[3] Presságios

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hey bebês, como estão? 

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hey bebês, como estão? 

espero que gostem dessa nova atualização e deem feedback para que eu possa saber se estão gostando <3

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Qual seria o preço do silêncio?

Jeon Jeongguk não sabia, não fazia a mínima idéia aliás, não até se deparar com aquela situação. Um corpo menor de costas para si, um vislumbre de brilho molhado nos olhos, palavras lançadas ferozmente na sua direção, respostas suas banhadas na mentira dolorosa.

Era tudo o que o marcou, era tudo que o doeu.

Ele sentiu a pessoa que mais despertou resquícios de querer, desejar, possuir em seu peito ir embora, depois de derramar tudo o que guardava para ter alguma reação sua, nem que fosse mínima. Ele viu o garoto gritar para que pedisse para ficar, que lutasse caso seu peito também inundasse em borboletas à todo esbarrar, mas ele continuou calado, apenas levantou a defesa que insistia em erguer rapidamente sempre que alguém ultrapassasse sua linha de conforto, repelindo quaisquer verdades suas.

O silêncio dos seus sentimentos nunca foi tão imperdoável.

Jeongguk ficou desesperado, decepcionado e vazio. Será que doía mais a mão que acenava ou os passos que se afastavam? Se o perguntassem no presente ele sorriria angustiado, focaria os orbes nos seus e responderia "Eu nunca me senti tão devastado em ver o caminhar de uma pessoa em minha frente". Caso o moreno tivesse a chance de voltar atrás, voltar para ele e dizer tudo o que precisava ser dito voltaria, sem dúvidas, sem pensar duas vezes.

De todo de "mal" que já fez na sua pouca casa dos dez aquela com certeza era a que preenchia com veemência seu primeiro lugar em remorso. Aquele com gosto metálico de frieza e repugnância, envolvido na mais pura das adagas banhadas à passado não esquecido, e que no fim, não queria ser esquecido. Era também a fase onde achou que nunca terminaria, fora crucificante pois a culpa sambava em suas mãos, ela era dormência. Apenas dormência, mas não era porque não sentia que não machucava.

A ferida exposta que ele próprio causou maltratava, e ainda continuou por muitos meses derramando o líquido vermelho, enchendo-se de pus e causando ainda mais sofrimento. Não queria curá-la imediatamente. Ele queria sentir aquela cicatriz o arruinar, porque pela dor ele deveria lembrar que aquilo realmente existiu. Quanto mais jogava sal e ácidos na ferida mais ela gritava relembrando-o do que havia feito para receber aquela penitência, relembrando-o da dor que havia prolongado em quem merecida nada mais do que a verdade. Por que por mais que sangrasse, ela era uma parte sua que custava à esquecer, e nunca seria mera bobagem.

Entretanto, o que mais machucava o Jeon não era ter os sentimentos confinados em um coração de ferro, nem ter feito as próprias escolhas, muito menos embrulhar no peito as dores. O que mais machucava absurdamente era perceber que na verdade seu coração de ferro estava inegávelmente enferrujado e ter que lidar com as suas próprias escolhas erradas não era nem de longe o melhor paraíso, e talvez o ato de embrulhar sentimentos fortes no peito uma hora não funcionasse mais com devida eficácia, talvez transbordando em lágrimas salgadas ou tremores incapazes de serem extinguidos. E aquele foi seu maior martírio.

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