capítulo 47

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Analu 💧

Analu: Ele tentou, mas não conseguiu nada.- Falei sincera, voltando a andar pra porta.

Lobão: Por que? Me diz que tu não teve o caralho de mínima intenção de transar com ele?

Analu: Eu não tive intenção alguma, porque eu não preciso de mais ninguém, eu tenho você.- Gritei com raiva.- Eu fui sincera com você, me desculpei, pedi perdão, mas se você não quer aceitar eu não posso fazer nada.- Continuei falando alto.

Lobão: Fala baixo.- Falou e eu acendi a luz.

Analu: Se eu quisesse ficar com outra pessoa, eu iria ficar. Mas eu tô com você, porque eu amo você e não quero ninguém além disso.- Falei ainda alto, com as lágrimas descendo pelo meu rosto.

Olhei pra ele, que permaneceu sentado na varanda, de longe pude perceber os olhos vermelhos.

Lobão: Tu não me ama, são dois meses que a gente tá junto.- Negou com a cabeça.

Analu: Tanto faz, você falou com razão, não íamos dar certo de qualquer jeito.- Respirei fundo, limpando meu rosto.

Fui até a porta, tentando abrir a mesma, mas tava trancada.

Analu: Cadê a chave?

Lobão: Tá aí, não peguei.- Falou olhando pro céu.

Analu: Não tá aqui e está trancada.- Continuei tentando empurrar.

Juliana: Vocês não me acordaram plena uma da manhã pra vocês não voltarem a porra do relacionamento. Eu só abro essa merda quando ouvir um "eu te amo." Ou então vai geral morrer aí dentro.

Analu: Juliana, eu preciso ir embora.- Bati na porta.

Juliana: Eu preciso dormir, mas tive que escutar seus gritos.

Analu: Então abre isso e vai dormir, garota.- Insistir.

Juliana: Vai comer o cu do meu irmão, é doce igual o teu nega! - Falou e eu escutei os passos dela se afastando.

Analu: Cadê a chave reserva? - Perguntei pra ele, que tava se levantando.

Lobão: Na minha carteira...- Olhei pra ele.- Tá na sala.

Analu: Eu preciso ir embora.- Continuei tentando abrir a porta.

Lobão: O que ele tentou? - Falou após lavar o rosto no banheiro.

Analu: Não é mais da sua conta, não temos nada.- Cruzei os braços, encostando na porta.

Lobão: Tu não vai querer que eu vá perguntar a ele, Ana Luíza.- Falou com deboche.

Analu: Tô pouco me fudendo pra ele e pra você também.- Bati o pé.

Lobão: Tô perguntando namoral, diz aí.

Analu: Pra que, Jefferson? - Respirei fundo.

Lobão: Eu quero acreditar em tu, quero te dar confiança, mas não depende de mim.- Eu escorreguei pela porta, sentando no chão.

Caminhos cruzados.Onde histórias criam vida. Descubra agora