capitulo 24

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Lobão 🔥

Do nada, sinto a Analu deixando do meu lado, abri os olhos e vi ela quase deitada em cima de mim.

Analu: Eu tenho medo do trovão e você não vai se incomodar que eu sei.- Falou sozinha, achando que eu tava dormindo.

Fiquei calado, porém ajeitei meu corpo, pra ela não ficar muito em cima.

Sem tempo pra grude.

Voltei a fechar meus olhos, mesmo sem conseguir dormir novamente por ela tá muito em cima.

Tentei me soltar dela, mas assim que eu soltei e deu um trovão, ela me agarrou, me arranhando com as unhas dela.

Lobão: Porra, Ana.- Falei sentindo minha barriga ardendo.

Analu: Desculpa, eu tenho muito medo.- Murmurou.

Lobão: Quando tu era menor tu não tinha, agora tu já tá bem grandinha.- Falei respirando fundo enquanto ela deitou a cabeça no meu peito.

Analu: São coisas da vida.- Falou suspirando.

Fiquei calado, olhando lá pra fora pela janela, enquanto escutava apenas a chuva, trovões e a respiração dela.

Já tava afim de empurrar ela da cama, ir embora ou só dormir sozinho.

Me levantei da cama e fui pro banheiro do corredor, dei um mijão e lavei meu rosto.

Voltei pro quarto escutando ela fungando.

Lobão: Tu tá chorando? - Respirei fundo, ligando a luz.

Tinha perdido o sono geral.

Analu: Só tava lembrando.- Falou e eu sentei, enquanto ela tava deitada.- Rafaela me deixou fora de casa com 17 anos, enquanto chovia e tinha trovões e relâmpagos.

Lobão: Do nada?

Analu: Foi no dia que eu conseguir meu diploma. Ai quando eu voltei tava tudo fechado, os seguranças disseram que ela disse que queria ficar sozinha.

Lobão: Só inveja.- Peguei meu celular, vendo a hora.

Duas e doze da manhã.

Analu: Mas desde daquele dia eu tenho medo, muito medo...- Balancei a cabeça.

Lobão: Apaga a luz, só não fica em cima de mim.- Ela riu, desligando a luz e pulando na cama.

Novamente ficamos calados e ela apenas ficou deitada do meu lado.

Virei meu corpo e sentir a respiração dela.

Novamente virei o corpo, deitando pra cima, escutando risada dela.

Cruzei meus braços olhando pro teto, me arrepiei geral quando ela passou o braço pelo meu rosto e deixou a mão no meu cabelo, fazendo cafuné.

Analu: Geralmente faço no meu urso, mas hoje tem que ser em você.- Murmurou, me fazendo revirar os olhos.

Ela desceu a mão pro meu rosto do nada e virou ele, pro lado dela e me beijou.

Descruzei os braços, vendo ela subir em cima de mim.

Do nada novinha atacou, estupro isso né?

Caminhos cruzados.Onde histórias criam vida. Descubra agora