãe de Adam fecha a porta.

Ela sorri para mim.

Parece que pelo menos alguém dessa família irei gostar...

O interior da casa é maior ainda. A casa só tem um andar, mas é extensa. Avisto o corredor e algumas portas nas laterais. Provavelmente são os quartos. Vejo também a mesa de jantar e um pedaço da cozinha no estilo americano.

- Adam, diga para nós, você conhece Emma, não conhece? – Tenho vontade de enfiar minha cabeça em um buraco e ficar lá para sempre. Essa situação não tem como piorar...

E se ele falar que tenho o perseguido todo esse tempo? Ele com certeza deve achar que sou apenas mais umas de suas "fãs". Qual é? O que eu mais vejo são garotas correndo atrás dele. Ele sai com umas e outras, mas nada sério.

Mas estou fazendo o possível para me livrar dessa "fama".

- Ah, sim. Nós estamos na mesma classe de Medicina, fazemos uma boa parte das cadeiras do curso juntos – Ele se encosta na parede e coloca as mãos no bolso.

Ufa...Olho para o teto, procurando uma saída. Mas por que ele precisa ser tão lindo? Poxa!

Somos interrompidos quando uma porta no final do corredor se abre. Um menino baixinho, a cara de Adam, aparece emburrado.

Quando a Chuva CaiuOnde histórias criam vida. Descubra agora