Capítulo 7

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Anastasia não sabia como tratar Christian Grey no encontro de sábado à noite, marcado há dias. Não haviam se falado desde o infeliz telefo­nema da noite anterior, mas quando ela abriu a porta encontrou-o sorrindo e apressado. Num instante estavam no carro e, nos se­guintes vinte minutos, num restaurante onde as ostras e camarões eram deliciosos, mas a música, decididamente, doía nos ouvidos.

Mal terminaram o jantar, levou-a à pista de dança, e o conjun­to, felizmente, iniciou uma música mais lenta.

— Bem?... — indagou ela logo que o nível da música permitiu.

— Como assim? — respondeu ele. Ela o afastou um pouco,

— Ainda estou esperando por uma explicação... por desculpas... Você não tinha o direito de...

— Você está absolutamente certa e eu peço desculpas — mur­murou ele, descendo a mão às costas dela até a cintura.

Anastasia sentia um frio na espinha e pigarreou;

— Bem... e a explicação?

— Sem explicações. Apenas me desculpe.

Ela franziu a testa e procurou olhá-lo nos olhos.

— Christian Grey! Por que vo...

Ele cobriu-lhe a boca num beijo lento, sem perder o compasso da música. Ela jamais fora beijada numa pista de dança e também nunca pensara quão sensual isso poderia ser. Inconscientemente ela se aproximou mais e sentiu o quanto ele a desejava.

O conjunto passou, sem parar, da música lenta para um rock-pauleira estrondoso, salvando-a do maior vexame. Mais um pou­co e Christian Grey poderia tê-la deitado no chão sem que ela resistisse.

— Vamos embora — pediu Christian Grey, trêmulo de ansiedade.

Mal haviam entrado no carro, ele puxou-a de novo para sí e vol­tou a beijá-la intensamente. Suas línguas realizaram uma verda­deira dança dentro das bocas. Christian Grey enfiou uma das mãos por baixo

do suéter branco, tocando a pele suave do estômago. O contato era insuportavelmente delicioso. Aos poucos a mão foi subindo em busca de um seio e Anastasia gemia por antecipação. Um tapa fez um estrondo no teto do carro esporte e os dois deram um salto de susto, enquanto ouviam as risadas de três jovens que passavam ao lado. Christian Grey levou a mão à maçaneta, mas Anastasia segurou-o pelo braço.

— Deixe, Christian Grey! Vamos embora, por favor.

Ele soltou a respiração, ajeitando os cabelos desalinhados.

— Está bem... — E seus olhos brilhavam como se estivesse com febre.

A viagem foi breve e, assim que parou, ele desceu e abriu a porta para ela. Nem bem ela se encontrava fora do carro, Christian Grey enlaçou-a, e beijou-a, apaixonadamente. Extasiada pela intensidade daqueles beijos, Anastasia só conseguia retribuir. Por fim, com um braço em sua cintura, levou-a até a porta do apartamento. Ela nem conseguia segurar a chave e ele precisou ajudá-la.

— Você... quer entrar para um café? — e mal Anastasia o convidara, percebeu o erro. Da maneira como as coisas iam...

— Se eu entrar — disse ele, segurando-lhe o rosto entre as mãos —, só sairei amanhã pela manhã. É isso que você quer?

Ela arregalou os olhos.

— Não! Eu...

— Então, não entro. — E já ia se afastando quando voltou a abraçá-la, apertando-a contra si. — Anastasia, as próximas duas semanas... Deixe que sejam minhas. Só minhas!

Um marido para chamar de meuOnde histórias criam vida. Descubra agora