Anoitecer • Jensoo

•Capítulo XXIV•

"Ás pessoas são cegas pelo luxo, por isso muitas vezes são cativas ao objeto, pois não enxergam o amor".
Jisoo

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     – Pode me dizer aonde vai, rei Park?

     A rainha tentava acompanhar os passos longos e apressados do marido.

     – Por que parou a pena de morte? Estás a ficar louco? Aquela mulher cometeu um crime contra a nossa família e lei, e você a deixou ir? Você mandou solta-la sem nem ao menos dar uma explicação?

     A irritação do Park estava descontrolada dentro de si, sua pele ficava vermelha e sua expressão não estava sendo uma das mais agradáveis, e com a sua mulher falando, apenas faltava pouco para ele gritar mais uma vez, mas não, ele não queria fazer aquilo com ela, isso iria assusta-la.

     – Não vai falar nada? Eu quero saber o que se trata, por quê fez aquilo? Por quê soltou a assassina do nosso filho?!

     Na última pergunta, Raiane alterou a voz e em seguida, um tapa forte foi dado no lado esquerdo de seu rosto, que até mesmo o seu corpo teve que ser segurado pelas damas da corte, que entraram em choque com tal cena.

     – Não fale assim comigo!! – Gritou o rei Park. – Não estou com tempo para falar com você e com ninguém. Livre-me de suas dúvidas patéticas. Se for para ficar tagalerando, não me acompanhe e de preferência se tranque no quarto até eu voltar.

     O rei deu suas últimas palavras e por fim, voltou a caminhar de volta para a sala do trono. Acompanhado somente pelo os homens da corte - Condes, Duques e os conselheiros reais.

     – Vossa majestade está bem? – A governadora perguntou com preocupação no olhos enquanto olhava para a rainha.

     – Estou bem. – Respondeu encolhida e em seguida, levantou o rosto para não se rebaixar aos que continuavam presentes ali. – Eu vou para meu quarto, com licença. – Sua voz estava diferente das outras vezes. Não estava sendo uma rainha corajosa e determinada, estava insegura.

     – Te acompanhamos, minha rainha. – Uma das damas falou.

     – Não precisa, Hamin, mas vocês podem ver o que meu marido está fazendo e depois vir até meus aposentos para me contar, isso se ele não chegar antes...

     Os olhos de Jisoo acompanhava os passos da rainha, até a majestade sair de sua vista. Olhou para as damas da corte e fez sinal para que às duas andassem na frente.

     Às vezes, Jisoo sentia pena da rainha, quer dizer, Raiane era realmente bonita, com aqueles cabelos negros e pele realsante, mas veio de uma família simples e com muita honestidade. Foi isso que fez o rei se apaixonar por ela, sua honestidade e honra, coisas que ele não encontrava em qualquer mulher.  Mas depois do casamento, aos poucos a nova rainha foi se entregando ao luxo e o conforto do palácio. Ela não era mais à mulher que o rei havia se casado.

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     Todos estavam na sala do trono. Corte, nobreza e até mesmo os da família real Kim, que se surpreenderam quando viram aqueles dois sujeitos.

     – Estamos cercados, meu pai. O que esses dois fazem aqui? – Yoongi falava baixo, perto do ouvido do pai.

     – Eu não sei. Mandei esses dois sumirem de Salend. Imprestáveis. – Namjoon respondeu de volta no mesmo tom.

     Quando os olhos do rei Park pousaram na silhueta dos supostos sujeitos, queria pegar a espada e faze-la atravessar no peito de cada um.

     – Como mataram meu filho? – O Park perguntou, mas nenhuma palavra saiam da boca dos assassinos, então o general teve a honra de responder.