capitulo 11

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Anastasia afastou os cabelos do rosto, sentou-se na cama e puxou o roupão, envolvendo-se nele. Evitando olhar Christian Grey, mas sentindo que ele estava tenso, levantou-se.

— Acho que vou fazer café.

— Eu gostaria de uma resposta, Anastasia.

— Sim, eu sei... Mas estou precisando muito de um café... — e foi rapidamente para a cozinha.

Christian Grey ficou olhando a porta por vários minutos e então esmur­rou a cama. Que droga! Ela estava fugindo dele, de novo. Havia se precipitado. Anastasia ainda não resolvera o trauma da visita do pai. Durante duas semanas ele a havia ensinado a confiar, a reco­nhecer o amor entre ambos. Agora, tinha voltado à estaca zero.

A verdade é que não agüentava mais viver longe dela. Ele a que­ria para esposa. E queria agora. Só que poderia perdê-la... Teria de dar-lhe um tempo. Mas não um longo tempo. Não suportaria esperar muito.

Anastasia estava muito ocupada na pequena cozinha, andando de um lado para outro. Sentiu a presença dele, mesmo sem olhá-lo.

— Quer uma xícara de café, Christian Grey? E um pedaço de bolo? Está gostoso...

— Só café, obrigado. — Ele parou atrás dela e colocou-lhe as mãos nos ombros. Ficou aflito ao perceber como o corpo dela en­rijecia ao seu toque. — Tudo bem, Anastasia, não precisa me res­ponder hoje.

Ela voltou-se para olhá-lo.

— Não?

— Não. É óbvio que ainda não está pronta para me responder.

— Não. É verdade.

Muito gentilmente, ele girou-a para que se defrontassem.

— Anastasia, eu nunca amei uma mulher, como amo você. Eu acredito que pessoas que se amam desejem, mais dia, menos dia, viverem juntas, casarem-se, constiuírem uma família. Meus pais fizeram assim, minhas irmãs também, mas eu posso esperar até que você esteja pronta. Até que tenha vencido seus medos.

— Oh, Christian Grey! — Anastasia acariciou-lhe o rosto, de leve, os enor­mes olhos castanhos rasos d'água, mas sem derramar as lágrimas. — Eu gostaria tanto de dizer sim... Eu quero dizer sim. Mas é co­mo você disse... Antes tenho de resolver meus problemas.

— Vai ter .tempo para dizer o sim... — prometeu ele, esperan­do ter a paciência de que precisaria.

— Eu o amo realmente, Christian Grey!

— Eu sei, meu amor. — Beijou-a levemente e afastou-se um pas­so. — Talvez eu aceite aquele bolo. Uma fatia grande...

— Fui eu quem fez.

— Uma fatia maior ainda, então,

— Sirva-se de café, que eu corto o bolo.

Poucos minutos depois Christian Grey comentava:

— Hummm, está uma delícia! Se eu soubesse que você cozinhava assim tão bem, a teria pedido em casamento muito antes.

Anastasia se surpreendeu ao responder com uma risada. Sentia vontade de abraçá-lo por conseguir acabar com o resto da tensão, através de uma conversa amiga. Tivera muito receio que ele a obrigasse a uma resposta imediata. No entanto, Christian Grey aceitara esperar um pouco, de bom humor. Talvez ele conseguisse, pensou com otimismo, com o tempo, convencê-la de que o casamento ia dar certo. Rezou, mentalmente, para isso tudo ser verdade.

— Me conte sobre sua mãe, Anastasia. Como é ela?

A moça inclinou a cabeça, estranhando a pergunta.

Um marido para chamar de meuOnde histórias criam vida. Descubra agora