◌ prólogo

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 Como minha primeira estória peço que tenham calma com o meu ser interior ariano e que surtem tanto quanto eu nessa leitura! Se divirtaaam!!

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Como minha primeira estória peço que tenham calma com o meu ser interior ariano e que surtem tanto quanto eu nessa leitura! Se divirtaaam!!


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Literalmente interpretado, o coração, órgão central do aparelho circulatório, é um músculo oco, destinado a impulsionar o sangue através dos vasos. Nesta ocupação, comporta-se como uma bomba aspirante e premetente, pois aspira o sangue das veias, e, depois de cheio, recalca para frente, para as artérias, o sangue que recebeu. Já figurativamente, diz-se que representa a alma do homem, onde são refletidos os desejos, emoções, afeições, objetivos, pensamentos, segredos, medos. Entretanto não é tão simples defini-lo. Há quem diga que o coração sente a partida chegando. Sente quando será envolto de falsas promessas e palavras vazias que o fazem tremelicar sob a caixa torácica. Este pequeno órgão de imensurável importância sente tudo, com ímpeto. Do pequeno sorriso sincero à queda dos amores rasos. Contudo, quem disse que desiste diante à percepção? Ele continua lá, cheio de esperança e expectativa, rezando para que seu instinto seja errôneo e não o faça amargurar-se mais uma vez.

Afinal quanto mais se pede mais perto torna-se.

Entretanto, o coração de Park Jimin com certeza viera com defeito. Ele não gosta de cumprir seus papéis com seriedade, sempre ocultando sensações de imensa importância ao garoto. Ribombeia para quem não deveria e silencia-se para quem deveria. Ama quem não pode ser amado e ignora quem seria amado. É um completo desastre. Será que poderia pedir um novo? Um que realmente funcione? Já estava farto de tanto agitar-se internamente sem motivos, nunca conseguia escolher. O pequeno órgão era quem dominava seu ser e suas escolhas, não era como se opinasse. Sentia-se vulnerável e desapontado. Frustrante o moreno diria.

Não planejou apaixonar-se pelo impenetrável aluno do 3°B. Não desejou reparar em cada mínimo detalhe do ser moreno de sorriso saliente e olhar afiado. Não sentiu-se feliz em constatar a visão em câmera lenta a cada vez que experimentava um mísero e irrelevante "esbarro" que sofria ao avistar ao longe a causa das sensações desenfreadas. Por um descuido acabou apaixonado-se, mesmo ao longe, por quem deveria manter-se distante. Por uma distração sua viu-se sofrendo aos cantos por quem só o machucava. Sofrendo por quem só quebrava seu coração em pedaços a cada palavra odiosa que nascia dos lindos lábios finos e rosados.

Como se fizesse diferença.

O amor do Park nunca recuava, sempre na direção oposta das suas escolhas desesperadas que gritavam a todo fervor para livrar-se imediatamente daqueles sentimentos destrutivos. Quanto mais insistia mais tornava-se aflito pelos apertos constantes e a ânsia em ser retribuído. O corpo do garoto de fios achocolatados não aguentava mais as rotineiras quedas de temperatura ou o rebuliço incômodo de borboletas em seu estômago - sem lógica a seu ver - que acompanhavam sua rotina ao ver quem tanto almejavam. Suponhamos que Jimin fazia quase de tudo para tomar para si o olhar daquela pessoa, contudo, nada resultara, nem mesmo conseguia um elogio. Eram sempre aquelas mesmas brincadeiras maldosas e comentários perversos para cima de si. Não suportaria mais tempo. Tinha que tomar alguma atitude. Destruir-se por alguém é a mais odiosa e vulgar forma de trair a si mesmo com o próprio consentimento e autoria, assinando e pintando o descaso consigo. Sabia perfeitamente.

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