Anoitecer • Jensoo

•Capítulo VIII•

"Vilões na verdade são vítimas com passados obscuros".
Jisoo

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     Ao sol da tarde, depois dos empregado e servos fazer o que tinha que ser feito pela manhã, Jennie e Lisa agora estavam em seus aposentos falando sobre a noite de ontem. Lisa estava curiosa sobre o porquê de Jennie ter apanhado de Jisoo, mas a mesma não ficou supresa depois da morena dizer que tinha alterado a voz diante da governadora, apenas não sabia o quanto Jennie podia ser teimosa.

     – Olha, Jennie, se você continuar com essa rebeldia pra cima da governadora, ela vai acabar te matado e você sabe disso. – Lisa avisou Jennie que estava chorando em seu colo.

     – Eu nunca imaginei que diria isso mas... Eu desisto, não tem como eu derrotar aquela mulher. – Jennie dizia aos soluços.

     – Eu nunca imaginei que diria isso e também nunca concordei com essa sua idéia de vingança, mas se você quer mesmo se vingar de Jisoo, você vai ter que procurar seu ponto fraco. - Lisa dizia passando seus dedos pelos cabelos de Jennie. – Tenta saber como foi a história dela, mas pode ser arriscado.

     Jennie se levantou olhando para a mais nova a sua frente.

     – Eu não falei para você continuar com o plano, Jennie. – Lisa dizia arrependida por ter dado idéia.

     – É isso. É isso que tenho que fazer. – Jennie limpou às lágrimas passando a mãozinha no rosto. - Ela vai me pagar por tudo que ela fez a mim e aos meus pais.

     Às vezes, Lisa desejava estar morta, por falar coisas que não deveria falar, ela desejava que Jennie parasse com essa idéia, sabia muito bem que no final das contas, era a melhor amiga que ia acabar se machucando e ela não queria o mal para ela.

     – Vamos, temos que varrer os quintais. – Lisa disse indo para fora do palácio a seguida de Jennie.

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1 Mês Depois

     – Vossa alteza, seu lenço, deixou cair.

     – Ah, obrigada.

     Roséanne sorrio para a serva a sua frente agradecendo.

     – Como é seu nome? – Perguntou curiosa.

     – Lisa, senhora. – Disse baixando o olhar.

     – Lisa... – Olhou para os lados. – Tudo está preparado para a ceia de hoje a noite? Olhe para mim quando falo com você.

     – Sim, senhora. – Lisa levantou o olhar vendo a face branca e delicada da princesa.

     – Você é aquela garota que estava junto com uma serva que derramou café em meu vestido naquele dia, não?

     Lisa olhou para Rosé um pouco aflita e assustada com a pergunta, concordando com a cabeça logo em seguida. A princesa apenas olhou para o chão e saiu da visão da serva.

     Lisa suspirou e voltou para o quarto encontrando SooEun e Jennie que estavam com as mãos carregando vestes que pareciam ter acabado de ser feitas.

     – Lisa, fiz dois vestidos para vocês duas usarem no natal.

     Disse SooEun entregando um vestido de seda com um tom de creme e com simples decorações azuis. Jennie deu mais uma olhada no vestido branco de mangas longas, que deixava o vestido ser de uma aparência de noivado. Os vestidos eram de uma boa qualidade, Se encaixavam perfeitamente para pessoas de classe baixa, como Jennie e Lisa, mas não deixava de ser belo.

     – É muito lindo e é muita gentileza sua, SooEun... – Jennie agradeceu, mas quase ia se recusar em aceitar.

     – Não se preocupem, são de vocês, usem quando quiser. – SooEun sorria, a garota amava fazer vestidos e não custava nada dar de presentes às criadas do palácio.

     Jennie e Lisa agradeceram a SooEun, deixando a mesma contente por terem gostado de seu talento e saiu do quarto.

     – Não havia necessidades dela dar para nós. – Lisa deu um passo à frente com o vestido em suas mãos. – Nós nem podemos participar dessas festas.

     – Claro que podemos, somos nós que vamos andar pelo salão com bandejas cheias de comida e servindo os nobres e a realeza. Podemos sim.

     – Você vai... – Lisa ia falar, mas depois desistiu. – Nada, deixa.

     – O que foi?

     – Nada não. – Lisa pegou o vestido de Jennie em suas mãos e caminhou até o baú abrindo o mesmo e guardando com cuidado as vestes.

     – Ta bom... – Jennie desconfiou, mas deixou quieto. – Vamos nos preparar para a ceia?

     – Mas é só de noite e a gente nem vai comer a ceia, Jennie. – Lisa dizia sentando na cama toda emburradinha.

     – Mas a gente não pode ficar sem comer, não é? Afinal, todos tem que comemorar essa data.

     – Então vamos fazer o que? – A loira suspirou se levantando da cama.

     – Vamos fazer dois porcos pra essa noite.

     – Vamos acabar sendo pegas no flagra e com às cabeças cortadas.

     – Bobagem, por que está sendo tão pessimista? – Jennie fez cara feia.

     Lisa levantou os ombros e se deitou na cama de forma preguiçosa.

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     A noite já havia chegado e todos os empregados e servos estavam no salão principal, onde estava acontecendo à festa. Todos menos duas pessoas.

     – Está apertando. – Jennie disse franzido as sobrancelhas por conta da dor. Lisa estava puxando bastante o espartilho.

     – Pronto. – Lisa disse soltando os cabelos de Jennie que estava em um rabo de cavalo alto.

     – Está muito lindo. – A morena sorriu se levantando da cama e se olhando no espelho. - Estamos maravilhosas. – Disse olhando a amiga ao seu lado que já estava vestida com o presente de SooEun.

     – Você também está linda. Agora temos que ir ao salão.

     Jennie assentiu e às duas saíram do quarto indo para o salão principal. Alguém poderia estar naquela festa, mas Jisoo odiava festejos desde a morte de seu pai. O que ninguém sabia naquele palácio, – fora o próprio rei Park – era o que tinha acontecido com Jisoo antes da mesma se tornar governadora.

     A mulher estava sentada debaixo de uma árvore observando às estrelas junto à sua égua, Noite.

     – Papai poderia estar aqui agora... Se não fosse por aquele desgraçado. – Segredou para os céus.

     Jisoo olhou para a entrada do castelo, vendo uma movimentação estranha. Corajosa, se levantou e se aproximou das cinco pessoas que estavam paradas em frente ao portão com cavalos e uma carroça de belo porte.

     – Posso ajudar? – Jisoo se ofereceu para o homem que estava a sua frente.

     – Sou Kim Namjoon, rei de Karcy. - O homem disse de voz grossa e assustadora.

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