Anoitecer • Jensoo

•Capitulo VI•

"Você é superior a mim, mas não é minha deusa para eu entregar minha vida a você"
Jennie

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     – Lisa, olhe! – Jennie dizia entrando na cozinha rapidamente, sem nem se quer ter fechando a porta, mostrou a Lisa o vestido que há um minuto atrás, havia ganhado de SooEun como presente.

     – É realmente lindo. – Lisa dizia mostrando um sorriso entre os lábios. – Vai vestir agora?

     – Sim, ou talvez depois do jantar. – Jennie dizia confusa.

     – Acho melhor vestir depois, daqui a pouco irá fazer o jantar e é capaz de sujar o vestido. – Lisa disse com total razão, fazendo Jennie assentir e ir para o seu quarto.

     O quarto não tinha bastante espaço e nem era tão aconjegante assim, era pequeno e simples, mas Jennie se sentia confortável nele de alguma forma.

     A jovem caminhou até um baú velho, abriu o mesmo e colocou o tecido rosa ali. Fechou o baú e voltou para a cozinha, que encontrou Jisoo de costas, conversando ou talvez dando uma bronca em Lisa, por ela ter feito alguma coisa de errado ou não.

     Lisa viu a amiga entrando, o que causou curiosidade em Jisoo, que ao virar a cabeça para trás, viu a sua serva.

     – Onde estava? – Jisoo perguntou rígida e séria olhando pra Jennie.

     – No quarto, por quê? – Jennie respondeu.

     – Quero que vá para o estábulo agora e quero que lave e cele o meu cavalo. – Jisoo disse apressadamente. – E seja rápido, não tenho o dia todo.

     Jennie assentiu, afinal, não poderia contrariar aquela que te da ordens, mas a vontade de socar a cara dessa pessoa era enorme. Por dentro, apenas desejava que Jisoo pagasse de alguma forma por todos os erros que já fez a ela e com os outros que trabalhavam naquele lugar.

     Jennie foi para o estábulo e se encontrou com o cavalo da governanta. Encheu um balde com sabão e água e limpou primeiro a face do animal, logo em seguida, o corpo do mamífero.

     Depois de terminar, Jennie viu o sol se por e tratou logo de secar e celar o animal a mando de Jisoo. Feito isso, a mesma voltou para a cozinha do castelo. Como prometido, ela faz o jantar junto com Lisa.

     – Quando será que a realeza de Karcy irão chegar aqui? – Lisa perguntou curiosa.

     – Não sei, talvez amanhã ou algum dia desses. Algumas pessoas são anciosas demais, mas não sei se o rei ira deixar os "inimigos" dele ficarem aqui até o dia do casamento. - Jennie pensou, estava bastante realista nesse momento. – E temos que pensar primeiro no natal, depois preparar a coroação e o casamento do príncipe Kai, para finalmente ser o casamento e o aniversário da princesa Roséanne.

     – Há tantas coisas para a gente preparar, não sei nem porque estou reclamando, já estou até acostumada com essa vida. -–Lisa falou bufando em um hálito cansado.

     – Os dias irão passar rápido, falta poucos meses pro natal chegar, mas fico pensando quem poderá ser à futura noiva de Kai... – Jennie disse pensativa.

     – Olha, Jennie, vai ser um absurdo eu falar isso do próprio herdeiro do trono, mas até que ele é lerdo e incapaz de ser rei. Puxou totalmente para a mãe dele. – Lisa disse soltou na cara.

     – Lisa! – Jennie exclamou olhando para os lados para ver se ninguém ouviu aquilo a não ser ela. – Mesmo ele sendo assim do jeito que você fala, ele ainda é o futuro rei.

     – Tadinho do reino Salend quando estiver nas mãos do Kai. Tomara que a futura rainha seja boa. – Lisa dizia suspirando.

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     Depois de terem levado os aperitivos para a sala de jantar, Lisa e Jennie foram para os seus quartos, mas a garota de cebelos claros viu a amiga ficando pálida.

     – Jennie, está se sentindo bem? – Lisa perguntou trajada com sua camisola de dormir, se sentando na cama.

     – Ah... Sim, eu estou, por quê? –  Jennie puxou seu cobertor e se deitou em sua cama logo em seguida.

     – Está pálida. Comeu alguma coisa?

   Jennie se tocou naquele momento de que não havia almoçado e nem jantado, mentiu para a amiga assentindo com a cabeça, para não preocupar a menina.

     – Hum... Oh céus! Me lembrei agora, você não vai vestir seu vestido novo?

     – Por que não me lembrou antes? Amanhã irei vestir depois que acordarmos, já está de noite e é hora de dormir.

     –  Está bem. Boa noite, Jennie.

     – Boa noite, Lisa.

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     No dia seguinte, Lisa já havia acordado e tomado seu banho, se apressou em pegar o vestido de Jennie que estava dentro do baú e coloca-lo em cima da cama da mais velha. Foi até o quarto de banho e preparou água quente pra mesma.

     – Unnie! Unnie! – Lisa sorria acordando Jennie com seus gritos.

     – Vou te chamar de galinha a partir de agora, você acorda muito cedo e nem deixa os outros dormirem. - Às duas riram. Jennie se levantou e foi pro quarto de banho.

     A morena prendeu seu cabelo em um coque alto para não correr o risco de molha-lo, se despiu de suas vestes da noite anterior e entrou no recipiente cheio de água. Se confortou ali mesmo, passando o pequeno sabonete em seu corpo. Após o banho, a mesma enrolou uma toalha em seu corpo e foi para o quarto.

     – Aqui, vista. – Disse Lisa entregando o vestido para Jennie.

     – Está anciosa demais. – Jennie deixou a toalha em cima da cama e vestiu o vestido de tecido rosa, soltando os cabelos. – É confortável.

     – SooEun sabe como se faz. Oh oh, agora temos que... – Lisa foi interrompida quando a porta do quarto foi aberta violentamente fazendo as duas garotas darem um pulo para trás olhando a figura que acabará de entrar no quarto sem respeito algum.

     Jisoo entrou no quarto em passos lentos observando as duas garotas, a qual uma delas lhe chamava mais atenção e isso por causa do vestido.

     – Por que não estão na cozinha? – Jisoo penhou a cabeça um pouco para cima enquanto dizia.

     – Nós já íamos senhora... – Lisa respondeu em seu tom de voz baixo.

     – Os nobres não são obrigados a esperar, vão agora! – Jisoo ordenou e Lisa se curvou, menos Jennie, que se recusava a se curvar diante da governadora.

     A morena apenas saiu do quarto à mando de Jisoo, deixando um ar de desrespeito, seguida por Lisa.

     – Por que não se curvou? Quer morrer? – Lisa sussurrou para a mais velha o pé do ouvido.

     – Ela pode até ser superior a mim, pode até me dar ordens, mas me curvar como se minha vida dependesse dela, eu não irei nunca.

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