Áries 6

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Pessoas e seus signos complexos não é?

Ou signos e suas pessoas complexas?

Não sei.

Todos têm desejos únicos, que não cabe a terceiros o direito de julgar.

Entretanto, diabos! Transar logo nessa água gelada?

E a camisinha? Cadê a história de sexo seguro?

Ao toque da garota de Áries fiquei cada vez mais quente, as gotas que caiam de meus cachos para pingar sobre minha pele branca mais pareciam suor.

A água batia até meu peito, o dela, sem o sutiã, está submerso. Macio, aquela súcubo pressionava contra meu torso.

Na brincadeira de pôr a mão dentro d'água dois podiam brincar.

A agarrei por onde tanto queria, a bunda, e coloquei-na apoiada em minha cintura, em uma chave de perna alargada para que pudéssemos satisfazer um ao outro.

Os toques eram suaves, mesmo que intensos. Acho que acima de dar prazer não queríamos machucar um ao outro.

Ela me beijou, sentia seus gemidos dentro de minha boca. Trocamos mais ar quente do que saliva.

Os signos de fogo são quentes.

Gentilmente mexia meu dedo circularmente, enquanto ela. Bem. Não é nada complexo satisfazer um homem.

Parecíamos estar competindo. E pelos meus gemidos e caretas de prazer, é notável que ela está ganhando.

Ela tirou sua mão e aproximou-se, me fazendo penetrar.

Todas as garotas de Áries são assim? Tão quentes, estava ficando perdido.

O seu gemido entrava em uníssono ao meu. Íamos na velocidade que a água em nossas cinturas permitia.

A garota do cabelo afro, da pele preta, das lindas marcas de tigre.

Mordi a ponta de sua orelha, pelo jeito ela gostou.

Senti suas unhas rasgarem minhas costas como resposta.

Quando nos olhamos, ela sorriu.

— Você está todo vermelho.

Delicadamente com a ponta do dedo tirou os fios de cabelo da minha cara.

Não estávamos mais por aguentar. Todo aquele prazer, o misto da nossa ardência e profundidade. Ela disse bem baixo que estava por chegar lá.

Para não gemer mais alto deu me um último beijo.

Delicadamente a soltei.

E precisei, logo em seguida já não aguentei mais.

Com o rosto em êxtase sorri que nem um bobo, parecia um adolescente em sua primeira transa.

Ela não tirou os olhos de mim, demorando para piscar, aproveitando cada milésimo.

Não vimos a onda alta que se formou do nosso lado.

A onda quebrou em nossas cabeças. Senti a areia entrar em todos os buracos possíveis, enquanto batia inúmeras vezes num solo tão duro quanto concreto.

Quando fui solto pelo mar, cuspia areia com desespero, parecia ter sido agraciado com uma refeição de sedimentos.

Enquanto a garota de Áries?

Ela havia mergulhado contra a onda, havia saído como a deusa do próprio mar, ajeitando seu sutiã. Quando me vou naquele estado deplorável riu de mim.

Tive que me jogar no mar novamente para tirar a areia.

Ela me espero sentada na tanga em baixo do guarda-sol. Tirou de sua bolsa uma garrafa de água e começou a tomar.

— Se sente melhor?

— Acho que tem areia até no meu rabo.

A garota gargalhou.

— Era só você ter mergulhado. Nunca ensinaram isso a você?

Me ajeitei na tanga, e deite em sua coxa.

— Não sei nadar, quase nunca entrei no mar.

Ela fez carinho em meu cabelo.

— Por que ir tão longe por causa de mim?

Ela perguntou, logo para mim, o cara que nunca tinha as melhores respostas.

— Vi você rebolando. Achei que valeria a pena tentar.

Ela sorriu, pela primeira vez acho que consegui falar algo bom.

Logo aquela animação tornou-se reflexão, ela voltou a olhar para mar.

— Meu pai... Ele é da Marinha mercante e vai representar o país em outro lugar. Partirei amanhã junto a ele...

Aquilo rasgou meu coração.

Não por dizendo que estou perdidamente apaixonado por ela, mas é errado pensar que tudo pode dar certo num primeiro momento?

Bem, na verdade, eu realmente nunca pensei.

Meu coração doeu mesmo assim.

Nós passamos o resto da manhã contemplando o mar.

Aquele foi meu primeiro e último encontro com a garota de Áries.

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