O Amber Rose Hotel fechou contrato para fornecimento de flores e decoração com a Copo-de-Leite no dia seguinte. Anastasia falou com a responsável pela contratação, que conseguira convencê-la de que Christian Grey não exercera nenhum tipo de pressão: ganhara a concorrência pelos preços e serviços oferecidos.
Ficou surpresa, para dizer o mínimo, quando um entregador chegou com uma longa caixa branca, usualmente associada a rosas de hastes compridas.
— Ele está enviando flores de outra floricultura? — pergunto-lhe Rhonda, intrigada.
— Eu disse que esse sujeito é estranho! — respondeu, sem precisar ler o cartão para saber quem mandava o presente.
— Não vai abrir?
Anastasia suspirou e desamarrou a fita dourada; levantou a tampa e soltou uma risada. Ele havia enviado rosas de hastes longas, porém rosas de chocolate. Como sabia que ela adorava chocolate?
Quando Rhonda espiou por sobre o ombro de Anastasia, suspirou:
— Godiva, a mais cara marca de doces. Oh! Céus, parecem um pecado!
Murmurando algo ininteligível, Anastasia abriu o envelope esperando uma mensagem romântica. Havia apenas duas palavra "Amor, Christian Grey", escritas com traço muito masculino.
Ela engoliu com dificuldade, de novo. Amor? Quem havia mencionado essa palavra no contexto do relacionamento? Christian Grey não a amava mais do que ela a ele. Desta vez ela gemeu mentalmente. Será que estava se apaixonando por ele?
Não, decidiu, de repente. Não podia estar se apaixonando por Christian Grey. Não se permitiria tamanha asneira. E ele também não estava apaixonado por ela. Provavelmente usava tal palavra com a mesma facilidade com que dava ordens a seu pessoal do hotel.
Cuidadosamente guardou o cartão na bolsa, sem pensar por que o guardava.
— Anastasia! Quer fazer o favor de relaxar um instante? Eu não vou te atacar em público, juro!
Ele falara meio na brincadeira, meio exasperado.
Enrubescendo, sem graça, ela ajeitou-se na cadeira e disse:
— Não pensei que fosse me atacar!
— Então relaxe, moça. Você está tão tensa que imagino a dor que sente no pescoço.
Anastasia inspirou fundo, procurando seguir o conselho. Estava rígida desde que Christian Grey a pegara no apartamento. Era como se estivesse certa de que algo sairia errado e quisesse estar preparada.
"Você é uma idiota!", disse para ela mesma, enquanto largava a alça da bolsa que estava totalmente enovelada em sua mão, enquanto esperavam pelo início da peça teatral.
Ela nem imaginava como Christian Grey conseguira entradas para o mi sical Gatos, que viera direto da Broadway para Nashville.
Suspirou quando as luzes se apagaram e a cortina se abriu, deixando-se envolver pelas músicas conhecidas, apesar de não ter visto a peça. Nem sequer pulou quando Christian Grey, já no segundo ato, encostou o braço dele no seu. Durante o espetáculo ela conseguiu perder-se na dança e nas músicas, esquecendo há quanto tempo estava ao lado de Christian Grey. Mas lembrou-se no intervalo, sentindo-se enrijecer, para exasperação dos dois.
Ela cantarolava Memory, enquanto Christian Grey dirigia o Porsche até o restaurante onde jantariam.
— Bonita canção, não é? — perguntou ele.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um marido para chamar de meu
FanficUm machista mandão e presunçoso era o que faltava na vida dela! Quando Anastasia percebe, vibra nos braços e Christian Gray, correspondendo a cada carícia com ardor, estremecendo ao toque das mãos dele em seu corpo tenso. Então, pára de lutar contra...