CAPITULO 4

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  Anastasia permaneceu longo tempo abraçada a Christian, ainda sob o efeito magnético dos preciosos momentos que desfrutara com ele.

― Em que você está pensando agora? ― indagou Christian, acariciando-lhe os cabelos.

― Estou pensando que jamais me esquecerei desta noite enquanto viver ― respondeu ela, suspirando e apoiando-se nos cotovelos para admirá-lo melhor. ― E você em que está pensando?

― Eu penso que somos dois loucos por não termos nos lembrado de que você poderia engravidar ― disse ele, um tanto preocupado.

― Esse foi um risco que eu já havia imaginado quando lhe pedi que ficasse.

― Mas e se você...

Anastasia o fez calar-se, pondo as mãos gentilmente em sua boca.

― Não se preocupe! Vai dar tudo certo...

Christian beijou-lhe as pontas dos dedos e, em seguida, a palma da mão, causando-lhe arrepios... Depois, voltou a abraçá-lo. Preguiçosamente, ela deslizou o corpo para junto dele e repousou a cabeça no seu ombro outra vez.

Aquele despertar de sensações e sentimentos era algo totalmente novo e assombroso para Anastasia!

Ambos sabiam que, infelizmente, aquela noite terminaria, mas não queriam falar sobre isso. Também não havia necessidade de palavras para expressarem o que sentiam. Assim, preferiam permanecer calados, um juntinho do outro...

De repente, Christian puxou-a de encontro a si, lábios e mãos exigindo e obtendo uma resposta instantânea e, mais uma vez impelidos pela paixão, eles se amaram. E não houve corpo, mente, alma ou individualidade naquele contato. Tudo parecia ter se transformado em uma única energia, controlada pela corrente de emoções que se apoderara de ambos, deixando-os exaustos ao se separarem.

Instantes depois, extenuada e envolvida pelo abraço carinhoso de Christian, Anastasia perguntou-lhe:

― Acha que fui muito imprudente por ter me entregado a você?

― Talvez... mas jamais me esquecerei desta noite ― murmurou ele, beijando-lhe docemente os cabelos.

Aquelas palavras a trouxeram de volta à realidade, soando-lhe como um prelúdio doloroso da manhã seguinte. Voltando-se para Christian, acarinhou seu belo rosto com a ponta dos dedos. Não era suficiente falar com ele, era preciso tocá-lo. Ela queria ser corajosa e não chorar, mas o sorriso triste nos lábios de Christian a desconcertou. Era como se ele tivesse adivinhado os pensamentos dela; então lágrimas incontroláveis rolaram pelas faces de Anastasia.

― Oh, Christian, querido... como poderei viver sem...

Ele impediu que ela terminasse a frase, calando-a com um longo beijo.

― Não vamos tornar as coisas mais difíceis do que já são ― advertiu ele, estendendo o braço e apagando a luz do abajur. ― Durma, e sonhe comigo! Eu também vou sonhar com você!

Anastasia concordou, submissa, mas sabia que não conseguiria dormir. Ficaria ao lado dele, sentindo-lhe a proximidade e o calor do corpo viril. Tudo o que queria era aproveitar ao máximo aquelas últimas horas ao lado do homem amado.

O relógio ao seu lado, sobre o criado-mudo, roubava-lhe os segundos preciosos em batidas constantes e impiedosas. Enquanto isso a respiração suave de Christian alertou Anastasia de que ele já estava dormindo.

"Como ele pode dormir numa hora dessas?", Anastasia perguntou-se, magoada. "Sabendo que logo estaremos distantes..." Mesmo assim, ela não estava arrependida. Não se arrependeria nunca de tê-lo amado e de ter sido feliz...

Dominada por Christian GreyOnde histórias criam vida. Descubra agora