11- Ricelly Henrique

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Sei que os meninos devem ter ficado sem entender muito bem a minha reação, mas estou nem aí pra isso. Não sei o motivo por ter ficado tão incomodado com os elogios que estavam sendo feitos à Marília, só sei que me incomodou e ponto. Simples assim. Quer dizer, talvez não seja tão simples.

Peguei uma cerveja no freezer e fui pra um canto isolado. Tinha decidido ficar lá até a minha raiva passar. Estava sentado na cadeira de olhos fechados, pensando em tudo o que vinha acontecendo naqueles dias, quando uma voz doce me desperta.

— Que bicho te mordeu pra você estar aí todo isolado? - a Marília perguntou.

— Nada de mais, só cansei de ficar ouvindo meus amigos falando besteira. -respondi. Mal sabia ela, que o motivo disso estar acontecendo era a própria.

— Eles tem cara de serem tapados mesmo. Sempre achei que você fosse igual a eles, mas pelo visto, estava enganada. - falou sincera.

— Então quer dizer que você me achava tapado? -perguntei fingindo que estava ofendido.

— Achava, ué. -gargalhou. - Você sempre foi chato comigo. Não tinha como ter outra opinião.

O irmão do meu melhor amigoOnde histórias criam vida. Descubra agora