De certa forma, Park Jimin o marcou. Uma avalanche de remorso o acometeu após sua partida levando consigo todas as palavras mal-ditas aprisionadas em sua garganta. Fazia horas que havia perdido aquele garoto e a sua mente recusava-se a acreditar. O...
espero que estejam gostando de como a estória se inicia. ao longo dos capítulos vocês irão perceber como a minha narrativa vai mudando e eu considero essa obra como um lembrete de todo o meu amadurecimento tanto como autora quanto como pessoa!
deem feedback okay? quero saber o que pensam enquanto estão aqui ❣
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Jogou o corpo com força contra o acolchoado de couro que revestia a poltrona de rodinhas soltando murmúrios irritados. Ainda esfregou os fios descoloridos, bagunçando e os fazendo despontar para todos os lados – se ainda era possível – na intenção de fazer dissipar todo aquele desespero que gritava bem a sua frente, refletindo com o mínimo brilho permitido exatamente na tela do notebook, no programa infernal responsável por todas as dores físicas e psicológicas existentes da maioria dos estudantes do curso de arquitetura.
Ele sabia que tinha que ter separado um tempo mais do que satisfatório para aquele projeto antes. Riu cínico para si ao mesmo que girou o assento fitando sua dupla que dividia-se entre xingar palavras feias e continuar à montar a maquete com um brilho levemente assombrado, exasperado.
— Estamos mais do que ferrados, hyung. – Jimin soltou com a voz baixa, quase chorando.
— Eu falei para a princesa que tínhamos que montar isso logo, não deveria ter caído no papo de "Yooni a gente faz isso em uma noite" – debochou afinando a voz. – Uma noite uma porra, estamos fazendo isso faz dois dias e nada desse embuste ficar pronto.
O clima havia amanhecido agradável aquela manhã, calmo e sereno. Os fios finos dos raios de sol esgueiravam-se por entre os tecidos finos das cortinas que balançavam com o soprar da brisa fresca daquela época do ano. Tudo ainda parecia sereno demais se não fosse pelas noites mal dormidas daqueles dois universitários e pelos movimentos rápidos, impacientes que trocavam ao cruzar cada espaço do quarto. Definitivamente uma segunda pós feriado não era uma ótima data para entregar nada, muito menos se esse nada custasse uma pontuação alta.
O Park apenas riu menos tenso pelo surto do amigo. O professor havia requerido o dito projeto no início do semestre com a data de entrega marcada somente para o final deste, muito tempo aliás para projetar apenas uma planta no programa e entregar a maquete completa para o orientador. Teriam feito de imediato, se não fossem pelas famigeradas desculpas "amanhã a gente faz" ou "no próximo final de semana tudo estará pronto" que embalavam ainda mais aquela grande bola de neve. E com tantos "imprevistos" chegamos à atual situação onde um dia e duas madrugadas não eram o suficiente para arquitetar todo um projeto e salvar a nota vital do semestre.
