Juliana 💎
Amarrei meu cabelo lá no topo, enquanto eu ia carregando as sacolas, inclusive uma estava pesadíssima.
Negro: Solta aí.- Escutei a voz grossa dele e ele pegando as sacolas da minha mão.
Juliana: Você é até falsinho.- Brinquei.
Negro: Você me estressa.- Falou ajeitando a postura.
Juliana: E aliás, foi mal por aquele dia. Não queria que você entendesse daquele jeito, apenas queria ajudar.
Negro: Tu já foi no médico? - Mudou o assunto.
Ju: Vou amanhã.- Sorri de lado.- Hm... queres ir comigo?
Negro: Eu? - Riu.- Jamais.
Ju: Então tá bom...- Dei os ombros.
Negro: Mas tá falando na real mermo? - Assenti.- Que horas?
Ju: Nove da manhã.
Negro: Vou desenrolar um carro, de oito e cinquenta eu passo aqui, pode ser?
Ju: Não precisa, nós brota lá de uber.- Ele me olhou.- Não fica pedindo nada a teus parceiros não, sabe? A maioria só quer passar na cara as coisas, muito chato.
Negro: Tô ligado avera! Mas tenho meu parceiro, nós cresceu junto. Meu irmão mermo.
Juliana: Amigo de peito é colete, parceiro.- Ele assentiu.
Negro: Quer que eu deixe lá dentro? Tu pode ficar pegando essas paradas pesadas não.
Juliana: Quebra essa mola pra mim.- Ele sorriu de lado e eu abrir a porta.
Ele entrou primeiro e eu seguindo ele, vendo a Analu em cima da mesa e o Lobão beijando ela, mas eles pararam assim que nos viram.
Analu tava quase sem roupa, Negro virou o corpo e lobão deu a blusa pra ela.
Analu: Foi mal.- Sorriu sem graça.
Negro: Bom dia.- Falou colocando as coisas na mesa, ainda de costas.
Lobão: Fala aí, soldado.- Fez toque com o Negro.- Tá fazendo o que com a comadre?
Juliana: Amanhã ele vai comigo pro exame.
Lobão: É o que? - Olhou pra mim e negro também, todo sem graça.
Juliana: Eu quero que ele vá, sabes? - Expliquei, vendo o Lobão sorrindo de lado.
Lobão: Boto fé demais! Tu brota aqui pra pegar o carro, tá ligado? - Olhou pro Negro.
Negro: Que isso pô, precisa não.
Lobão: A ordem tá dada.- Bateu na cabeça dele.
Negro: Se tu diz! - fez toque com ele.- Tô indo.
Juliana: Tchau, obrigada...- Falei acompanhando ele.
Negro: Fica na fé...- Falou se aproximando, mas logo parou.
Ele sabia o medo que ainda existia em mim, sobre aproximação de qualquer pessoa.
Respirei fundo e beijei a bochecha dele, fazendo ele me olhar.
Ele me encarou e eu encarei ele, vendo meu olhar descer pra boca dele.
Negro: É... falô...- Falou indo beijar minha cabeça.
Coloquei a mão no queixo dele e me afastei um pouco, deixando nossos rostos próximos.
Ele me deu um selinho rápido e se afastou, fazendo eu me afastar também.
Sorri falso e ele sorriu, me dando tchau com um sorriso grande nos lábios.
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Caminhos cruzados.
Teen FictionE foi ali, quando eu pisei no Alemão pela primeira vez na minha vida, que eu sentir que tudo mudaria. Que eu iria encontrar o amor, pois o meu destino já estava escrito e em questão de segundos, eu sentir o meu caminho se encontrar com o dele.