Quando Lizzie descobre sobre a viagem de Alaric, é tão ruim quanto parece.
Praticamente todo o seu quarto está levitando fora do lugar. Estantes derrubadas, livros rasgados, escovas e porta retratos estourando nas paredes.
Josie está no corredor quando acontece, encostada na porta durante todo o tempo que Lizzie colapsa e quebra, bagunça e então destrói.
É assim desde que ambas eram meninas, e levando em consideração que a única pessoa que conseguia acalmá-la era também a única pessoa que não estava aqui no momento, Josie não se arriscou a enfrentar outro de seus surtos sozinha. Ela sabia que só existiam dois jeitos de ajudar Lizzie nessa situação: Ou chegar no início e apagar a faísca crescendo ou deixar o fogo fazer o que ele faz de melhor. Queimar até não existir oxigênio.
Agora, a melhor coisa a se fazer é deixar Lizzie botar para fora e esperar o momento tranquilo.
Sinceramente, ela também não estava muito animada com a ideia de cuidar da bagunça. - Por mais que, internamente, esteja se sentindo mal por pensar isso. Josie encolhe fisicamente. Suas mão subindo para a orelha esquerda, onde o parasita feliz fora exorcizado dela dias antes. O sentimento vazio a consome de novo.
Algumas semanas antes, ela seria a primeira pessoa correndo para ajudá-la. A primeira pessoa reparando os danos. A primeira pessoa ajudando e reconstruindo Lizzie. Agora ela sequer considerou o caos que seria quando simplesmente soltou a bomba e saiu para tomar banho.
Foi assim que a faísca acendeu.
E foi assim que ela entrou em combustão.
Também é de forma parecida que, de maneira totalmente egocêntrica, Josie ainda não quer entrar, mesmo quando os ruídos diminuem consideravelmente e os baques cessam. A bagunça física do outro lado é a parte mais fácil da bagunça que ela precisa arrumar agora, e talvez, apenas talvez, ela sinta o desejo de não ajudar Lizzie porque ela sempre parece ser a única a fazer isso... Era exaustivo, às vezes.
Mas eventualmente, é exatamente isso que Josie faz por que apesar dos seus desejos egoístas, Lizzie ainda é sua irmã gêmea e ela a ama.
Segurando a maçaneta, ela empurra a porta e encontra o caos que imaginou que encontraria. A única diferença é que Lizzie não está recuada em um canto, resmungando ou chorando, como ela costumava fazer depois de uma crise. Dessa vez, ela está levantando a estante, tentando organizar toda a bagunça sozinha.
- Sinto muito... - Ela coaxa assim que Josie a alcança para ajudá-la.
A morena acena compreensivamente.
Ela já fez isso tantas vezes que o discurso está agarrado em sua língua.- Tudo bem, Lizzie. Nós vamos dar um jeito e tudo vai ficar bem.
E ela não mentiu, de fato.
As coisas seriam boas até Lizzie pirar outra vez.
•
No dia seguinte, todos parecem olhar para elas.
No café da manhã, o salão simplesmente para para observar as gêmeas. Na sala de aula, a conversa morre quando elas entram. No Jardim, as cabeças viram em suas direções. Josie não gosta da atenção, tampouco da sensação desagradável que eles desencadeavam, mas não havia nada o que pudesse fazer em relação a isso. Era sempre assim quando Lizzie surtava.
Toda a escola olhando e comentando de forma que Josie lamenta a decisão de sair da cama com todas as suas forças pela milésima vez do dia.
Suas crises de insônias haviam piorado drasticamente agora. Ela não conseguia mais dormir de noite, mas ela também não conseguia ficar acordada durante o dia. Sua cabeça nadando ao longo das aulas enquanto Josie se via ocasionalmente sendo acordada por alguém tem compaixão da sua alma mortal e a desperta antes que algum professor note e a envie para a detenção.
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Not for us [posie]
Fiksi PenggemarJosie tinha mil motivos para dizer porque a amava, mas Penelope nunca mereceu saber. Então ela prefere listar os motivos para odiá-la. Legacies [1x11]