capitulo 13

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— Anastasia! — era enorme o espanto no rosto dele.

Por um momento ela pensou ver um vislumbre de alegria pura em seus olhos, mas de imediato desceu uma cortina. Ele deu um passo ao lado para que ela entrasse. O coração saltando com o que vira nos olhos dele, e com o que estava sentindo, ela entrou no apartamento, as mãos fechadas, completamente suadas. Havia esquecido como ele era bonito, ou simplesmeme não se permitira lembrar?

— Christian Grey, eu... eu tenho de... contar algo.

Ele pareceu virar um homem de aço, preparando-se para suas palavras.

— O que há? — e a voz era impassível.

— Eu... eu p-perdi Melinda — admitiu ela, examinando-o em busca de um sinal.

Não importa o que ele esperara, por certo não fora aquilo.

— Você... o quê?

— Ela ficou furiosa comigo e saiu da loja, como se estivesse fugindo dos demónios... Isso foi às três da tarde e não a vi mais. Já telefonei para Lynette e Sherry. Também não a viram. Nem mesmo o Glenn. Não sei mais o que fazer, Christian Grey. Não sei mais onde procurá-la.

Ele a encarou, sério, por um momento extremamente demorado e depois fez uma careta engraçada e disse:

— Eu sabia — se pôs a rir. — Eu sabia que não ia durar!

Ela o encarou raivosa:

— Christian Grey, você não ouviu? Sua irmã desapareceu. Ela sumiu...

Não sei onde encontrá-la.

— Melinda tem dezenove anos, Anastasia. Sabe tomar conta de si muito bem como você afirmou, lembra? De fato deve estar com a Lynette e a Sherry...

— Mas elas...

— Acha que elas diriam, se Melinda pedisse que fizessem segredo?

Ela mordeu os lábios.

— Não... Creio que não, principalmente se Melinda lhes disse que eu...

— Que você... o quê? — provocou Christian Grey.

Anastasia ergueu os olhos para ele e encontrou-o com os braços cruzados no peito.

— Que eu perdi a cabeça e a despedi — terminou Anastasia, relu­tante. — Ela provavelmente exagerou... — e sua voz sumiu ao per­ceber o que estava dizendo. Desarvorada, exclamou: — Oh, Christian Grey!...

Ele continuou a encará-la em silêncio.

— Por favor, Christian Grey, conte-me o que houve entre vocês.

— Quer dizer... deseja ouvir o meu lado?

— Sim, por favor!

Ele inclinou a cabeça, como a considerar o pedido.

— Ela me provocou sem parar... deliberadamente, creio eu. A última gota d'água veio quando a peguei organizando uma greve entre os funcionários. Estava convencendo-os de que deveriam ga­nhar melhor e ter melhores condições de trabalho. Mesmo sabendo que os ordenados e as condições são as melhores de todo o Estado.

Anastasia conseguiu gemer:

— Uma greve?...

— Sim. Estava pintando cartazes onde dizia que eu era respon­sável por trabalho escravo... Ela teve sorte de eu tê-la despedido. Deveria colocá-la no colo e dar-lhe umas belas palmadas no tra­seiro, na frente de todos.

Um marido para chamar de meuOnde histórias criam vida. Descubra agora