capítulo 75

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Analu 💧

Gl: Vamos pra casa agora, tô com saudades de você.

Analu: Eu não estou me sentindo bem, Gabriel.- Falei passando a mão na minha coxa.

Já tínhamos deixado a Juliana no hospital, estávamos indo pra um lugar desconhecido por mim.

Gl: O que você tem, meu amor? - Respirei fundo.

Eu tenho medo de você.

Analu: Eu preciso dormir.

Gl: Mas antes eu vou despejar dentro de você meu amor, pra gente começar a construir nossa família.

Olhei pra ele com nojo e minha cabeça rodou, fazendo eu fechar os olhos e sentir a mesma sensação que eu sentir, com o Lobão.

Acabei fechando os olhos e não escutando mais nada.

▪▪▪

Abrir meus olhos assustada, escutando apenas tiros por todo lugar, me envolvi na cama e gritei, sendo uma mão no meu braço.

Luiz: Calma, minha princesa. Tá tudo bem...- Olhei pra ele.- Eu prometi que tu nunca ia ficar em perigo, foi não?

Analu: Pai...- Choraminguei, indo pros braços dele.

Mas quando me levantei, uma fraqueza me fez cair, mas ele me segurou firme.

Luiz: Você comeu esses dias?

Analu: Dias? Mas foi só uma noite...- Ele me olhou.

Luiz: Não, foram quatro dias. Como tu não lembra? O que ele fez contigo? - Neguei com a cabeça, abraçando meu próprio corpo.- Se ele te tocou, caralho...

Analu: Me leva pra casa, por favor...- Foi a única coisa que eu pedi e ele me colocou no colo.

Eu saí no colo dele, vendo vários soldados e motos ali.

Rodei, rodei, rodei mais um pouco e nada do Lobão. Um arrepio passou pelo meu corpo e eu fechei os olhos, me encolhendo e vendo meu pai me encarar preocupado.

...

Acordei novamente, sentindo uma presença do meu lado.

Já me encolhi e sem nem abrir os olhos, comecei a chorar baixinho, tendo a certeza que tudo foi um sonho.

- O...oque...fo.. foi? - Escutei uma voz fraca e falhada, que me fez abrir os olhos.

Analu: Jefferson? - Olhei pra ele do meu lado na cama.

Ele estava sem camisa e seu peito estava costurado, tinha marcas pelo seu rosto e arranhoes pelo seu braço.

Analu: Como você tá? O que houve? Por que você tá assim? - Falei engolindo no seco e passando a mão no rosto dele.

Dei um selinho demorado nele e ele fechou os olhos, demorando um pouco pra abrir.

Lobão: Vo...cê tá bem? - Respirou fundo.

Analu: Eu tô e você? Me diz você...

Lobão: Tô melhor...com vo...cê...- Sorri fraco, beijando a testa dele.

Juliana: Finalmente...- Falou entrando no quarto com uma bandeja em mãos.

Analu: O que aconteceu com ele, Juliana? Você tá bem?

Juliana: Estou bem. Ele levou um tiro no peito direito, sofreu algumas lesões mas está bem agora. Só em fase de recuperação. Você tá bem?

Abrir a boca sem saber o que falar, após ouvir a palavra "tiro."

Olhei ao redor e tive a conclusão que o quarto não era o nosso quarto.

Olhei pro Lobão, que me encarava e apertou minha mão levemente, enquanto eu olhava sem reação para aquilo tudo.

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