Anoitecer • Jensoo

•Capítulo XXIII•

"Eu era sua vilã, agora sou sua heroína"
Jisoo

─── ❖ ── ✦ ── ❖ ───

     Jennie passava horas na prisão, o que parecia ser dias. Quando Lisa soube o que havia acontecido com a amiga, teve vontade de apertar o pescoço do rei, ela queria tirar a amiga dali, só que do jeito certo.

     Lisa levava mantimentos para Jennie, sabia que a cela não era muito agradável, principalmente para alguém que não cometeu crime algum, então fez questão de tentar melhorar às coisas pro lado de Jennie, mas a mesma só ia ficar realmente bem se saísse daquele lugar imundo.

     A masmorra é feita para pessoas contra a lei, e certamente, Jennie não era uma dessas pessoas. Os outros estavam cometendo um erro com a garota mantendo ela daquele jeito, menos Jisoo, que era a única que defendia Jennie em segredo.

     Sempre que podia, a governadora ia visitar a mais nova na cela e lhe prometia que nada de mau ia acontecer. Ela definitivamente não deixaria Jennie pagar por um crime que não cometeu.

─── ❖ ── ✦ ── ❖ ───

     – Eu não quero que vocês venham aqui de mãos abanando como rabo de cachorro! – Jisoo gritava repreendendo um dos guardas na parede.

     – S-Sim senhora. – O guarda respondeu e só assim foi soltado pela governadora.

     – Vão e procurem direito. – Ordenou.

     – Mas senhora, à assassina já foi pega, está nas masmorras, por que ainda insiste que nós precisamos procurar?

     Um outro guarda questionou. A Kim se aproximou e coloco a mão no pescoço do sujeito e o puxou, trazendo o rosto do guarda ainda mais próximo ao dela e só assim colocando sua boca perto do ouvido do mesmo.

     – Eu sei diferenciar um assassino pra um inocente. Justiça é o meu sobrenome. – Sussurrou com bravura e deixou de apertar o pescoço dele. – Vão agora! – Ordenou.

─── ❖ ── ✦ ── ❖ ───

     Jennie ainda continuava presa naquele lugar fechado e escuro. Por mais que só tivesse passando apenas três dias, era como se estivesse em uma eternidade. Procurava poder fazer alguma coisa, mas o lugar era silencioso demais e a única coisa que ela ouvia era ás batidas de seu coração.

     Ás visitas eram proibidas dispensando à governadora. Jennie rezava e criava expectativas para que Jisoo trazesse pelo menos alguma notícia sobre sua liberdade, mas só recebia mais dias e noites naquela prisão.

     – E então?

     – Até agora nada, meu anjo. – Jisoo respondeu a pergunta de Jennie.

     Jennie deu às costas. Ela poderia chorar naquela hora, mas gastou todas às suas forças nos últimos dias chorando, que nem mais lágrimas tinha, nem forças tinha. Ela estava cansada de esperar e resultou de que nunca ia sair daquele lugar com vida.

     – Eu vou continuar à procura do verdadeiro suspeito, Jennie, não se preocupe. – Jisoo tentou esperançar Jennie.

     – É tarde. Não há mais como eu vencer a vida. – Respondeu baixo e se virou pra governadora. - Eu vou morrer, Jisoo.

     – Não! Não vai, eu não vou deixar! – Jisoo agora segurava o rosto de Jennie.

     – Quando achar o culpado, diga a ele por mim, que ele fez um ótimo trabalho me incriminando.