Analu 💧
Gl: Vamos pra casa agora, tô com saudades de você.
Analu: Eu não estou me sentindo bem, Gabriel.- Falei passando a mão na minha coxa.
Já tínhamos deixado a Juliana no hospital, estávamos indo pra um lugar desconhecido por mim.
Gl: O que você tem, meu amor? - Respirei fundo.
Eu tenho medo de você.
Analu: Eu preciso dormir.
Gl: Mas antes eu vou despejar dentro de você meu amor, pra gente começar a construir nossa família.
Olhei pra ele com nojo e minha cabeça rodou, fazendo eu fechar os olhos e sentir a mesma sensação que eu sentir, com o Lobão.
Acabei fechando os olhos e não escutando mais nada.
▪▪▪
Abrir meus olhos assustada, escutando apenas tiros por todo lugar, me envolvi na cama e gritei, sendo uma mão no meu braço.
Luiz: Calma, minha princesa. Tá tudo bem...- Olhei pra ele.- Eu prometi que tu nunca ia ficar em perigo, foi não?
Analu: Pai...- Choraminguei, indo pros braços dele.
Mas quando me levantei, uma fraqueza me fez cair, mas ele me segurou firme.
Luiz: Você comeu esses dias?
Analu: Dias? Mas foi só uma noite...- Ele me olhou.
Luiz: Não, foram quatro dias. Como tu não lembra? O que ele fez contigo? - Neguei com a cabeça, abraçando meu próprio corpo.- Se ele te tocou, caralho...
Analu: Me leva pra casa, por favor...- Foi a única coisa que eu pedi e ele me colocou no colo.
Eu saí no colo dele, vendo vários soldados e motos ali.
Rodei, rodei, rodei mais um pouco e nada do Lobão. Um arrepio passou pelo meu corpo e eu fechei os olhos, me encolhendo e vendo meu pai me encarar preocupado.
...
Acordei novamente, sentindo uma presença do meu lado.
Já me encolhi e sem nem abrir os olhos, comecei a chorar baixinho, tendo a certeza que tudo foi um sonho.
- O...oque...fo.. foi? - Escutei uma voz fraca e falhada, que me fez abrir os olhos.
Analu: Jefferson? - Olhei pra ele do meu lado na cama.
Ele estava sem camisa e seu peito estava costurado, tinha marcas pelo seu rosto e arranhoes pelo seu braço.
Analu: Como você tá? O que houve? Por que você tá assim? - Falei engolindo no seco e passando a mão no rosto dele.
Dei um selinho demorado nele e ele fechou os olhos, demorando um pouco pra abrir.
Lobão: Vo...cê tá bem? - Respirou fundo.
Analu: Eu tô e você? Me diz você...
Lobão: Tô melhor...com vo...cê...- Sorri fraco, beijando a testa dele.
Juliana: Finalmente...- Falou entrando no quarto com uma bandeja em mãos.
Analu: O que aconteceu com ele, Juliana? Você tá bem?
Juliana: Estou bem. Ele levou um tiro no peito direito, sofreu algumas lesões mas está bem agora. Só em fase de recuperação. Você tá bem?
Abrir a boca sem saber o que falar, após ouvir a palavra "tiro."
Olhei ao redor e tive a conclusão que o quarto não era o nosso quarto.
Olhei pro Lobão, que me encarava e apertou minha mão levemente, enquanto eu olhava sem reação para aquilo tudo.
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Caminhos cruzados.
Teen FictionE foi ali, quando eu pisei no Alemão pela primeira vez na minha vida, que eu sentir que tudo mudaria. Que eu iria encontrar o amor, pois o meu destino já estava escrito e em questão de segundos, eu sentir o meu caminho se encontrar com o dele.