Analu 💧
Analu: Essa criança insuportável, por que eu?
Luiz: Porque te dou cem conto.- Falou abrindo a carteira.
Analu: Só isso? Coe pai, vou perder a paz de uma altinha com meu namorado.
Luiz: "Coe."? Fala direito, piranha mirim.- Entregou 120 na minha mão.
Analu: Teu bumbum.- Bufei.
Ele me abraçou e beijou minha testa. Peguei a mochila do Miguel e fomos pro cara que meu pai mandou como motorista.
O cara era vapor do morro, bem novinho, dá minha idade eu acho.
Ele ficava olhando pra mim o tempo todo e sorrindo, o que me fazia olhar pro Miguel, que me olhava de volta.
Miguel: Podemos ir pro shopping hoje, mana?
Analu: Antes do almoço, pode ser? De tarde vamos jogar com o Lobão.
Miguel: Tá bom.- Murmurou.
Analu: Tá com essa cara de bunda por quê?
Miguel: Ninguém gosta de mim.- Falou baixinho, fungando.- Minha mãe disse que se pudesse me matar, me matava.
Analu: Meu Jesus, ela é louca? Você contou pro pai?
Miguel: Tenho medo do que ele vai fazer com ela e ele também não gosta de mim. Fica o tempo todo dando dinheiro pros outros ficarem comigo. Nem você gosta de mim, nem a Bianca.
Analu: Nosso pai ele tem isso tudo pra cuidar, olha.- Apontei pela janela, o morro.- Ele só quer te proteger, por isso não fica tanto tempo com a gente.
Miguel: Mas você tem o tio lobão, ele gosta da gente.
Analu: E você têm a todos nós, baby. Só é insuportável de chato as vezes, por isso ninguém gosta muito.
Miguel: Tá bom.- Sorri de lado, olhando que já estávamos perto do Alemão.
Mandei mensagem pro lobão, avisando que estava chegando, mas a mensagem nem chegou no celular dele.
O cara parou o carro na entrada e eu desci com o Miguel, agradecemos e pagamos um moto-táxi, que agora tinha.
Paramos na casa do Lobão e eu bati na porta, esperando alguém abrir.
Juliana: Ah, oi.- Sorriu fraco.- Lobão tá dormindo.
Miguel: Vou acordar ele.- Falou entrando.- licença.- Saiu correndo pelas escadas.
Analu: Como você tá? - Beijei a bochecha dela.
Juliana: Tô melhorando, melhor do que ontem, pior do que amanhã.- Falou indo pra cozinha.
Analu: Qualquer coisa, sabe que tem a mim, não é?
Juliana: Obrigada.- Sorriu, abrindo a geladeira.
Analu: Vou ver os dois homens lá em cima.- Falou respirando fundo, ela soltou uma pequena gargalhada e eu fui subindo as escadas.
Cheguei no quarto do Jefferson, vendo o Miguel fofocando pra ele, que tinha um cara do carro me olhando e sorrindo pra mim, me fazendo revirar os olhos.
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Caminhos cruzados.
Подростковая литератураE foi ali, quando eu pisei no Alemão pela primeira vez na minha vida, que eu sentir que tudo mudaria. Que eu iria encontrar o amor, pois o meu destino já estava escrito e em questão de segundos, eu sentir o meu caminho se encontrar com o dele.